Análise do Filme "A Missão": Conflito e Redenção no Século XVIII

O filme “A Missão” retrata um acontecimento real vivido no século XVIII, na América do Sul, durante a colonização dos espanhóis e portugueses.

A Chegada dos Jesuítas e a Conquista pela Música

O filme inicia-se com a demonstração da reação violenta de uma tribo indígena que tinha matado um padre que tentava catequizá-los. É, porém, necessário ter em conta que este povo já tinha a sua própria cultura e religião, e a sua identidade não estava a ser respeitada.

Como a Igreja Católica queria promover o cristianismo, enviaram outro padre, Gabriel, que conseguiu conquistar a confiança dos habitantes da tribo.

Assim, a música foi um elemento importante no filme, realçando as emoções vividas, uma vez que foi através desta que Gabriel conseguiu conquistar a atenção e o interesse dos índios.

A Redenção de Rodrigo Mendoza

Naquela época, havia muitos mercenários que capturavam índios para os vender. Um destes era Rodrigo Mendoza, que matou o seu irmão por ambos desejarem a mesma mulher. Após ter matado o irmão, ele isola-se devido aos remorsos sentidos.

O padre Gabriel convence Rodrigo a ajudá-lo nas Missões, contudo, pelo caminho, ele vai pagando penitência. Quando chega à tribo, o antigo mercenário é reconhecido e perdoado pelos habitantes.

O Conflito Final e o Legado

Para além disso, os conflitos entre colonos e jesuítas também foram abordados neste filme. Os colonos queriam cancelar as Missões dos jesuítas para poderem utilizar as terras como quisessem. A Igreja Católica abriu mão destas terras; no entanto, os jesuítas não quiseram deixá-las e ficaram do lado dos índios. Ao contrário do padre Gabriel, Rodrigo decide usar a força das armas, mas o esforço foi inútil.

Em suma, o filme em questão dá-nos a conhecer, por um lado, a reação dos índios, que matam por medo e para se defenderem e, por outro lado, a crueldade dos portugueses e dos espanhóis, que atacam muitas pessoas e crianças com um único objetivo: o dinheiro. É ainda importante realçar o facto de, ainda nos dias de hoje, muitos missionários se deslocarem para a América do Sul para protegerem estas tribos.