Adaptações Biológicas em Meios Terrestres e Aquáticos

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Meio Terrestre

  1. Adaptações à Luz

    A luz cria uma estratificação em organismos fotossintéticos de acordo com suas necessidades. Espécies que precisam de mais luz para se desenvolver formam camadas superiores, enquanto as que requerem menos energia formam estratos mais baixos. Muitas plantas realizam movimentos direcionados em relação à luz, chamados fototropismos. A luz afeta a atividade dos animais. A alternância entre dia e noite influencia o comportamento e a atividade animal. Muitos são ativos apenas durante o dia (diurnos), enquanto outros são ativos apenas à noite (noturnos).

  2. Adaptações à Temperatura

    Plantas anuais morrem na estação desfavorável, deixando sementes. A atividade de muitas árvores diminui, e elas perdem suas folhas. Os brotos das plantas podem suportar temperaturas de até -25 graus Celsius. Animais homeotermos (aves e mamíferos) mantêm uma temperatura interna constante. Eles possuem diferentes estruturas isolantes, como pelos, penas ou grossas camadas de gordura. Alguns animais, como ursos e marmotas, entram em um estado de hibernação no outono e inverno, onde sua atividade é reduzida. O suor em mamíferos e o comportamento noturno são adaptações ao calor. Em condições desfavoráveis, os animais pecilotermos (ou poiquilotermos), que têm uma temperatura corporal semelhante à do ambiente, migram, entram em estado de letargia ou permanecem enterrados no estado larval.

  3. Adaptações à Umidade

    As plantas hidrófilas são aquelas que vivem em ambientes muito úmidos e sombreados. Elas apresentam epiderme fina e estômatos abundantes para facilitar a perda do excesso de água (transpiração). Plantas xerófitas (como os cardos) vivem em ambientes secos. Suas folhas tendem a ser espessas e, muitas vezes, em forma de espinho para evitar a evaporação excessiva. Muitas desenvolvem caules ou folhas suculentas para armazenar água. Os animais possuem estruturas especiais que impedem a perda de água por transpiração, como o exoesqueleto dos artrópodes, as escamas dos répteis ou os pelos dos mamíferos.

Ambiente Aquático

  1. Adaptações à Luz

    A água absorve a radiação do espectro solar de forma desigual. Isso faz com que os organismos fotossintéticos se distribuam com base na capacidade de seus pigmentos de capturar energia luminosa. Algumas espécies se desenvolvem em áreas mais iluminadas e outras em áreas mais escuras. Muitos animais que vivem em profundidades específicas desenvolveram órgãos para produzir luz. Essa característica é chamada de bioluminescência.

  2. Adaptações à Pressão Hidrostática

    Muitos peixes possuem uma bexiga natatória, que serve para se adaptar a diferentes pressões e flutuar com facilidade. Organismos que vivem em áreas profundas geralmente têm uma forma achatada e pequenas cavidades internas.

  3. Adaptações à Salinidade

    Alguns animais, como salmões ou enguias, que vivem tanto no mar quanto em rios, são capazes de regular sua concentração interna de sal, mantendo-a constante frente às variações de salinidade do meio devido a processos osmóticos externos. Isso lhes permite viver em águas de diferentes salinidades.

  4. Adaptações à Alta Densidade e Viscosidade da Água

    Os organismos que flutuam na água (plâncton) têm uma grande superfície e podem apresentar prolongamentos ou extensões muito ramificadas. Corpos de nadadores são fusiformes e seus membros grandes são em forma de remo. Alguns, como os cefalópodes, utilizam mecanismos de propulsão a jato para se locomover. Certas plantas e algas têm pequenas bexigas cheias de ar que lhes permitem flutuar e permanecer perto da superfície para capturar a luz.

  5. Adaptações aos Fluxos (Correntes)

    As plantas aquáticas têm hastes flexíveis que não quebram com o fluxo da água. Os organismos bentônicos (que vivem no fundo) geralmente têm formas achatadas ou possuem apêndices ou aberturas que lhes permitem agarrar-se ao substrato.

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