Análise Antropológica: Cotas, Racismo e Perspectivas
Classificado em Outras materias
Escrito em em português com um tamanho de 2,17 KB
1. A Antropologia como Ciência Interpretativa
Segundo Gilberto Velho, a antropologia é uma ciência interpretativa. Por quê?
Para Gilberto Velho, não há uma neutralidade/objetividade absoluta na pesquisa feita pelos antropólogos. O antropólogo percebe a realidade de acordo com seu ponto de vista.
2. Objetivo do Artigo sobre Cotas Raciais
Qual o objetivo central do artigo "Política de Cotas Raciais 'os olhos da sociedade' e os usos da antropologia: o caso do vestibular da Universidade de Brasília" de Marcos Maio Chor e Ricardo Ventura dos Santos?
O objetivo era refletir sobre o sistema de cotas adotado pela UNB, abrangendo o envolvimento e os usos da Antropologia na dinâmica dos processos contemporâneos.
3. Racismo: Brasil vs. Estados Unidos (Roberto da Matta)
Qual a diferença, segundo Roberto da Matta, entre o racismo americano e o racismo brasileiro?
O racismo brasileiro vem de um contexto histórico (a estrutura hierárquica social) e não das partes (os indivíduos e os casos concretos). Isso fez com que o regime de escravidão fosse aceito como algo normal pela maior parte das elites, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos, onde o trabalho escravo era um fato social regional, altamente localizado.
4. Verdadeiro ou Falso
- (F) Roberto da Matta (na época em que escreveu) discordaria da forma como ocorreu o tribunal de raças. Da Matta discordaria, pois para ele o tribunal faria do antropólogo um classificador de identidades.
- (F) Ao comentar sobre o uso de fotografias para avaliar quem deveria ser contemplado com as cotas no vestibular da UNB, Peter Fry é favorável às cotas, pois o que determina se o candidato é negro é o fenótipo (tipo de cabelo, de nariz).
- (V) Para Florestan Fernandes, o racismo à brasileira teria características pré-modernas e, portanto, tenderia a desaparecer com o desenvolvimento do capitalismo e da industrialização.
- (V) Hasenbalg critica Florestan Fernandes em sua discussão sobre o racismo, afirmando que não há incompatibilidade entre racismo e capitalismo, portanto, o primeiro não termina com o avanço do segundo.