Ansiedade e Pânico: Vulnerabilidades Biológicas, Psicológicas e Sociais

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• Mais presente em mulheres, ainda que a diferença seja mais significativa ao nível da perturbação de pânico.

• Podem ocorrer em crianças, ainda que sejam raros até à puberdade, onde a prevalência aumenta. A mesma tem tendência a diminuir em pessoas mais velhas.

• Indivíduos mais velhos tendem a atribuir ataques de pânico a situações mais stressantes e tendem a explicar as razões para os mesmos.

Fatores de Vulnerabilidade:

  • Afecto negativo/neuroticismo
  • Maior vulnerabilidade a estados ansiosos.
  • História prévia de episódios de pânico incompletos.
  • Fatores ambientais como fumar, dificuldades relacionadas com o bem-estar, experiências negativas como toma de medicamentos, uso de drogas, doença ou perda familiar.

Ansiedade – Afecto Negativo

  • Sintomas Somáticos de Tensão
  • Orientado para o Futuro
  • Sensação de que não podemos predizer ou controlar eventos futuros

Medo – Afecto Negativo

  • Forte ativação do SNS
  • Resposta de alarme imediata com tendência para a fuga face a um perigo ou ameaça

Ataque de pânico

  • Medo que ocorre num momento inapropriado inesperadamente ou não

PERTURBAÇÕES DE ANSIEDADE – VULNERABILIDADE BIOLÓGICA

• Presença de hereditariedade para a ansiedade e pânico.

• Baixos níveis GABA parecem relacionados com maiores níveis de ansiedade.

• Crescente atenção ao sistema CRF que tem um papel ativador no eixo HPA com implicações em diferentes áreas do cérebro relacionadas com a ansiedade, nomeadamente o sistema límbico.

• Estudos com animais identificaram o sistema de inibição comportamental que envolve o sistema límbico e córtex pré-frontal e que pode ser responsável pela resposta à presença de estímulos de natureza ansiosa.

• Existe uma hiperativação do sistema límbico, incluindo da amígdala, na resposta a estímulos (processamento bottom-up). Por outro lado, os sistemas reguladores do córtex (processamento top-down) deste sistema encontram-se igualmente desequilibrados. Este último é um circuito diferente do de pânico: o sistema de luta/fuga. Este é um circuito que se inicia no tronco cerebral e atravessa várias estruturas do mesencéfalo, o hipotálamo e a substância cinzenta.

PERTURBAÇÕES DE ANSIEDADE – VULNERABILIDADE PSICOLÓGICA

Sensação de incontrolabilidade – pode ser adquirida ao longo do nosso desenvolvimento, principalmente nas nossas experiências mais precoces e perante determinado tipo de educação. Pode variar em termos de gravidade.

Condicionamento – uma resposta emocional de medo intensa em reposta a um nível de stress intenso ou perante uma ameaça real pode com o tempo associar-se a outros estímulos que poderão provocar a mesma emoção, mesmo na ausência de uma ameaça. Estas pistas podem ser externas ou internas (fisiológicas ou cognitivas)

PERTURBAÇÕES DE ANSIEDADE – VULNERABILIDADE SOCIAL

• Eventos de vida stressantes podem estar na base de uma maior vulnerabilidade psicológica e biológica.

• Muitas situações sociais e interpessoais podem estar na base: divórcio, casamento, dificuldades no trabalho, perda de alguém significativo, pressão na escola, doença crónica.

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