Anarquismo e a Segunda Revolução Industrial na Europa

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Anarquismo e suas Práticas

No Congresso de Londres, aprovou-se o uso da violência pessoal para difundir a ideologia anarquista. A prática da propaganda por meio de escritos denunciava supostas violações do Estado, da Igreja e da burguesia. Houve atos de terrorismo, como o assassinato da Imperatriz da Áustria, dos presidentes do Conselho de Ministros da França e da Espanha, e dos Estados Unidos.

A corrente mais radical do anarquismo, o comunismo anarquista, defendida por Kropotkin e Malatesta, opôs-se à formação de sindicatos e defendeu uma sociedade sem classes, com a propriedade coletiva dos meios de produção e de consumo. Houve oposição ao darwinismo social e defesa da educação.

Tendências contrárias à prática do terrorismo e do individualismo, em favor da ação coletiva e da criação de uniões, perseguiam a meta de uma sociedade sem classes. A Carta de Amiens definiu o sindicalismo com base na ação direta dos trabalhadores contra os empregadores e na greve geral como ferramenta revolucionária de mudança social. Exemplos disso são a Confederação Geral do Trabalho na França e a Confederação Nacional do Trabalho na Espanha.

A Europa na Segunda Revolução Industrial

O enorme desenvolvimento tecnológico provocado pela Segunda Revolução Industrial resultou na fragmentação do mundo em dois polos: os países industrializados e os não industrializados. Os primeiros impuseram-se sobre os segundos, que passaram a uma dependência direta ou indireta.

Entre 1873 e 1890, a Europa industrializada vivenciou uma crise econômica que teve origem na agricultura. A chegada de trigo dos EUA e da Rússia reduziu os preços internos do cereal. Logo, iniciou-se uma crise de superprodução em todos os setores. As reservas acumuladas de produção, a queda dos preços, a diminuição dos lucros e o fechamento de muitas indústrias foram consequências dessa crise.

O mundo saiu da crise industrial através da inovação técnica, da remodelação dos negócios e da expansão de seus mercados. A imposição de políticas protecionistas em muitos países tornou imperativa a busca por mercados e recursos em outras partes do mundo, levando os países industrializados a explorarem novas áreas ainda inexploradas.

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