Análise Textual: Linguagem, Educação e Jornalismo

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Análise da Abordagem e Estilo do Autor

Quanto à propriedade textual, o remetente do texto usa a primeira pessoa verbal ("as estatísticas à sua disposição", primeiro parágrafo) para estar presente em todos os momentos, e manifesta a sua compreensão do mundo, utilizando dados extraídos diretamente dos fatos (as estatísticas de seletividade, a situação nas escolas, etc.), alusões a diferentes áreas do conhecimento (química, gramática...), e o uso do jargão científico (ex: "protozoário")... Esse conhecimento do mundo também é mostrado através da utilização de um compromisso no discurso indireto disfarçado ("O mundo é cada vez mais competitivo e temos mais incompetentes", segundo parágrafo), que suprime o verbo de ligação e adiciona uma expressão citativa ("vozes reiterando a gravidade da situação", segundo parágrafo).

A abordagem do autor é claramente subjetiva, tanto pela postura cética sobre o assunto, quanto pela seleção de exemplos realizados (exame de seletividade, mídia...). A função linguística predominante, assim como a referencial ("Os resultados do vestibular deste ano revelaram..."), é a expressiva, já que o texto reflete as crenças e opiniões do autor ("E pensar que uma coisa é falar e escrever, e uma gramática diferente é um equívoco generalizado").

Recursos de Coesão e Estilo

O autor não utiliza muitos conectores ou elementos de coesão para dar coesão ao texto. Para isso, têm sido usados principalmente verbos no presente ("revelar", "indica", "é", etc.).

O estilo do autor é marcado pelo uso dos seguintes recursos: estruturas paralelísticas (adjetivo + substantivo).

Análise do Gênero Textual: Artigo Jornalístico

Estamos diante de um artigo de jornal, caracterizado pela transmissão de informações de forma imediata (a data do texto mostra o imediatismo da informação em relação aos fatos relatados ou ao comentário), abordando questões relacionadas com a realidade (neste caso, o pobre domínio do nosso idioma mostrado pelos resultados do exame de admissão), e sua intenção de padronizar e orientar ideologicamente os leitores (o autor pretende claramente convencer-nos da necessidade de expressar-se adequadamente).

Argumentação e Coerência Textual

O autor usa uma exposição argumentativa expressiva. Como argumentos essenciais, recorre ao apoio das estatísticas (primeiro parágrafo), à analogia com o fracasso em outras áreas do conhecimento (química, por exemplo), aos exemplos selecionados da mídia (terceiro parágrafo), e a uma falta generalizada de motivação no campo da educação (terceiro parágrafo), etc. São precisamente estes argumentos que também ajudam a dar coerência e sentido ao texto, pois a ideia defendida pelo autor é construída em torno deles.

Continuando a coerência, a tese ou tópico defendida pelo autor, que se torna o eixo em torno do qual gira todo o conteúdo do texto, está no início do terceiro parágrafo, onde defende a necessidade de que todos nós compreendamos e expressemos ideias corretamente, e que a única maneira de aprender é estudando. Neste caso, foram utilizados como foco de informação eventos atuais, como os resultados da seletividade.

Estrutura do Artigo Analisado

Abordagem Inicial

Compreende todo o primeiro parágrafo e nos informa que, apesar dos maus resultados gerais da seletividade, os estudantes, por meio de alguma brecha, obtiveram uma pontuação média de 5,8.

Desenvolvimento dos Argumentos

Compreende o segundo parágrafo e quase todo o terceiro. O autor discute as possíveis razões para tais resultados desastrosos e a preocupação com eles, especialmente em relação à linguagem.

Conclusão do Artigo Original

O autor apela ao desespero a que só eles poderiam resolver esta situação: os políticos e todos os setores envolvidos no processo de ensino quanto à adaptação textual e de aprendizagem.

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