América Latina no Século XIX
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Formação Semi-Estatal
A unidade imperial da segunda metade do século XIX lançou as bases para a fixação de um novo pacto colonial entre os países da América Latina e os centros industriais europeus. Essa nova ordem envolvia uma situação de dependência econômica, onde a incorporação das sociedades latino-americanas ao mercado internacional capitalista determinou a especialização das mesmas na produção de matérias-primas alimentares exportáveis. Ao contrário dos estados coloniais, a dependência econômica não implicava dependência política direta, e como um estado com uma poderosa classe socioeconômica local, poderia criar as bases institucionais para garantir condições de ordem política e modelo de exportação primária.
Centralização Política
Entre 1880 e 1910 foram anos de centralização da autoridade política e de consolidação das instituições do Estado. Este processo esteve relacionado com a consolidação da nova ordem semi-estatal. Durante este período, os investimentos estrangeiros, os ganhos das exportações e das receitas aduaneiras fornecidas pelo aumento das importações de capital nas sociedades periféricas e desde que os recursos necessários para cooptar adversários em potencial, oferecendo-lhes cargos no governo e concessões relacionadas a alguma exploração econômica.
Nações da América Latina
Os Estados modernos centralizados durante as últimas décadas do século XIX eram considerados "Estados nacionais", o que representa uma "nação" determinada. Na América Latina, o processo de constituição dos estados-nação modernos, as relações entre a nação/etnia e o estado eram diferentes. As elites dominantes, a autoridade política centralizada e o Estado formaram, ao mesmo tempo, os "novos" países latino-americanos. As elites dominantes que venceram e lideraram os Estados de constituição nacional pertenciam à decisão e se recusaram a construir uma identidade nacional baseada em valores étnicos e culturais dos setores negligenciados. A base ideológica dos novos estados consistiu de combinações estranhas do pensamento europeu, os latino-americanos, o secularismo, o positivismo, etc. Os grupos dominantes propuseram-se, também, a construir e aplicar em cada sociedade uma "identidade nacional".
Bases Socioeconômicas: Estado Oligárquico
Durante o último quartel do século XIX, os grupos dominantes que controlavam o setor de produção para exportação assumiram o Estado nacional e o governo impôs um sistema de participação política restrita da população. Através de vários mecanismos de controle da sucessão política, seus movimentos diante de adeptos permaneceram no poder, sendo frequentemente vistos como uma democracia restrita. Esses estados tiveram um papel central no desenvolvimento da organização capitalista.
Consolidação do Modelo de Exportação Primária
Durante o século XIX, o desenvolvimento da industrialização e a expansão do comércio internacional levaram a uma nova divisão internacional do trabalho. Os países latino-americanos especializaram-se na produção de alimentos e matérias-primas exigidas pelos centros industriais. Aproveitou-se das suas vantagens comparativas e competitivas. Cada país se especializou na produção de produtos que poderia produzir com alguma vantagem que os outros países não tinham. A partir destas especializações, os países industrializados aderiram à periferia capitalista no mercado internacional.
Formas de Organização da Produção Econômica
- O controle da produção nacional: A organização da produção econômica da era de "controle nacional". Nestas sociedades, esses capitalistas fizeram alianças com outros grupos sociais que não estavam integrados no setor moderno da economia e estabeleceram relações com os países capitalistas industrializados. Originou várias atividades relacionadas à produção, comercialização, etc.
- Os locais de produção: O capital estrangeiro decidiu investir para iniciar a produção que lhes interessava. Eles consideraram que seria mais conveniente produzir em países periféricos, as matérias-primas necessárias: às vezes, porque nos seus países não possuíam esses recursos, ou porque era mais barato produzir. Essas empresas estrangeiras controlavam a produção desde o transporte de produtos. Os estrangeiros que controlavam o enclave tinham que pagar os impostos locais para o estado onde o enclave estava localizado.
Novos Grupos Sociais
Na América Latina, os países com "economias nacionais de controle" geraram o desenvolvimento do sistema produtivo. Como resultado deste desenvolvimento econômico houve maior diversificação social. As "áreas urbanas" foram compostas por pequenos comerciantes, artesãos, profissionais, professores e funcionários públicos. Em países com "economia de enclave" a distribuição de renda das exportações na sociedade era mínima. Nessas sociedades, havia diferentes trabalhadores da mina e algumas áreas urbanas relacionadas à administração pública.