Análise da Ameaça de Concorrentes e Poder de Barganha
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Ameaça de Novos Concorrentes
A ameaça de um novo concorrente é alta quando:
- As economias de escala são baixas;
- A diferenciação de produto é pequena;
- O capital necessário é baixo;
- Os custos de troca são baixos;
- Os direitos de propriedade intelectual não são restritos;
- O acesso aos subsídios do governo é fácil.
Produtos Substitutos
Quando comparados aos atuais produtos, a ameaça que oferecem é ainda maior, limitando o potencial de retorno de um mercado porque estabelecem um teto nos preços do mercado. Se o produto ou serviço substituto consegue mostrar um ganho na relação custo/benefício, a ameaça aumenta.
Produtos Substitutos são Perigosos Quando:
- Estão sujeitos a tendências que melhorarão sua competitividade em preço;
- Provocam inovações tecnológicas;
- Produzem mudanças significativas em custos relativos e qualidade.
Ameaça de Produtos Substitutos
A ameaça de um produto substituto é forte quando:
- O ganho na relação custo/benefício do produto substituto é alto;
- A lucratividade desse mercado na produção de produtos substitutos é elevada;
- Os custos de troca pelo comprador do produto são baixos.
Poder dos Compradores (Clientes)
Os compradores influenciam o mercado ao forçar os preços para baixo, demandar maior qualidade ou mais serviços e, portanto, possuem a capacidade de acirrar a concorrência em um determinado mercado. O poder de cada grupo de compradores depende das características, do volume e da importância de suas compras em relação ao mercado total.
O Poder dos Compradores é Grande Quando:
- O volume de compra é alto;
- Há pouca diferenciação de produtos dos fornecedores no mercado;
- Os compradores têm bom conhecimento dos custos e da estrutura das empresas vendedoras;
- A lucratividade dos compradores é alta;
- A importância do fornecedor para a qualidade do produto final do comprador é baixa;
- A porcentagem de gastos dos compradores em produtos dos fornecedores é alta.
Poder dos Fornecedores
Os fornecedores podem exercer seu poder de barganha sobre os participantes do mercado ao ameaçar aumentar os preços ou reduzir a qualidade dos produtos e serviços comprados. Poderosos fornecedores de matérias-primas-chave podem apertar a lucratividade de um mercado que não está apto a repassar os aumentos no custo em seus próprios preços.
O Poder de Barganha dos Fornecedores é Alto Quando:
- A concentração dos fornecedores em relação à concentração de compradores no mercado é alta;
- A disponibilidade de produtos substitutos é baixa;
- A importância do comprador para o fornecedor é baixa;
- A diferenciação dos produtos e serviços dos fornecedores é alta;
- Os custos de troca do comprador são altos.
Fusão
Uma fusão ocorre quando duas empresas formam uma única corporação por meio de um acordo mútuo.
Qual Seria o Motivo de uma Fusão?
Sobrevivência. O processo de globalização também incentivou o desenvolvimento das operações de fusões e aquisições de empresas no cenário mundial. Fatores como a necessidade de ganhos em escalas de produção, atuação em outras regiões geográficas, surgimento de novos produtos e busca de sinergias financeiras e tecnológicas levaram grandes conglomerados empresariais a atuar em outros países que não os de sua origem, por meio de aquisições, parcerias e joint ventures com empresas locais.
Joint Venture
Joint venture ou empreendimento conjunto é uma associação de empresas, que pode ser definitiva ou não, com fins lucrativos, para explorar determinado(s) negócio(s), sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurídica.
As empresas também se fundem porque novas tecnologias possibilitam oferecer aos clientes um conjunto completo de serviços. As metas de uma fusão podem valer a pena, mas o processo é difícil. Problemas com “as pessoas” podem ser graves: o ânimo pode sofrer se as vagas são reduzidas e os funcionários transferidos ou mandados embora, e também a diferença de salários pode trazer ressentimento entre os funcionários.
Definições de Algumas Formas de Fusão de Negócios
Cartel
As empresas nem sempre apreciam o jogo da livre concorrência. Elas preferem, às vezes, cooperar entre si, combinando preços, restringindo a variedade de produtos e dividindo os mercados para manter suas receitas sempre estáveis. Quando isso ocorre, está formado um cartel. O cartel é constituído por várias empresas independentes do mesmo ramo que se reúnem a fim de estabelecer acordos sobre preços e produção para cada empresa que, entretanto, mantém sua autonomia. O cartel reparte os mercados de venda, fixa a quantidade de produtos a fabricar, determina os preços e distribui os lucros entre as diferentes empresas.
Truste
Esse tipo de ação se configura com a imposição de certas posturas das grandes empresas sobre as concorrentes de menor expressão. As primeiras obrigam as segundas a adotarem políticas de preços semelhantes, caso contrário, podem baixar os preços além dos custos, por exemplo, e forçar uma quebra dos concorrentes. No Brasil, o controle antitruste é feito pela Lei nº 8.884/94. O truste procura obter o controle total da produção, desde as fontes de matérias-primas até a distribuição da mercadoria, dispondo assim da oferta e dos preços. Os métodos para a formação desses conglomerados eram muitas vezes o suborno ou a guerra comercial, que consistia em baixar artificialmente o preço das mercadorias até derrotar a(s) firma(s) concorrente(s) para depois incorporá-la(s) e fixar os preços à vontade.
Holding
É um grupo que controla um conjunto de empresas por meio da compra da maior parte de suas ações. A holding não produz, ela apenas administra, já que é a majoritária.