Arquitetura Egípcia: Funerária e Religiosa
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Arte e Arquitetura do Egito Antigo
A Arte Egípcia surgiu por volta do quarto milênio a.C., com o desenvolvimento das primeiras civilizações urbanas. No Egito, o faraó era considerado um deus vivo e era adorado. A arte egípcia estava, portanto, a serviço de uma teocracia e do poder da corte.
Arquitetura Funerária
A arquitetura funerária egípcia é caracterizada por ser uma arquitetura arquitravada de linha reta, refletindo a importância da linha do horizonte na vida dos egípcios. As casas eram feitas de adobe, mas os templos e edifícios funerários eram construídos em pedra. A coluna de apoio era utilizada com diferentes capitéis inspirados em motivos naturais do ambiente, como:
- Palmiforme
- Papiriforme
- Lotiforme
- Hathor
Havia três tipos principais de sepultamento para os faraós do Egito, cuja evolução visava garantir a segurança da múmia:
Tipos de Túmulos Funerários
- Mastaba: Foi o primeiro edifício funerário. Era um túmulo simples, geralmente de planta retangular e forma troncopiramidal. Utilizava adobe. Consistia em uma cova, uma câmara mortuária subterrânea e uma capela chamada serdab. Começou a ser usada no Império Antigo.
- Pirâmide: A primeira construção em pedra. É uma sobreposição de vários corpos maciços da arquitetura da mastaba. A câmara funerária, em sua evolução, não possuía acesso direto. A pirâmide, como expressão monumental dos enterros fúnebres, assumiu várias formas, sendo a base triangular e quadrada imposta após a 2ª Dinastia. Um templo estava associado ao lado leste da pirâmide.
- Hipogeu: O terceiro tipo principal de túmulo funerário. É uma arquitetura subterrânea escavada na montanha, com um sentido longitudinal, mas não simétrico em relação ao eixo de enterro. Estes locais de enterro estavam em áreas diferentes das anteriores. Foi utilizado no Reino Médio e posteriormente.
A estrutura básica do sepultamento incluía: uma ou mais casas de oração, passagens de comunicação, câmaras falsas e a câmara funerária (onde ficava a múmia).
Arquitetura Religiosa: O Templo
A construção característica do Egito é o templo, que, embora ligado às construções funerárias nos primeiros tempos, tornou-se independente e se expandiu durante o Império Novo. Também é uma arquitetura arquitravada. O templo não era para uso coletivo, mas sim para abrigar a estátua da divindade, sendo acessado apenas pelas classes superiores e sacerdotes.
O rito do templo é longitudinal e está sujeito ao eixo de simetria. O templo constava de:
- Um Obelisco
- Avenida das Esfinges
- Pilone (que atua como fachada do templo)
- Pátio Hípetro (o único lugar onde o povo tinha acesso)
- Sala Hipóstila (Hall de Pilares)
- Cella/Santuário
A altura das diferentes salas diminuía gradualmente, acompanhada pela redução gradual da luz, sendo a iluminação um elemento fundamental. A decoração, no entanto, era menos luxuosa nas áreas mais internas. Destacam-se os templos de Luxor e Karnak (Império Novo).
Tipos de Templos Escavados
Existem variações de templos escavados na rocha:
- Speos: É um templo escavado no subsolo, com uma fachada monumental. Destaca-se o Grande Speos de Ramsés II em Abu Simbel e o Speos Pequeno dedicado a Nefertari.
- Hemiespeos: Templo parcialmente escavado (uma parte na rocha e outra ao ar livre), dentro de um perfil geográfico rochoso. Destaca-se o Hemiespeo de Hatchepsut, a primeira faraó feminina.