Análise da Mensagem: Nascimento, Realização e Mito Sebástico
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A Mensagem
Divide-se em três partes fundamentais:
- Brasão (nascimento) – Fundação da nacionalidade e presença de heróis lendários e históricos, de Ulisses a D. Sebastião, passando por D. Afonso Henriques e D. Dinis.
- Mar Português (realização) – Ânsia do desconhecido e luta contra o mar. Apogeu dos portugueses nos Descobrimentos.
- O Encoberto (morte) – Morte de Portugal simbolizada no nevoeiro; afirmação do mito sebástico na figura do “Encoberto”; apelo e ânsia da construção do Quinto Império.
Estas três partes conduzem à ideia de renascimento futuro do país.
1.ª Parte
1. O dos Castelos
- Personificação da Europa.
- “Futuro do passado” designa uma alma que permanece.
2. Ulisses
- Lenda da criação da cidade de Lisboa por Ulisses.
- “O mito é o nada que é tudo”: apesar de fictício, legitima e explica a realidade.
- O mito está num plano superior à realidade, dada a sua intemporalidade.
3. D. Afonso Henriques
- D. Afonso Henriques equiparado a Deus, tendo como missão o combate aos Infiéis.
- Vocabulário de dimensão sagrada: “vigília”, “infiéis”, “bênção”.
- Referência ao aparecimento de Deus a D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique.
4. D. Dinis
- Mitificação de D. Dinis pela sua capacidade visionária (plantou os pinhais que viriam a ser úteis nos Descobrimentos); construtor do futuro.
- O Presente é “noite”, “silêncio” e “Terra”, enquanto que o futuro é os pinhais, com som similar ao do mar, daí a “terra ansiando pelo mar”.
5. D. Sebastião rei de Portugal
- A “loucura” ou “sonho” é a capacidade de desejar e ter iniciativa, para ultrapassar o estado de “cadáver adiado que procria” (simplesmente vive esperando a morte).
- Convite a que outros busquem a grandeza para construir algo importante (“Minha loucura, outros que me a tomem”).
- Para ser grande, Portugal deve ter loucura e desejar grandeza, para poder “renascer”.
- Enquanto figura histórica, D. Sebastião morreu em Alcácer-Quibir (“ficou meu ser que houve”) mas persiste enquanto lenda e exemplo de “loucura” (“não o que há”).
- Apesar do fracasso, a batalha de Alcácer-Quibir é importante para motivar e recuperar Portugal do estado de “morte psicológica”.