Análise do Romance O Velho que Lia Histórias de Amor

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A passagem a que nos referimos, pertencente ao romance de Luis Sepúlveda, O Velho que Lia Histórias de Amor, é um texto literário do género narrativo. Seu autor, nascido no Chile em 1949, é um romancista líder do pós-boom da literatura latino-americana, mas também cultiva outros géneros, como poesia e conto.

Neste trabalho, premiado com o Juan Tigre e traduzido para catorze idiomas, Sepúlveda apresenta a história de **Antonio José Bolívar Proaño**, um velho solitário que, depois de passar muitos anos a viver com os índios Shuar (que o chegaram a considerar um dos seus), conhece todos os segredos da floresta amazónica. No entanto, o seu território é agora ameaçado pela chegada do homem branco e pela destruição cruel e cega que esta traz.

O nosso fragmento foca-se justamente na personagem que simboliza, ao longo do romance, a "civilização" branca: é o **prefeito** de **El Idílio**, completamente ignorante dos modos e costumes da região, e que pretende exercer autoridade sobre um território ingovernável. A caracterização do personagem (obeso, suado) ajuda-nos a compreender o desprezo que causa entre os habitantes locais. No entanto, este desprezo é mútuo, talvez ainda maior por parte do **prefeito**, que os considera seres civilizados.

O conflito entre a civilização e a barbárie, a retirada progressiva do desenvolvimento da razão em relação à natureza, aos sentidos e ao instinto são representados no romance pelos colonos que invadem um mundo que não conhecem e ao qual nada devem, perturbando o equilíbrio antes tão estimado. Os habitantes da selva, por sua vez, parecem passivos perante uma força invencível; na verdade, acabam matando desenvolvimento ellos.

O desenvolvimento desta história ocorreu em **El Idílio**, que era uma pequena cidade habitada por uma vintena de casas. Na extremidade da cidade, havia uma casa com um sinal amarelo que dizia "Câmara Municipal", onde o **prefeito** vivia. Em frente à vila passava um rio chamado Nagaritza. Outra parte da história também ocorreu na selva, onde viviam muitos animais selvagens e que guardava grandes segredos.

**Conclusão**: Em conclusão, podemos dizer que, para ir a lugares tão perigosos como a selva, é aconselhável ir com pessoas que lá viveram ou vivem atualmente, como no caso de **Antonio José Bolívar Proaño** ou de alguns nativos Shuar. E que a leitura pode ser um ótimo acompanhamento para a solidão, especialmente se for sobre um tema que se ama.

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