Agricultura: Convencional vs. Alternativa e Degradação do Solo

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Agricultura Convencional

Conjunto de práticas e técnicas realizadas a partir da Revolução Verde, com o objetivo de expandir a produção agrícola para acompanhar o crescimento populacional. Surgiu em meados do século XIX, destacando-se pelo uso de fertilizantes químicos.

  • Uso de máquinas e implementos para o preparo do solo (trator, arado, grade, escarificador, subsolador, etc.).
  • Uso de espécies ou variedades adaptadas ou modificadas para produção em todas as ocasiões e necessidades.
  • Uso de produtos fitossanitários para controle de pragas e doenças em plantas.
  • Associado ao uso de agroquímicos (agrotóxicos e fertilizantes).
  • Uso de corretivos de solo com práticas como: calagem, gessagem, adubação.
  • Emprego de sementes manipuladas geneticamente para aumento da produtividade.

Vantagens:

  • Potencialização da produção.
  • Diminuição nas taxas de fome.
  • Barateamento de alimentos.
  • Eficiência no campo.

A ideia generalizada é que a tecnificação e a capitalização agrícolas permitem produzir quantidades crescentes de alimentos, fibras e outras matérias-primas com um número cada vez mais reduzido de trabalhadores agrícolas.

Desvantagens:

  • Esgotamento do solo.
  • Alterações no ecossistema vigente.
  • Menosprezo à agricultura familiar.
  • Desmatamento.
  • Degradação do solo devido à agricultura extensiva, desmatamento e monoculturas.
  • Erosão provocada pela chuva em áreas de cerrado.

Agricultura Alternativa

Como o próprio nome diz, é uma alternativa, uma saída, outro método de cultivo que foge da agricultura convencional (baseada no tripé: sementes melhoradas, agrotóxicos, maquinário agrícola). É um dos termos empregados para designar modelos não convencionais de agricultura, como: Agricultura orgânica, Agricultura biodinâmica, Agricultura biológica, Agricultura natural, Agricultura ecológica.

Objetivo: Manutenção da renda do produtor rural, ao mesmo tempo em que visa à conservação dos solos e ao equilíbrio do meio ambiente.

  • Práticas de conservação do solo, compostagem e adubação verde.
  • Ecologicamente sustentável; socialmente justa; tecnologicamente adequada; economicamente viável; culturalmente aceita.
  • Planejamento do uso da terra.
  • Uso de inseticidas/fungicidas naturais.
  • Modelos de produção eficientes que não utilizam métodos que possam contaminar ou degradar o solo.
  • Preservação dos recursos naturais.
  • Produção de alimentos saudáveis e de maior qualidade.
  • Sustentabilidade e baixo impacto ambiental.
  • Criação de animais na propriedade, consorciação com agricultura.
  • Uso de adubos naturais (compostagem, minhocultura, leguminosas, etc.).

Desvantagens:

  • Mais dispendiosa e demorada.
  • Menor produção, se comparada à agricultura tradicional.
  • Produtos mais caros que os convencionais.
  • Mão de obra com maior especialização.

Degradação do Solo

Refere-se à desertificação ou erosão, demolição descontrolada da vegetação que cobre o solo, uso de tecnologias inadequadas (como o alto uso de produtos químicos), compactação e salinidade do solo.

Práticas e Conceitos Relacionados

  • Adubação verde: Uso de plantas para serem incorporadas ao solo, com a finalidade de melhorá-lo.
  • Adubação mineral: Uso de fertilizantes incorporados ao solo para proporcionar melhor nutrição às culturas.
  • Calagem: Aplicação de calcário no solo para combater sua acidez e corrigir seu pH, aumentando a produtividade das culturas.
  • Cobertura morta: Uma das práticas mais simples e benéficas para a plantação.
  • Controle de pastoreio (pastoreio rotativo): Retirar o gado de uma pastagem quando as plantas ainda recobrem toda a área, para não comprometer a qualidade da vegetação e do solo.
  • Rotação de culturas: Em oposição à monocultura, consiste em alternar a produção para evitar o esgotamento do solo.
  • Plantio direto: Técnica de cultivo conservacionista onde o plantio é efetuado sem as etapas de preparo convencional (aração e gradagem).
  • Plantio em nível: Produção ordenada por meio de linhas com diferentes altitudes do terreno.
  • Sulcos em nível: Uso de pequenos canais nivelados para diminuir o escoamento superficial e aumentar a infiltração.
  • Escarificação: Romper a camada superficial do solo (15 cm a 30 cm) com implementos de haste, possibilitando a movimentação do solo sem inversão da leiva e mantendo resíduos vegetais na superfície para proteção contra erosão.

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