Angiospermas: A Vida das Plantas com Flores

Angiospermas: nome comum da divisão ou filo que contém as plantas com flores, que constituem a forma dominante de vida vegetal. Membros dessa divisão são a fonte da maior parte dos alimentos que os seres humanos e outros mamíferos utilizam para sua subsistência, bem como muitas matérias-primas e produtos naturais.

Este grupo inclui quase todas as plantas lenhosas e ervas, a maioria das árvores (exceto pinheiros e outras coníferas) e plantas especializadas, como suculentas, epífitas e aquáticas. Embora cerca de 230.000 espécies sejam conhecidas, muitas ainda são desconhecidas. As plantas com flores ocuparam quase todos os nichos ecológicos e dominam a maior parte da paisagem natural. Aproximadamente dois terços de todas as espécies são exclusivas dos trópicos, mas as atividades humanas estão as destruindo em alta velocidade. Apenas mil espécies têm importância econômica digna de consideração, e a maior parte dos alimentos do mundo provém de apenas quinze espécies. Se devidamente investigadas, várias centenas de espécies a mais poderiam ser utilizadas.

Grupos de Plantas com Flores

Apresentamos dois grandes grupos de plantas com flores:

• Monocotiledôneas
• Dicotiledôneas

Descrição das Angiospermas

O traço mais característico das angiospermas é a flor, cuja função é assegurar a reprodução da planta com o desenvolvimento das sementes. As flores são folhas altamente modificadas, que consistem em quatro partes principais dispostas em séries separadas ou espirais que crescem sobre o ápice do receptáculo.

• Cálice: o verticilo externo, formado por sépalas, que são folhas modificadas ou brácteas, geralmente verdes.
• Corola: formada por pétalas, também folhas modificadas, mas geralmente de textura mais fina e cores mais vivas.
• Androceu: o terceiro verticilo, formado pelos estames, que produzem os grãos de pólen, constituindo a porção masculina da flor.
• Gineceu: o verticilo mais interno, formado pelos carpelos, as estruturas do sexo feminino responsáveis pela formação das sementes. Os carpelos são fundidos em uma estrutura chamada estilete, terminando em uma extremidade livre chamada estigma.

As sementes das angiospermas se desenvolvem dentro de um ovário, o carpelo que envolve e protege os óvulos. A semente é formada a partir do óvulo após a polinização e fertilização. Ao contrário das gimnospermas (plantas com sementes nuas), nas angiospermas o desenvolvimento da semente ocorre dentro de um ovário. Após a fertilização, a semente cresce e o fruto aumenta.

Evolução das Angiospermas

A flor única das angiospermas provavelmente evoluiu de uma gimnosperma extinta com estróbilos, polinizada por insetos, combinando partes reprodutivas masculinas e femininas. Quase todas as gimnospermas vivas são polinizadas pelo vento (anemófilas), mas alguns grupos fósseis e sobreviventes fornecem evidências de polinização por insetos (entomófilas).

O desenvolvimento do carpelo, que envolve o óvulo, é considerado uma adaptação para protegê-lo da predação por insetos e de outras influências nocivas do meio ambiente, como a dessecação. Isso também reduziu o tamanho do óvulo, aperfeiçoando o processo de polinização e desenvolvendo outras partes da flor, aumentando as chances de reprodução bem-sucedida.

Reino Plantae

O Reino Plantae inclui musgos, samambaias, coníferas e plantas com flores, em um intervalo que excede 250.000 espécies, o segundo maior grupo depois dos artrópodes no reino animal. A principal característica do reino é a presença de clorofila, com a qual capturam a luz, produzindo compostos de carbono (fotossíntese). Por esse motivo, são autotróficas. Outras características incluem:

• Seres eucariontes multicelulares
• Parede celular composta principalmente de celulose
• Reprodução sexuada com alternância de gerações (esporófito diplóide e gametófito haplóide)

Organismos Fotossintéticos

Organismos fotossintéticos são aqueles organismos, como plantas, algas e algumas bactérias, que capturam e utilizam a energia da luz para converter matéria inorgânica em matéria orgânica, utilizada para crescimento e desenvolvimento.

Diferenças entre Plantas Vasculares e Não Vasculares

• Criptogamas vs. Fanerogamas: Plantas celulares (algas, líquenes, briófitas) têm seus órgãos reprodutores escondidos (criptógamas), enquanto as plantas vasculares (plantas com flores) têm seus órgãos reprodutores visíveis (fanerogamas).
• Nível de Organização: Plantas celulares pertencem ao nível de organização celular, enquanto plantas vasculares pertencem ao nível de organização de sistemas de órgãos.
• Reprodução: Plantas celulares se reproduzem por alternância de gerações (fase assexuada ou esporofítica e fase sexuada ou gametofítica), enquanto plantas vasculares se reproduzem sexualmente (fertilização dupla nas angiospermas e fertilização simples nas gimnospermas).
• Estrutura: Plantas celulares não têm raiz, caule ou folhas verdadeiros, enquanto plantas vasculares têm esses órgãos diferenciados.
• Tecidos: Plantas celulares não têm tecidos de suporte ou condução, enquanto plantas vasculares possuem tecidos de suporte (colênquima e esclerênquima) e tecidos de condução (xilema e floema).

Diferença entre Monocotiledôneas e Dicotiledôneas

A principal diferença entre as flores de monocotiledôneas e dicotiledôneas está nos verticilos protetores. Nas monocotiledôneas, cálice e corola não são diferenciados, formando o perigônio (com tépalas). As flores têm 3 ou 6 ciclos de peças florais. Nas dicotiledôneas, cálice (sépalas) e corola (pétalas) são distintos, formando o perianto. As flores apresentam 4 ou 5 ciclos de peças florais.