Arquitetura e Urbanismo: Idade Média, Gótico e Renascença
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Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo I
Alta Idade Média: Crise e Feudalismo
- Em menos de 30 anos após a morte de Carlos Magno, a França e a Alemanha sofriam crises internas.
- Nenhum processo era possível nas artes e na arquitetura.
- Essas crises internas eram choques entre a própria elite.
- Resultado: Isolamento da Europa > Declínio comercial > Ruralização da economia e da sociedade > Descentralização política = Processo de Feudalismo.
- No contexto dos conflitos, os indivíduos começaram a sair da cidade e retornar para o meio rural (involução). Nesse contexto, os pequenos núcleos começam a se desenvolver.
Baixa Idade Média e o Renascimento Urbano (Séc. X)
- No final do século X (Baixa Idade Média), estabelece-se um novo panorama (Renascimento Urbano):
- Renascimento econômico;
- Crescimento populacional;
- Aumento da produção agrícola;
- Renascimento comercial – Comércio marítimo;
- Estabilização dos últimos povos invasores;
- Inovações técnicas na agricultura.
- Com as Cruzadas, foram abertos caminhos pelos cavaleiros que, ao retornarem à Europa, saqueavam as cidades e vendiam o que tinham adquirido.
- Como forma de proteção, formaram-se algumas cidades cercadas por muralhas, chamadas Burgos.
- O termo Burguês, inicialmente, foi designado para as pessoas que residiam no Burgo, aqueles que, vendo a decadência do Feudalismo e dos Senhores Feudais, migraram para habitar esses locais. Posteriormente, o termo Burguês passou a ser utilizado para designar pessoas que possuem poder econômico, social, político e intelectual, tornando-se a nova nobreza da sociedade.
Arquitetura Românica
Características Iniciais
- Fechada e sólida, maciça e severa (igrejas e conventos assemelham-se a fortalezas, com muros espessos);
- Redução das janelas e da decoração;
- Rejeição do reboco;
- Edifício agrupado, com espaços justapostos;
- Dupla abside;
- Capitéis.
Características Evolutivas (Segundo Koch)
- Do teto plano ao teto abobadado;
- Uso de nervuras no sistema de abóbadas;
- Do arco de volta inteira ao arco ogival;
- Emprego de figuras decorativas no portal;
- Capitéis: Historiado, com figuras de animais.
Outras Características
- Paredes espessas/sobrepostas/sem colunas externas/presença de arcos plenos/tetos planos (antes da evolução).
Arquitetura Gótica
Características Principais
- Arco ogival;
- Arco botante (Arcobotante);
- Abóbada nervurada.
- Observação: Essas características não foram criadas no Gótico. O Gótico foi a união e otimização dessas características.
- A abóbada de aresta não permitia bases retangulares (o arco ogival permitia).
- Na abóbada gótica havia nervuras (que, apesar de terem função estrutural, eram adotadas por questões estéticas).
- As abóbadas de cruzaria de ogiva e os sistemas de arco botantes e botaréus (contrafortes) permitiram uma redução e uma perfuração das massas das paredes, que se tornaram supérfluas do ponto de vista da estática.
- O efeito no interior da igreja é de leveza, de arejamento, de suavidade, de curvas e de concentração de energia.
- A planta baixa gótica não tem saliência, as partes internas não são separadas.
Baixa Renascença (Quattrocento)
- Surgiu numa atmosfera comercial, impulsionada pela Burguesia.
- Características:
- Janelas com frontão;
- Arquitrave;
- Colunatas;
- Colunas coríntias.
- A altura dos vãos é duas vezes a largura no Renascimento.
- O Renascimento nasceu em Florença, mas a Alta Renascença atingiu mais Roma.
Alta Renascença (Cinquecento)
- Características:
- Janelas deixam de ser dispostas em intervalos regulares;
- Decoração mais plástica nas fachadas:
- Portais realçados;
- Janelas emolduradas por bases, colunas, pilares e cornijas salientes;
- Entalhamentos decorados por medalhões e triglifos coroados por balaústres;
- Estudo das ruínas romanas.
- Rusticação: Arte de trabalhar a alvenaria de modo a dar ao edifício, ou a porções do edifício, um caráter ou ênfase.
- Na Alta Renascença, busca-se o Equilíbrio e a Harmonia. (Nota: O período anterior ou subsequente pode apresentar o oposto: Desarmonia e Desequilíbrio).