Alfabetização: Métodos e Ideias de Paulo Freire

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Prova 2

1. As ideias de Paulo Freire em relação ao processo de alfabetização

Paulo Freire propôs um método que alcançou não só a alfabetização de adultos, mas que também pode ser trabalhado nas primeiras séries. Ele defendeu que se facilitasse a absorção e a compreensão dos signos, denominado como "Palavras Geradoras". Esse método consistia em escolher uma palavra que fizesse parte de um contexto comum entre todos os educandos, mostrando a eles o seu significado e propondo novos desafios através do contexto que aquela palavra representa. Como por exemplo, a palavra "favela": o que ela significa? Como ela surgiu? Qual sua atuação na vida de milhares de pessoas que vivem dentro dela? E etc.

As ideias de Paulo Freire em relação ao processo de alfabetização de adultos começam com a crítica do sistema tradicional, que tinha a cartilha como base. A velha cartilha ensinava pela repetição de palavras aleatórias, formadas pela junção de uma consoante e uma vogal. Era um método abstrato, pré-fabricado e imposto. A partir daí, Paulo Freire procurou os caminhos para encontrar um jeito mais humano de ensinar e aprender a ler e escrever.

2. A importância da interação entre o aluno e o mundo da escrita

A leitura é um processo mental de grande complexidade. Para que a leitura seja eficiente, é necessário que haja uma interação entre o aluno e o mundo da escrita. Através do estímulo à leitura, o professor deve apresentar ao aluno o mundo da leitura como algo prazeroso, que vai ser construído por meio do interesse dele (aluno) em conhecer e aprender. Que se utilize um método que desenvolva adequadamente atitudes, hábitos e habilidades por ela exigidos.

3. O uso do desenho no processo de alfabetização

Considerando que nem toda criança tem contato com o mundo da alfabetização em casa, mas procura se expressar através de desenhos, o professor alfabetizador pode utilizar desses desenhos feitos pelos alunos para levá-los ao conhecimento das letras. A criança faz um desenho onde expressa o que quer dizer através dele, e o professor escreve o que o aluno quer interpretar por meio do desenho, levando assim o aluno a ver que o desenho por ele produzido pode ser transformado em escrita.

4. "Palavras Geradoras" no método de Paulo Freire

No método de Paulo Freire, as "palavras geradoras" são um processo que se inicia pelo levantamento do universo vocabular dos alunos.

5. Alfabetização e letramento: formação de leitores

O alfabetizador, agente primeiro do processo escolar de formação de leitores, deverá não só proporcionar aos alunos o contato frequente e prazeroso com textos interessantes, ricos em significação, mas também selecionar atividades lúdicas e que possibilitem o trabalho com diferentes materiais e linguagens: recorte, colagem, desenho, pintura, canto, mímica de personagens e objetos, dramatização de cenas e situações, etc. Além de agradar aos alunos, as atividades que se utilizam de material concreto facilitam ao portador de algum tipo de deficiência a aproximação com o texto. Para suprir as carências na formação de leitores, será necessário que muitas vezes o professor deixe de lado a preocupação com o ensinar a ler para dar lugar ao estímulo à vontade de ler. Dinâmicas lúdicas, coerentes com as características e necessidades das crianças, podem constituir andaimes para o desenvolvimento dos alunos na alfabetização.

6. A dissociação entre aprender a ler e aprender a escrever

Com frequência, muitas crianças aprendem primeiro a ler e depois a escrever. Isso acontece pelo fato de que são processos distintos, mas que podem ser trabalhados de forma integrada.

7. O uso do nome próprio na alfabetização

O nome próprio pode ser utilizado na alfabetização através de desenhos, contos e histórias.

8. A relação entre leitura de legendas e produção de ilustrações

Se um indivíduo tem habilidades para ler uma legenda e, com essa leitura, ele tiver entendimento do seu significado, ele poderá também estar apto a fazer a ilustração da mesma.

9. Inclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem

Segundo Leal, Albuquerque e Morais (2007), não devemos deixar o aluno com a impressão de que é menor do que o outro. Devemos fazer atividades em grupos, inseri-lo em uma aprendizagem interativa com textos ilustrativos e desenvolver funções com uma abordagem bastante lúdica, para que o aprendizado não seja prejudicado.

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