Amebíase: Causas, Sintomas, Transmissão e Tratamento

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O que é Amebíase?

A amebíase, também conhecida como disenteria amebiana, é uma parasitose intestinal causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Este parasita aloja-se no intestino grosso, onde pode causar diarreia.

Em casos mais graves, a ameba pode invadir a parede intestinal, resultando em diarreia com sangue (disenteria). O parasita também tem a capacidade de migrar para outros órgãos vitais, como o fígado, pulmão ou cérebro, causando doenças nesses locais e, em situações extremas, levando os pacientes à morte.

O protozoário Entamoeba histolytica não possui flagelos ou cílios, deslocando-se por meio de pseudópodos (expansões do citoplasma). Ele habita preferencialmente o intestino grosso (na forma de cistos), sendo o ser humano o seu único hospedeiro. Embora em condições normais possa ser assintomático, em certas circunstâncias torna-se patogênico, invadindo células e tecidos e provocando a doença. A parasitose é relatada em todo o mundo, variando de casos assintomáticos a quadros graves.

Transmissão

A transmissão da amebíase ocorre pela ingestão de alimentos e água contaminados com os cistos da ameba.

Em populações sem saneamento básico, o ciclo de contaminação é facilitado. Se as fezes estiverem contaminadas com o parasita, o ambiente (principalmente a água) se contamina. Esta água contaminada pode ser usada para beber ou irrigar plantações, fechando o ciclo e infestando outros indivíduos.

  • Período de Incubação: Varia de sete dias a quatro meses.
  • Resistência dos Cistos: Os cistos são resistentes e sobrevivem de 20 horas a 30 dias em diferentes meios (água, fezes frescas, massas e laticínios).
  • Vetores: Insetos também ajudam a dispersar os cistos da Entamoeba histolytica.

Sintomas

Os principais sintomas da amebíase compreendem:

  • Dores abdominais e cólicas intensas;
  • Gases;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia;
  • Eliminação de sangue e muco nas fezes.

Diagnóstico

O diagnóstico primário é realizado através do Exame Parasitológico de Fezes (EPF), que busca a identificação de cistos e trofozoítos do parasita.

  • Recomenda-se a coleta de três amostras em dias alternados.
  • A correta coleta das fezes é importante para evitar contaminação cruzada e resultados falso-negativos.
  • Outros materiais, como soros e exsudatos, também podem ser utilizados.

Testes mais sensíveis e específicos, como os testes de ELISA, também podem ser realizados. No entanto, devido ao custo elevado, eles ainda não são amplamente utilizados em áreas endêmicas, sendo a microscopia o método mais comum.

Tratamento

O tratamento da amebíase varia conforme a gravidade da infecção:

  • Casos Graves: É essencial repouso, hidratação constante e uma dieta rica em proteínas.
  • Medicação Padrão: O medicamento mais utilizado é o Metronidazol, administrado por via oral, geralmente por um período de 10 dias.
  • Invasão Tecidual: Se o parasita invadir os tecidos, o tratamento deve abranger todas as áreas afetadas.

Ao término do tratamento, as fezes devem ser examinadas novamente para confirmar a eliminação completa da doença.

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