Ação e Discurso: Revelando o Agente Humano

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"A revelação do agente no discurso e na ação" discute a relação entre a ação e o discurso na vida humana. O texto destaca que a pluralidade humana é a condição básica da ação e do discurso, e que a vida sem discurso e sem ação é uma vida em que não há pluralidade humana. O texto também enfatiza que a revelação de alguém está implícita tanto em suas palavras quanto em seus atos, e que a afinidade entre a ação e o discurso é muito grande. Além disso, o documento destaca que a distinção singular vem à tona no discurso e na ação, e que a ação que o agente inicia é humanamente revelada através de cada palavra. Arendt afirma que a ação que o agente inicia é humanamente revelada através de cada palavra. Através do discurso e da ação, os seres humanos podem distinguir-se, em vez de permanecerem apenas diferentes. A manifestação dos seres humanos uns aos outros, não como meros objetos físicos, mas enquanto homens, depende da iniciativa, mas trata-se de uma iniciativa da qual nenhum ser humano pode abster-se sem deixar de ser humano. O texto discute a dificuldade de definir o ser humano e suas características únicas, uma vez que cada indivíduo tem interesses específicos e objetivos mundanos que os relacionam e interligam. A ação e o discurso são formas de mediação entre as pessoas, mas não são capazes de expressar a essência viva de cada indivíduo. Essa mediação subjetiva é intangível e não pode ser materializada em objetos tangíveis. A esfera dos negócios humanos consiste na teia de relações humanas, que é diferente do mundo objetivo das coisas.

A "teia de relações humanas", mencionada no texto, é uma metáfora que indica a qualidade intangível das relações humanas que existem onde quer que os homens vivam juntos. Ela é resultado da ação e do discurso e revela um agente, mas esse agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor. A teia de relações humanas é uma condição pré-política e pré-histórica da História, a grande história sem começo nem fim. De acordo com o texto, a ação e o discurso ocorrem entre os homens e são dirigidos a eles, revelando um agente que não é autor nem produtor. Embora todos comecem a vida inserindo-se no mundo humano através do discurso e da ação, ninguém é autor ou criador da história de sua própria vida. A ação e o discurso conservam sua capacidade de revelar o agente, mesmo quando o seu conteúdo é exclusivamente "objetivo", voltado para o mundo das coisas no qual os homens se movem. A revelação da identidade através do discurso e o estabelecimento de um novo início através da ação incidem sempre sobre uma teia já existente, e nela imprimem suas consequências imediatas.

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