Arcos Faríngeos e Desenvolvimento Facial: Morfologia, Estruturas e Defeitos Congênitos
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1) O que são arcos faríngeos? Detalhe a morfologia e os componentes dessas estruturas.
Arcos faríngeos são estruturas que surgem na parte cefálica do intestino anterior, no início da 4ª semana, com a migração das células da crista neural para a região da cabeça e do pescoço. Cada arco faríngeo é constituído por um eixo de mesênquima (tecido conjuntivo embrionário), recoberto externamente por ectoderma e internamente por endoderma. Durante a 3ª semana, o mesênquima original é um derivado do mesoderma e durante a 4ª semana, a maior parte do mesênquima provém das células da crista neural que migraram para os arcos faríngeos.
2) Quais estruturas são formadas em cada arco? Cite as estruturas associadas.
Em cada arco são formados um elemento esquelético cartilaginoso central, rudimentos de m. estriado inervados por nervos cranianos específicos de cada arco e uma artéria do arco aórtico.
3) Sabendo-se que o desenvolvimento da face é um processo que ocorre entre a
4ª e a 10ª semana, cite as proeminências presentes nessa região e as estruturas formadas.
A face é formada a partir da fusão de uma proeminência frontonasal, um par de proeminências maxilares e um par de proeminências mandibulares. Na proeminência frontonasal surge um par de placoides nasal que se invagina para formar as fossetas nasais e dividir a proeminência em processos nasais mediais e laterais, além disso, dá origem à testa e ao processo intermaxilar. Os processos nasais mediais se fundem para gerar a ponte do nariz, o filtro e o palato primordial. Os processos nasais laterais dão origem à lateral do nariz. Os processos maxilares formam as bochechas e o palato secundário que é formado a partir das prateleiras que descem das saliências maxilares e se fundem na linha média. Os processos mandibulares formam a maxila inferior.
4) Tendo em mente as estruturas citadas na questão anterior, explique a gênese de 2 defeitos faciais congênitos.
As fendas labiais envolvem o comprometimento da formação dos lábios superiores ou inferiores, formados pela fusão entre os processos maxilares, os processos nasais medianos e os processos nasais laterais. As fendas labiais podem ser unilaterais, bilaterais ou oblíquas, e envolvem o fechamento incompleto de uma dessas fusões.
Já as fendas palatinas envolvem o comprometimento da formação do segmento intermaxilar (fusão dos processos nasais medianos com a projeção dos processos maxilares) no caso das fendas palatinas no palato primário, ou então problemas na fusão dos processos palatinos laterais no caso das fendas no palato secundário. Assim como no caso das fendas labiais, também existem as unilaterais e as bilaterais, podendo ou não serem acompanhadas por úvula fendida.