Administração de Medicamentos: Guia Completo e Prático

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Administração de Medicamentos

Medicamento: Usado para diagnóstico, tratamento, alívio ou prevenção de doenças.

Remédio: Termo amplo para recursos que aliviam dor ou enfermidade.

Conceitos: Dose, dosagem, nomes dos medicamentos (genérico e comercial).

Fatores determinantes na dosagem: Idade, peso, sexo, condições do paciente e ambientais.

Formas de medicação: Sólidas, semi-sólidas, líquidas (comprimidos, cápsulas, soluções, etc.).

Prescrição Medicamentosa

É uma ordem escrita por um profissional qualificado.

Deve incluir: Nome do paciente, data, nome do medicamento com dose, dosagem, via, frequência, horário de administração, assinatura e registro do profissional.

Tipos de prescrição: Imediata (urgente), permanente (24 horas), verbal (emergência) e manual/eletrônica.

Cuidados no preparo: Compreensão da prescrição, identificação do medicamento e paciente, confirmação da via/dose, registro correto.

Administração correta: Seguir os "9 certos" (paciente, medicamento, hora, via, dose, registro, forma, orientação, resposta), evitar erros comuns, atenção às alergias, validade do medicamento, entre outros.

Vias de administração: Oral, parenteral (intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa), tópica (pele, mucosas), inalatória (oral, nasal).

Vantagens e desvantagens da via oral: Conveniente, segura, econômica, ação mais lenta, mas pode ser contraindicada em certas condições.

Administração Bucal

Coloca-se o medicamento sólido na boca contra as mucosas da bochecha até dissolver.

Alternar as bochechas a cada dose para evitar irritação.

Advertir os pacientes para não mastigar, engolir ou beber líquidos com o medicamento.

Pode agir localmente ou sistemicamente quando deglutido com a saliva.

Administração Sublingual

Medicamento é colocado sob a língua para rápida absorção pelos capilares.

Instruir o paciente a não engolir ou beber até que o medicamento se dissolva.

Administração Parenteral

Injetar medicamento nos tecidos orgânicos.

Tipos: Intradérmica, subcutânea, intramuscular, endovenosa, e outras (epidural, intratecal, intraóssea, intraperitoneal, intrapleural, intra-arterial).

Vantagens: Absorção mais rápida que via enteral.

Desvantagens: Risco de infecções, custo, sangramentos, ansiedade, lesões.

Material necessário: Seringas e agulhas estéreis, escolhidos de acordo com a via e volume a ser administrado.

Via Parenteral: Tipos de Recipientes

Ampolas: Dose única em frascos de vidro.

Frascos-ampolas: Múltiplas doses, selados com borracha e alumínio.

Cuidados Gerais

  • Lavar as mãos.
  • Preparar em ambiente limpo e sem distrações.
  • Escolher agulha e seringa adequadas.
  • Não usar medicamentos com rótulo violado.

Procedimento de Preparo

  • Reunir material, lavar as mãos e abrir as embalagens.
  • Aspirar o medicamento, retirar o ar e trocar a agulha, se necessário.
  • Para ampola: desinfetar, aspirar e evitar bolhas.
  • Para frasco-ampola: desinfetar, diluir, aspirar e evitar bolhas.
  • Descartar corretamente pérfuro-cortantes.

Mistura de Medicamentos

Se compatíveis, podem ser misturados.

Consultar um farmacêutico em caso de dúvida.

Via Intramuscular: Vantagens e Locais de Aplicação

Absorção rápida e doses de 1,5 ml a 5 ml.

Locais: Deltóide, região glútea (ventro-glútea e dorsoglútea) e vasto lateral da coxa.

Seleção do Local

  • Livre de infecções, vasos e nervos importantes.
  • Musculatura adequada para absorção.
  • Levar em conta idade, atividade, tipo e quantidade do medicamento.
  • Preferir região ventro-glútea para grandes volumes.

Materiais Necessários e Técnica

Seringa, agulha, medicamento, luvas, álcool 70%.

Lavar as mãos, preparar o medicamento, identificar o paciente e explicar o procedimento.

Realizar antissepsia, introduzir a agulha, aspirar para verificar vaso sanguíneo, injetar lentamente e retirar a agulha.

Observar possíveis reações.

Locais Específicos de Aplicação

  • Deltóide: máximo 1 ml; não recomendado para crianças < 10 anos.
  • Coxa: máximo 4 ml em adultos e 1-2 ml em crianças < 2 anos.
  • Ventro-glútea: máximo 4 ml; preferível para grandes volumes.
  • Dorso-glútea: máximo 4 ml; não recomendado para crianças < 2 anos.

Técnica de Administração em "Z"

Tracionar a pele para evitar refluxo.

Introduzir a agulha em ângulo reto, aspirar, injetar lentamente.

Não massagear o local após aplicação.

Via Intradérmica (ID)

Introdução de medicamentos na derme.

Indicações: Testes de hipersensibilidade e vacinação.

Pouca absorção sistêmica; principalmente efeito local.

Cuidado para não injetar profundamente.

Local de Aplicação e Técnica

Antebraço ou costas; ângulo de 10 a 15°; máximo 0,5 ml.

Lavar mãos, reunir material, identificar paciente, anti-sepsia, esticar pele, inserir agulha, injetar lentamente, não aspirar, não massagear, descartar material.

Via Subcutânea (SC)

Para medicamentos sem absorção rápida, como insulina e vacinas.

Contra-indicação: Doença vascular oclusiva.

Locais: Qualquer área subcutânea, longe de articulações, nervos e grandes vasos.

Rodízio dos locais é importante.

Técnica: Lavar mãos, preparar, identificar paciente, anti-sepsia, prega na pele, inserir agulha, injetar lentamente, não massagear, observar paciente.

Para insulina: Conhecer formas e doses, usar canetas, evitar agitar frascos, aspirar corretamente.

Enoxaparina

Heparina de baixo peso molecular usada em hospital e ambulatório.

Indicações: Trombose, angina, infarto, prevenção de trombos.

Potencialmente perigosa; recomenda-se rodízio de locais de injeção.

Administração na área abdominal; introdução em ângulo de 90 graus.

Via Endovenosa (EV)

Administração direta na corrente sanguínea.

Efeito rápido, ideal em emergências.

Indicações: Ação imediata, grandes volumes, medicamentos específicos.

Soluções podem ser hipertônicas, isotônicas ou hipotônicas.

Locais: Dorso da mão, membros superiores, em pediatria, cefálica.

Materiais: Bandeja, luva, garrote, cateter, adesivo.

Técnica: Lavar mãos, antissepsia, punção, administração, fixação, descarte e registro.

Cateter Agulhado - Scalp

Vantagens

Agulhas finas e afiadas, para vasos pequenos e inserção difícil.

Desvantagens

Maior infiltração; indicado para terapias curtas.

Velocidade de infusão reduzida.

Fixação

Proteger o local; identificar com data e profissional.

Permeabilidade

Limpar e salinizar o cateter.

Coleta de Sangue

Tipos: Arterial, capilar e venosa.

Aspirar sangue, retirar a agulha e pressionar.

Complicações

Locais

Flebite, hematoma, infiltração.

Sistêmicas

Septicemia, embolia pulmonar.

Prevenir e tratar precocemente.

Flebites

Inflamação da veia, com dor e vermelhidão.

Causas: Técnica, condição da veia, medicamento.

Hematoma e Equimose

Coloração e inchaço na pele.

Diferem na quantidade de sangue.

Lesões da Parede Interna da Veia

Trombose: Obstrução venosa.

Tromboflebite: Inflamação com dor.

Sintomas: Edema, calor, dor.

Infiltração

Deslocamento de dispositivo intravenoso, causando edema.

Limita absorção do medicamento.

Extravasamento

Infiltração de medicamentos danosos.

Pode causar bolhas e necrose.

Infecção Local

Pode ocorrer na inserção ou infusão.

Prevenção: Técnica asséptica, troca frequente.

Complicações Sistêmicas

Embolia gasosa, edema pulmonar, septicemia.

Associadas a CVC, podem ser fatais.

Medicamentos Injetáveis

Podem causar dor, abscesso, lesões nervosas.

Causas: Tipo, volume, local, técnica.

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