Anatomia do Sistema Nervoso: Vias Olfatória, Visual, Motricidade Ocular e Anestesia Odontológica
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Caracterize a anatomia da via olfatória.
Os receptores do olfato estão localizados numa pequena área da mucosa nasal, nos
cornetos superiores, colada ao osso etmóide. Distinguem-se ali dois tipos de células: as
olfatórias e as de suporte. As primeiras são os verdadeiros receptores e consistem em
neurônios bipolares transformados: o prolongamento periférico é grosso e termina em
numerosos e finos apêndices à maneira de cílios, que ficam embebidos pela camada de
muco que recobre a mucosa; o prolongamento central atravessa a placa crivosa do
etmóide e termina ao bulbo olfatório do encéfalo. As substâncias voláteis, ao se porem em
contato com os cílios do receptor, acarretam a descarga de impulsos nervosos, que são
propagados pela mesma célula até o segundo neurônio, localizado no bulbo olfatório. As
células de suporte o olfato são epiteliais prismáticas e não apresentam características de
interesse especial.
Explique a anatomia da via visual, caracterizando a anatomia do nervo
óptico (II par craniano)
A retina nasal é a metade lateral da retina de cada olho que está voltada para o nariz.
A retina temporal é a metade lateral da retina de cada olho voltada par a região
temporal.Campo visual é a porção do espaço que pode ser vista pelo olho,
quando está fixo. O campo visual é dividido em porção lateral (campo temporal)
e porção medial (campo nasal). No quiasma óptico, as fibras nasais, que são
oriundas da retina nasal, cruzam para o lado oposto, enquanto que as fibras
temporais seguem pelo mesmo lado. Cada trato óptico contém fibras temporais
da retina do seu próprio lado e fibras nasais do lado oposto. Como consequência
da decussação parcial das das fibras visuais no quiasma óptico, o córtex visual
direito direito percebe os objetos situados à esquerda de uma linha visual
mediana que divide os campos visuais. Na via óptica é válido o princípio de que
o hemisfério cerebral de um lado relaciona-se com as atividades sensitivas do
lado oposto. O distúrbio básico com campo visual é o escotoma, que consiste
em uma falha dentro do campo visual, ou seja, cegueira para parte desse
campo. Quando o escotoma atinge metade do campo visual, passa a ser
denominado hemianopsia. A hemianopsia pode ser heterônima ou homônima.
Na primeira, são acometidos lados diferentes dos campos visuais, ou seja,
desaparece a visão nos campos temporais ou nos campos nasais. Na segunda,
fica acometido o mesmo lado visual de cada olho, ou seja, desaparece a visão do
campo temporal do olho de um lado e o campo nasal do olho do lado oposto. A
lesão da parte mediana do quiasma óptico resulta em hemianopsia bitemporal
como consequência da interrupção das fibras provenientes das retinas nasais
que cruzam a este nível.
Descreva a anatomia responsável pelo controle da motricidade ocular extrínseca
Os nervos oculomotor, troclear e abducente são nervos motores que penetram na
órbita pela fissura orbital superior, reto superior, reto inferior, reto medial, reto
lateral, oblíquo superior e oblíquo inferior. Todos esses músculos são inervados
pelo oculomotor, menos o reto lateral e o oblíquo inferior. Todos esses músculos
são inervados pelo oculomotor, menos o reto lateral e o oblíquo superior, que
são inervados, respectivamente, pelos nervos abducente e troclear. As fibras
nervosas que os inervam são, portanto, classificadas como eferentes somáticas.
Explique a inervação responsável pela controle da motricidade ocular intrínseca.
O nervo responsável pela inervação da motricidade ocular intrínseca, é o nervo
oculomotor, que constitui com o homólogo contralateral, o terceiro (III) par de nervos
cranianos.
Explique os principais pontos anatômicos para aplicação de anestesias
em odontologia, mencionando os nervos envolvidos e respectivos dentes
anestesiados em cada ponto.
O nervo alveolar inferior é um ramo do nervo submandibular, que é o
terceiro ramo do nervo trigêmeo. O nervo alveolar inferior possui duas
ramificações: o nervo incisivo, que inerva os dentes incisivos, caninos e 1º
pré-molar inferiores e o nervo mentoniano que inerva a mucosa
vestibular adjacente ao mento. Nervo alveolar superior posterior, nervo
alveolar superior médio e nervo alveolar superior anterior. O nervo
alveolar superior posterior tem como local de anestesia o 3º molar, 2º
molar e raízes disto-vestibular e palatina do 1º molar, 2º pré-molar e 1º
pré-molar; o nervo alveolar superior anterior tem como local de anestesia
os caninos, incisivos centrais e laterais.
9- Explique a anatomia do Nervo Facial, explicando sumariamente a
diferença ente Paralisia Facial Periférica e Paralisia Facial Central.
O nervo facial é o sétimo dos doze nervos cranianos. As fibras eferentes são fibras
motoras ou fibras parassimpáticas, enquanto as fibras aferentes são sensitivas. Juntos
esses ramos inervam os músculos da expressão facial. A palavra aferente significa em
direção ao centro, como de uma área periférica de um membro em direção ao sistema
nervoso central. A palavra eferente é o oposto de aferente, significando para longe do
centro e em direção à periferia, ou seja, quando o estímulo é carregado do cérebro em
direção a uma área periférica. A paralisia facial central cursa com lesões do neurônio
motor superior (NMS). Ocorre em derrames e pode ser facilmente diferenciada
da paralisia facial periférica, que cursa com lesões do neurônio motor inferior (NMI), por
sua apresentação. Na paralisia facial central, ocorre paralisia da metade inferior na face
contralateral à lesão, preservando a musculatura da testa. Por outro lado, na paralisia
facial periférica ocorre paralisia de toda a hemiface ipsilateral à lesão. Isso ocorre pois os
músculos da testa recebem informações dos hemisférios cerebrais esquerdo e direito:
informações do hemisfério ipsilateral mantém a função dos músculos na face superior,
mesmo quando as informações do hemisfério contralateral são perdidas. Isso é diferente
dos músculos da parte inferior da face, que recebem apenas informações do hemisfério
contralateral.
Explique a anatomia dos seios venosos da dura-mater craniana.
Os seios venosos durais são canais venosos encontrados entre as camadas de dura-
máter no cérebro. Eles recebem sangue das veias internas e externas do cérebro.
Recebem ainda líquido cefalorraquidiano do espaço sub
aracnóideo através de
granulações aracnoideias que se encontram presentes nas cavidades areolares da dura
máter (apenas no seio sagital superior).