Análise da Dinâmica de Grupos: Tipos, Papéis e Relações

Classificado em Psicologia e Sociologia

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Multidão: Consciência de objetivo fraca, estrutura interna fraca, quantidade de membros: centenas/milhares, natureza das relações: por contágio de emoções, aparecimento de crenças latentes e sentimento de indiferença perante o outro.

Bando: Consciência de objetivo média, estrutura interna fraca, quantidade de membros: pequena, natureza da relação: pela busca de seu semelhante, natureza das ações: espontâneas e crenças reforçadas entre si.

Agrupamento: Consciência de objetivo: de fraca à média, estrutura interna: média, relações entre os indivíduos: superficiais, natureza das ações: limitadas.

Grupo Primário: Consciência de objetivos: elevada, relações: ricas e intensas entre os indivíduos, capacidade de mudança perante as crenças e normas, com ações espontâneas, ricas e criativas.

Grupo Secundário: Consciência de objetivos: escassa até elevada (dependendo da posição hierárquica), estrutura interna: elevada e rígida, relações entre os indivíduos: funcionais, crenças e normas: por indução e pressão, com ações planejadas.

Papéis em Grupos:

  • Estrela: O que liga e dá coesão para o grupo - o mais escolhido.
  • Subestrela: Aquele que possui o maior número de escolhas depois da estrela (que tem que ter no mínimo metade de escolhas da estrela).
  • Periférico: Escolhe, mas não é escolhido por ninguém.
  • Isolado: É escolhido, mas não escolhe ninguém.
  • Solitário: Não é escolhido, nem escolhe ninguém.
  • Escolhas Mútuas: O indivíduo escolhe o outro e é escolhido por este.

Elementos da Dinâmica de Grupos:

  • Presença de mais de 1 átomo social: Verificar se há divisão no grupo, se há presença de subgrupos.
  • Mediador: Em caso de subgrupos, o elemento escolhido pelos estrelas dos subgrupos é o indivíduo que poderia mediar as partes.
  • Eminência Parda: O indivíduo que possui poder pelas sombras, escolhe a estrela e é a única escolha da estrela.

Análise da Dinâmica:

Verificar se o grupo possui ou não formação de subgrupo(s). "Aparentemente o grupo é ... (área investigada - coeso (afetividade) ou cooperante (funcional) ou capaz de tomada de decisão por consenso (liderança)), pois não apresenta formação nítida de subgrupo." Ou. "Aparentemente o grupo não é ..., pois parece ter formação nítida de subgrupos".

Verificar se tem periférico(s), solitário(s) e isolado(s). Caso o grupo possua muitos (mais do que 1/3 do número de integrantes do grupo) periféricos, isso prejudica o funcionamento do grupo (o mesmo funciona para solitários e isolados). Quando o número for pequeno, o problema é do indivíduo e não do grupo (mas é problema para as áreas afetiva e funcional, não é problema para a área de liderança). Caso a soma do número de periféricos, solitários e isolados for grande, isso é ruim para o grupo e o seu funcionamento (em todas as áreas isso é problema).

Verificar a quantidade de escolhas múltiplas. Um número alto é um problema para o grupo, pois as forças nas relações ficam centralizadas, comprometendo a força no grupo. Se forem poucas, não há problema. Verificar a existência da eminência parda (se não tiver, não há problema).

Verificar o mais rejeitado. O mais rejeitado é aquele que, se for ter intervenção, é o primeiro a fazer trabalho. É problema para o grupo se o mais rejeitado for a estrela, ou a subestrela, ou a eminência parda, pois mostra que foi escolhido por uma parte e rejeitado por outra, isso é ruim para o grupo e o seu funcionamento.

Verificar a quantidade de rejeição. Em todos os grupos ocorre rejeição; é ruim para o grupo quando o número de rejeições é maior do que o número de integrantes do grupo.

Verificar o número de rejeitados. É ruim para o grupo se o número de rejeitados for maior do que a metade dos membros do grupo.

Verificar se há falha de percepção. É ruim se forem muitas (é ruim na área afetiva, na área funcional, mas não é ruim na área de liderança). Também é ruim para o grupo se as falhas de percepção ocorrem entre estrelas, ou entre estrela e subestrela.

Assim, verificar o que reforça/facilita o aspecto analisado (área investigada - coeso ou cooperante ou capaz de tomada de decisão por consenso) e o que dificulta, justificar com as relações, com os dados obtidos. Podem haver problemas latentes, em que se apresentam sinais de que algo não está bem no grupo, mas não está explícito. Podem haver problemas manifestos, em que estão explícitos e que o grupo apresenta nitidamente divisões, subgrupos.

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