Análise de Episódios Chave de Os Lusíadas
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Episódio de Inês de Castro
- Est. 118-119: Introdução: localização temporal da acção e apresentação do caso da morte de Inês de Castro. O amor é responsabilizado e culpabilizado pela sua trágica morte.
- Est. 120-121: Situação inicial de felicidade, ainda que a estrutura trágica se anuncie desde o início.
- Est. 122-124: Razões que levam D. Afonso IV à decisão de mandar matar Inês: D. Pedro recusa-se a casar de novo e o murmurar do povo. A morte de Inês é, para o rei, a única forma de terminar com o amor que a unia a D. Pedro. Inês é trazida diante do rei e prepara-se para suplicar ao rei que lhe poupe a vida.
- Est. 126-129: Discurso de Inês de Castro: Compara a crueldade dos seres humanos a animais selvagens capazes de maior piedade. Baseia a sua argumentação na humanidade do rei (perante os netos); refere não ter cometido qualquer crime; pede a substituição do castigo da morte pelo castigo do desterro, pois teme deixar os filhos órfãos.
- Est. 130-132: O rei é apresentado como estando comovido com as palavras de Inês, disposto a perdoá-la. O povo e o destino são apresentados como culpados da decisão final.
Inês é comparada a Polycena. A estrofe 132 descreve o culminar da tragédia: a morte de Inês de Castro.
- Est. 133-135: Consequências da morte de Inês de Castro na natureza. Reflexões do narrador.
Episódio das Despedidas em Belém (Narrador Participante, Narrando na 1.ª Pessoa)
- Est. 84: Localização espacial da acção (Belém). Vasco da Gama revela que os seus marinheiros e guerreiros estão dispostos a todo o tipo de esforços para conquistar os objectivos da viagem.
- Est. 85: Preparação das naus para a partida, preparam-se também todos os que nela participam.
- Est. 86: Preparação espiritual: Os soldados rezam, implorando a Deus que os guie e os favoreça.
- Est. 87: Os soldados e marinheiros abandonam a Ermida de Nossa Senhora de Belém. Vasco da Gama confessa ao Rei de Melinde o receio e a dúvida que sentiu neste momento.
- Est. 88-89: Descrição dos sentimentos vividos por todos aqueles que ficavam.
- Est. 90-91: É feita, em discurso directo, uma referência ilustrativa do discurso de uma mãe e de uma esposa, dirigida ao filho e ao marido respectivamente.
- Est. 92: Referência aos velhos e às crianças, únicos elementos do sexo masculino que não partiam para os Descobrimentos.
- Est. 93: Vasco da Gama decide partir sem que sejam feitas as costumadas despedidas. As naus partem para a Índia.
Episódio do Adamastor
- Est. 37-38: Localização geográfica e temporal da acção. Criação do ambiente para o aparecimento do gigante (nuvem negra), reacções provocadas por esta mudança súbita.
- Est. 39-40: Aparecimento do gigante e sua descrição física e psicológica. Efeitos provocados pela sua presença.
- Est. 41-48: Primeira parte do discurso do Adamastor: de carácter profético e ameaçador. O gigante anuncia os castigos e danos que reserva para o povo Português.
Considera o povo Luso atrevido e ousado e pretende vingar-se de determinadas figuras da nossa história: Bartolomeu Dias, D. Francisco de Almeida e Manuel de Sousa Sepúlveda.
Todos os castigos que prevê e profetiza estão relacionados com os limites marítimos que governa.
- Est. 49: O gigante Adamastor é interrompido por Vasco da Gama que o questiona acerca da sua identidade.
- Est. 50-59: Segunda parte do discurso do gigante Adamastor: Em resposta à questão feita por Vasco da Gama, o Adamastor começa por se referir a si do ponto de vista geográfico. Relata a sua trágica história de amor e o castigo recebido por se ter revoltado contra Júpiter.
Na estrofe 59 este castigo é descrito através da transformação do gigante num cabo.
- Est. 60: Desaparecimento do gigante, chorando. A nuvem negra desfaz-se e Vasco da Gama pede a Deus que as profecias e ameaças do gigante não se realizem.