Análise de Don Quixote e o Romantismo
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Don Quixote: alto, magro, com uma longa barba, adoração e muita imaginação. É um nobre cavaleiro que acredita. No Capítulo XII da Parte 2, torna-se reconfortante e consolador para outro cavalheiro. Podemos também dizer que Dom Quixote não aparece "louco" em todo o romance. No Capítulo XII da Parte 2, por exemplo, fala de forma muito culta e inteligente sobre a vida e a morte.
Sancho Pança: baixo e gordo. Ele sempre foi um fazendeiro, mas começou a culturizar-se desde que está com Don Quixote. É o escudeiro de Dom Quixote, um bom homem e de grande coração, mas a princípio o seu olhar parece difícil. À medida que o romance avança, pode-se ver a "quijotização" de Sancho. Tendo vivido algumas aventuras com Don Quixote, passou a acreditar que é um portador da verdade.
O Cavaleiro da Floresta: é o seu amigo, o bacharel Sansão Carrasco, que se apresenta como um cavaleiro, afligido pela sua indiferença, com a intenção de convencer Don Quixote a voltar para casa.
Dulcinea: é uma garçonete por quem o protagonista se apaixona no romance. Ela era uma mulher grotesca e desleixada, uma mulher que não atraía ninguém, mas como Don Quixote, na sua imaginação, tudo transformava a seu gosto, imaginou uma mulher bonita como a que cada cavalheiro gostaria de ter ao seu lado.
Idioma e Estilo
A prosa espanhola atingiu o seu auge com esta obra. Don Quixote não tem um estilo uniforme, mas é admiravelmente polifónico. Combina todos os níveis de linguagem que criaram a prosa da Renascença, às vezes com uma paródia, zombaria ou imitação. É admirável a riqueza polifónica com a qual se expressam as suas múltiplas personagens; cada uma fala de acordo com a sua condição e estado de espírito. Por isso, ouvimos as vozes da cidade e da vila de Cabrera, dos aristocratas, das moças de partido ou do clero, a retórica mais nobre ou o escárnio mais vulgar, e a miríade de tons de Don Quixote, conforme o seu humor, e a expressão "cazurra" e sensata de Sancho, que tanto gosta de provérbios.
Estilo e Temas
O estilo "Cervantino" caracteriza-se pela precisão dos termos, a elegância pura da frase e a harmonia nobre de ritmo.
Temas:
- Amor
- Crítica literária da cavalaria
- A liberdade, a loucura e a injustiça
Miguel de Cervantes
Miguel de Cervantes era um soldado, romancista, poeta e dramaturgo espanhol. Supõe-se que nasceu a 29 de setembro de 1547 em Alcalá de Henares e morreu a 22 de abril de 1616 em Madrid, mas foi sepultado a 23 de abril e é conhecido popularmente por essa data (errada quanto à sua morte). É considerada a maior figura da literatura espanhola. É universalmente conhecido, especialmente pela escrita de O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de la Mancha, que muitos críticos descreveram como o primeiro romance moderno e uma das melhores obras da literatura. Foi-lhe dado o apelido de "Príncipe dos Engenhos" (Prince of Wits). A dualidade nos personagens representa a dualidade imaginação/realismo. Portanto, Don Quixote e os seus personagens são continuamente revistos para fazer leituras simbólicas do livro e dos seus caracteres.
Romantismo
O Romantismo era um movimento artístico que surgiu na Alemanha e Inglaterra no século XVIII. Rapidamente se espalhou para França e América. Manifesta-se na arte, literatura, poesia e música. Na literatura, o Romantismo foi uma reação contra as formas rígidas do Classicismo. Fizeram prevalecer o sentido sobre a razão e a imaginação sobre a análise crítica. O Romantismo, ligado à consolidação do poder da burguesia, envolveu a difusão do pensamento político e social que enfatizava fundamentalmente o valor da liberdade e do progresso. Buscava a liberdade de ideias, sentimentos e expressão. As suas questões-chave foram a ideia de liberdade e nação. A atitude romântica caracterizou-se pelo desejo de viver autenticamente e de realizar a utopia, de modo a reafirmar a necessidade da sua identidade nacional. Outros temas recorrentes incluem o amor não correspondido, solidão, tristeza, nostalgia, melancolia e desespero. Nestes trabalhos, a paisagem era representada, tendo em conta o reflexo do humor do poeta.
Autores:
- Mariano José de Larra
- Gustavo Adolfo Bécquer
- José de Espronceda
- Rosalía de Castro
Romantismo na Colômbia
Rumo a 1850, os partidos políticos na Colômbia discutiam entre o avanço reformista de liberais, comerciantes e artesãos e a resistência das estruturas coloniais para sustentar a tradição. Por volta de 1848, os jovens universitários liam com avidez poetas e romancistas franceses, numa época em que surgiam ideologias e movimentos utópicos. As questões políticas do romance e da poesia na Colômbia, na segunda metade do século XIX, refletiam modelos da literatura romântica europeia, inglesa e francesa. Predominava especialmente a ideia de destino, morte, os sentimentos e o amor, e o culto ao nacional e histórico.
Romantismo na Argentina
José Mármol, um poeta que escreveu poemas contra Rosas, nos estágios iniciais da nossa literatura, escreveu o primeiro romance de importância: Amalia. Foi publicado em 1855 e é uma novela sentimental que destaca um momento histórico particular: o declínio do governo de Rosas. Este trabalho é considerado o primeiro romance extenso na nossa literatura, com cerca de 400 páginas.
Esteban Echeverría (autor de O Matadouro) e Domingo Faustino Sarmiento (autor de Facundo) também têm em comum a crítica a Rosas e as brigas entre unitários e federais.