Análise de Solos: Perfis, Propriedades e Processos

1. Suponha uma área reservada para a construção de um parque industrial e de uma zona verde de lazer, onde ocorrem principalmente dois solos com perfis: A-C-R e A-Bh1 - Bh2 - C - R.

1.a) Comparação e Interpretação dos Perfis de Solo

O primeiro perfil apresentado, A-C-R, é composto por três horizontes. A presença do horizonte A à superfície indica a ausência de horizontes orgânicos. O horizonte A, em geral, é o primeiro horizonte mineral, possui uma elevada porção de matéria orgânica humificada, intimamente misturada com a matéria mineral, apresentando uma cor escura. O horizonte C é também um horizonte mineral, onde existe obliteração total ou parcial da estrutura original da rocha. Por fim, o horizonte R indica a presença da rocha consolidada dura.

O segundo perfil, A-Bh1-Bh2-C-R, mostra-se um perfil mais evoluído, com a presença do horizonte A, um horizonte superficial mineral com matéria orgânica humificada, e os horizontes Bh1/Bh2, também minerais, com acumulação de matéria orgânica. Por fim, a rocha consolidada (horizonte R).

1.b) Preferência de Área para Parque Industrial e Zona Verde

A área preferível para a instalação de uma zona verde é, sem dúvida, o perfil A-Bh1-Bh2-C-R, pois verifica-se a presença de matéria orgânica, que é fundamental para a produtividade dos solos, sendo fonte de elementos nutritivos, neutralizadora de toxinas e auxiliando na retenção de água. O perfil A-C-R é, então, o mais indicado para a instalação de infraestruturas como um parque industrial.

3. Propriedades da Montmorilonite e Impacto na Vida Vegetal

A montmorilonite é um filossilicato de composição Ferro-Magnésio, e na unidade octaédrica pode ser silício, ferro ou magnésio.

A união faz-se através de cargas positivas que estabelecem uma ponte entre as unidades tetraédricas. O espaçamento basal é elevado, o que permite a entrada de água e outros elementos, ou seja, possui elevada atividade química. É um folheto com ligação fraca e instável. A presença de montmorilonite torna o solo mais fértil, devido à entrada de outros elementos e à sua composição bastante eletromagnética, que retém cátions positivos.

6. Processos de Decomposição de Resíduos Orgânicos no Solo

13. Capacidade de Troca Catiônica, Bases e pH do Solo

A ***capacidade de troca catiônica*** de um solo é o número de moles de cargas positivas que podem ser substituídas por unidade de massa de solo, em determinadas condições de temperatura, pressão, composição da solução do solo e da relação massa solo/solução (Sposito, 1989). Corresponde à quantidade máxima de cátions que um solo pode adsorver em formas facilmente permutáveis, em determinadas condições controladas. Portanto, em termos teóricos, a capacidade de troca mede a quantidade de cátions sujeitos à adsorção não específica (cátions da camada difusa e em complexos de superfície exteriores à esfera). O **Grau de Saturação em Bases** representa a percentagem da capacidade de troca catiônica do solo ocupada por bases de troca.