Agências de Comunicação e a Arte da Gestão de Reputação

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1. As Relações Públicas

O que são as RP? Ivy Lee, considerado o pai das RP, é o primeiro técnico de RP e exige ser o único interlocutor entre a empresa e a comunicação social. A primeira empresa a recorrer aos serviços de Ivy Lee foi, precisamente, a grande empresa dirigida pelo homem mais impopular dos Estados Unidos, John D. Rockefeller. Ivy Lee fez passar este "monstro" de impopularidade pelo maior benfeitor da humanidade num passo de mágica.

“Relações Públicas são o esforço deliberado, planeado e contínuo para estabelecer e manter o entendimento mútuo entre uma organização e o seu público.”

(Instituto Britânico de Relações Públicas)

  • As Relações Públicas desenvolvem-se como uma Estratégia de Confiança entre uma organização e os seus públicos;
  • As RP contribuem para gerar prestígio da organização;
  • As RP incluem um conjunto de instrumentos, dos quais se destaca a assessoria mediática;
  • Nas últimas décadas, o tema RP tem sofrido evoluções diversas, numa lógica de adaptação a perceções;
  • A Reputação define o conceito que melhor resume aquelas perceções;
  • As Relações Públicas são a única disciplina de gestão que trata da reputação das organizações;
  • A compreensão pela atividade e a influência sobre a opinião e sobre o comportamento que os diversos públicos-alvo têm de uma organização, são os objetivos centrais das Relações Públicas, hoje assumidamente de grande relevância.

2. A Reputação da Empresa

“Reputação, reputação, reputação é a única parte imortal do homem.”

Otelo, de William Shakespeare

«Uma boa reputação empresarial atua como um íman para atrair clientes, quadros e investidores.»

Prof. Charles Fombrum

É de REPUTAÇÃO que trata a Consultoria em Comunicação e Relações Públicas. Aquela «coisa» imaterial, intangível e mal compreendida, que tantas dores de cabeça dá aos gestores do Século XXI. Reputação é a perceção que os stakeholders têm da empresa.

Quem são os stakeholders? Com o conceito de Responsabilidade Social, houve uma evolução do conceito tradicional de público-alvo para stakeholders, ou seja, todos os que são influenciados (direta ou indiretamente) pelas ações de uma organização.

Para os vários tipos de público são necessárias:

  • diferentes abordagens;
  • diferentes linguagens;
  • diferentes mensagens;
  • timings distintos.

Objetivos Genéricos:

  • Aumentar as vendas;
  • Fidelizar talentos (quadros e trabalhadores);
  • Ganhar a confiança dos mercados (acionistas e credores);
  • Gerar crescimento do negócio (Fusões & Aquisições);
  • Almejar a liderança;
  • Criar lealdade nos stakeholders – os públicos-alvo.

Vantagens Competitivas:

  • Fidelização e empatia dos stakeholders, o que cria melhores condições económicas;
  • Empatia e goodwill por parte da Tutela (Governo, Entidades Reguladoras, Autarquias, etc.);
  • Solidez, resultando em vantagens económicas na relação com bancos, fornecedores, instituições financeiras, etc.;
  • Respeito face aos concorrentes, face a clientes e potenciais clientes e a todo o mercado que a rodeia;
  • Sustentabilidade: uma empresa bem reputada gera mais notícias positivas e, consequentemente, reforça a reputação e diminui a quantidade de notícias negativas.

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