Análise da Poesia de Rosalía de Castro

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Análise Formal e Simbólica do Poema LVIII de *Nas Margens do Sar*

O estudante deve notar a sutil rima utilizada por Rosalía de Castro neste poema: assonância e rima em estrofes de estrutura variável, com diferente número de versos hexassílabos (sete, cinco e dois) e monorrítmicos, porque rimam entre si (o-á, a-um, o-e) dentro de cada estrofe.

Deve também identificar os principais recursos: a solenidade, o simbolismo, os xingamentos, etc.

No que diz respeito ao conteúdo, deve notar-se a marcada natureza subjetiva do poema, um lirismo patente para criar uma audiência (primeiro verso) em que os elementos do ambiente natural discutem a sua condição, sussurrando em sua insanidade alegada. A resposta do Eu, que abrange as próximas duas estrofes, atesta a identificação simbólica do poeta com o meio ambiente natural, a sua contingência mútua, para os elementos naturais assumirem a entidade simbólica se o sonho (isto é, poeticamente elaborado) pela loucura do poeta que, por sua vez, é a própria matéria da poesia.

Os dois pontos restantes serão atribuídos de acordo com a capacidade de argumentação, coerência do discurso, a fluência de expressão e, em última análise, a coesão e articulação do comentário.

Análise Formal e Simbólica do Poema XXVI de *Nas Margens do Sar*

O aluno deve observar o interesse limitado de Rosalía de Castro pela rima, que neste caso é assonância, e a sua rejeição dos versos de estrutura rígida, o predomínio da polimetria, ou mesmo da ametria, ou seja, a combinação de linhas de tamanhos diferentes, aqui, especificamente, com a prevalência da combinação de verso heroico e heptassílabos.

Deve também identificar os principais recursos: a solenidade, o simbolismo, os xingamentos, etc. No que diz respeito ao conteúdo, o estudante terá em conta a natureza subjetiva do poema, a coloração do ambiente natural, porque todos os elementos da paisagem e todos os componentes sensoriais correspondem simbolicamente ao humor do Eu lírico, em baixo (versículo 21). Assim, as cores são muito cinza, marrom ou cinza, sons ou monótonos perseverantes, se não pressentimento de advertência, a natureza como um todo, agressivos ou nocivos, mas num aparente paradoxo, de acordo com a alma do poeta, o seu correlativo objetivo, seja para corroborar essa tristeza, e anunciar, quimérico, um futuro feliz, como nos lembramos, no final, uma vez identificado o inverno com a idade avançada (versículo 31), e não preceder qualquer primavera, se não é o sonho ou desejado.

Os dois pontos restantes serão atribuídos de acordo com a capacidade de argumentação, coerência do discurso, a fluência de expressão e, em última análise, a coesão e articulação do comentário.

A Tristeza na Poesia de Rosalía de Castro: Análise de Citação

"A tristeza, companheira fiel de Rosália, raramente alcançou na poesia espanhola, expressão tão intensa e sincera. Porque é honesta e direta, é intensa e emocional [...]. Nenhuma língua é tão adequada para expressar a tristeza como este doce galego rosaliano, sem retórica, que preserva a possibilidade de sugestão, a sua capacidade de transmitir ternura, fazendo um ponto de melancolia, mesmo na maldição." - Ricardo Gullón

Ricardo Gullón quis dizer que a poesia de Rosalía de Castro faz uma sincera melancolia, fáscia nunca e, portanto, não está preparada retoricamente. Assim, Rosália deliberadamente quis dar ao livro uma clareza retórica que se reflete nas comparações simples e concretas; algumas metáforas, mas evocativas, símbolos óbvios, repetição e contraste, não é incomum, e muitas vezes folclórica ou popular. A estilística contrasta naturalmente, muitas vezes com as "sombras" e o mistério que revelam uma subjetividade complexa que parece escrever seus poemas em uma maldição. É óbvio que o aluno pode fornecer outras funcionalidades que vão nesse sentido ou parafrasear as palavras de Gullón, se a resposta fizer sentido, estiver bem escrita e atender à intenção do crítico.

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