Anestesia Odontológica: Guia Completo

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Quando se usa Anestésico Local (AL) sem vasoconstritor?

  • Em casos de alergia, pois a mesma é dada pelo preservante (vermelhidão em juntas, dificuldade em respirar, etc.).
  • Em procedimentos rápidos nos idosos, pois sem vasoconstritor o vaso dilata e o AL (uma substância tóxica) fica menos tempo no corpo do idoso. Lembrando que no idoso o menos é mais.
  • Quando se injeta AL dentro do vaso, o sistema cardiovascular aumenta a atividade e o coração acelera.

O paciente deve estar alimentado para realizar procedimentos odontológicos.

O vasoconstritor faz com que o anestésico fique no local por mais tempo, pois não deixa que ocorra uma atividade vasodilatadora. É sempre que possível preferível, tem tempo de trabalho maior e evita hemorragia. O tempo de latência (tempo para que comece a sentir a anestesia) com vasoconstritor é maior, porém o tempo que dura é maior também. Diminui o pH e gera desconforto, portanto, 1 a 2 minutos para aplicar o tubete, sempre fazendo aspiração.

Quanto maior a porcentagem do AL, piores os danos se der errado. 1:50.000 é mais concentrado; 1:100.000 é menos concentrado. Quanto mais concentrado, mais tóxico.

AL em Crianças

  • Preferível fazer infiltrativa para evitar acidentes.
  • Usar Lidocaína 2% com adrenalina, Mepivacaína 2% com adrenalina ou Prilocaína 3% com felipressina (evitar em anêmicos).
  • Não é indicado o uso de Bupivacaína, pois fica muito tempo uma substância tóxica em um organismo que não está preparado para tal.

AL em Idosos

  • Em superdosagem se intoxica mais, porque a excreção é mais demorada.
  • Usar Mepivacaína 3% sem vaso em procedimentos rápidos.
  • Usar Lidocaína 2% com adrenalina, Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína 2% com adrenalina em procedimentos acima de 20 minutos.
  • Usar Bupivacaína 0,5% com adrenalina em procedimentos de longa duração.

AL em Gestantes

  • Momentos mais críticos são no início (está em formação) e fim (desconforto).
  • Ideal: de 3 a 6 meses.
  • Melhor usar com vasoconstritor porque retarda a absorção do sal (em doses menores), diminuindo a toxicidade e aumentando a duração.
  • Prilocaína não é indicada pela Metemoglobinemia materna e/ou fetal que pode gerar um aborto.

Pacientes Hipertensos

  • Pressão 12:8 até 13:9 é ótima.
  • Hipertensão começa em 14:9 para mais, são procedimentos que precisam de cuidado.
  • Hipertensão Estágio 1: até faz o procedimento (14:9 até 16:10).
  • Hipertensão Estágio 2: só faz em casos de estar controlada, porém não é indicada (16:10 até 17:11).
  • Hipertensão Estágio 3: paciente corre risco de morte e o dentista corre risco de ser processado caso realize procedimento, somente feito em urgência (muita dor) e ir direto para o médico (superior a 18:11).

Técnicas Anestésicas da Maxila

  • Técnica supraperiostal.
  • Anestesia do nervo alveolar superior posterior e do nervo alveolar anterior (infraorbitário).

Técnicas Anestésicas no Palato

  • Infiltração local do palato.
  • Anestesia do nervo nasopalatino.

Técnica Supraperiostal

Infiltração local (infiltrativa). Elevada frequência de êxito, fácil execução. Técnica mais usada para obtenção de anestesia pulpar em dentes superiores (entre 1 ou 2 dentes) que comprometem áreas relativamente circunscritas.

Anestesia do Nervo Alveolar Superior Posterior

Elevada frequência de êxito. Empregada na contraindicação da anestesia supraperiostal. Potencial formação de hematomas.

Áreas anestesiadas: Polpas do 3º, 2º e 1º molares (cuidado com a raiz M-V do 1º molar), tecido periodontal vestibular e osso adjacente.

Anestesia do Nervo Alveolar Superior Anterior (Bloqueio do Nervo Infraorbitário)

Elevada frequência de sucesso e extremamente segura. Contraindicação da anestesia supraperiostal. Necessita de menor volume de solução anestésica local quando comparado à técnica supraperiostal. Indicado para anestesias profundas da polpa e tecidos moles vestibulares desde o incisivo central superior até os pré-molares.

Vantagens: técnica simples e segura, minimizando o volume de solução e número de punções necessárias para obtenção de anestesia.

Áreas anestesiadas: Polpas dos incisivos centrais até o canino; 72% de pré-molares superiores e raiz M-V de 1º molares superiores, tecido periodontal vestibular e osso adjacente, pálpebra inferior, lábio superior e asa do nariz.

Anestesia do Palato

Áreas anestesiadas: Tecidos moles (palatino) próximos à injeção, pulpar em raiz palatina de molar superior.

Anestesia do Nervo Nasopalatino

Áreas anestesiadas: Tecidos moles (palatino) de canino a canino, pulpar dos incisivos central e lateral superior e canino (menor grau).

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