Arranjo Físico na Produção: Tipos, Princípios e Planejamento

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Arranjo Físico: Definição e Importância

Arranjo Físico: Disposição das máquinas, equipamentos e serviços de suporte em uma determinada área com o objetivo de minimizar o volume de transporte de materiais no fluxo produtivo de uma fábrica.

  • As decisões sobre arranjo físico são importantes, pois geralmente exercem impacto direto nos custos de produção.

Quando Revisar o Arranjo Físico?

Decisões sobre arranjo físico não são tomadas exclusivamente quando se projeta uma nova instalação, mas dadas as implicações que o arranjo físico pode ter no próprio desempenho da operação, devem ser avaliadas e refeitas sempre que:

  • Um novo recurso “consumidor de espaço” é acrescentado ou retirado, ou se decide pela mudança de local.
  • Ocorre expansão ou redução da área da instalação.
  • Ocorrem mudanças relevantes nos procedimentos ou fluxos físicos.
  • Há mudança no mix de produtos que influenciam no fluxo.

Tipos de Arranjo Físico

Arranjo Físico Posicional

  • Produto fabricado de grandes dimensões.
  • Poucas unidades fabricadas.
  • Produto fica fixo e os recursos produtivos dirigem-se a ele.
  • Equipamentos de alta flexibilidade.

Exemplos: Construção Civil e Naval.

Arranjo Físico Funcional

É o arranjo físico mais utilizado nas indústrias.

  • Máquinas e equipamentos fixos e o produto se movimenta.
  • Produtos e roteiros são muito variados.
  • Utilizado em sistemas de produção intermitente.
  • Máquinas e equipamentos agrupados por função.
  • Equipamentos de média flexibilidade.
  • Programação e controle da produção complexo.
  • Problemas de qualidade são detectados após a produção do lote inteiro.
  • Formação de filas de lotes de máquinas.

Exemplos: Marcenarias e Confecções.

Arranjo Físico Linear

É pouco utilizado, pois exige grandes investimentos em máquinas e equipamentos.

  • Produto fabricado em grandes quantidades.
  • Produtos semelhantes entre si.
  • Utilizado em sistemas de produção contínuos.
  • Programação e controle da produção mais simplificado.
  • Exige balanceamento da linha de produção.
  • Equipamentos dispostos de acordo com a sequência de operações.

Exemplos: Montadora de Automóveis.

Arranjo Físico Celular

Tem como objetivo montar minifábricas dentro da própria fábrica para diferentes famílias de produtos.

  • Lotes de tamanho médio.
  • Produtos e roteiros variados.
  • Agrupamento (geralmente em forma de U) das máquinas.
  • Operários polivalentes.
  • Ajusta-se ao JIT (Just-In-Time).

Princípios Básicos no Projeto de Arranjo Físico

  • Observar o espaço disponível.
  • Reduzir ao máximo o transporte e a movimentação.
  • Utilizar fluxos racionais de materiais e produtos.
  • Considerar atividades de manutenção e de controle de qualidade.
  • Separar seções onde existam interferências.
  • Prever expansão de processos.
  • Ergonomia.
  • Segurança.
  • Princípio da progressividade.

Condições de Segurança

Todos os processos que podem representar perigo para funcionários ou clientes não devem ser acessíveis a pessoas não autorizadas.

Princípio da Progressividade

O arranjo físico deve ter um sentido definido a ser percorrido, devendo-se evitar retornos ou caminhos aleatórios.

Princípios do Manuseio de Materiais

  • Os materiais devem se movimentar na instalação em fluxos lineares, minimizando ziguezagues ou recuos.
  • Processos de produção relacionados devem ser organizados a fim de proporcionar fluxos lineares de materiais.
  • O número de vezes que cada material é movimentado deve ser minimizado; os mais pesados devem ser menos movimentados.
  • O equipamento móvel deve transportar cargas completas todas as vezes, evitando cargas vazias ou parciais.

Planejamento do Arranjo Físico

Arranjo Físico por Processo

Trata-se de um dos arranjos físicos mais complexos para se planejar, pois geralmente existe a possibilidade de inúmeras combinações de colocação das áreas de cada processo. Para o desenvolvimento do arranjo físico, as alternativas devem ser claramente visualizadas por meio de desenhos, maquetes ou AutoCAD.

Informações Básicas para Implementação do Layout

  • Identificar o fluxo dos materiais e operações.
  • Levantar a área necessária para cada agrupamento de trabalho.
  • Identificar o relacionamento entre estes agrupamentos, ou seja, o quanto é conveniente ou inconveniente aproximar certos tipos de operação.
  • Elaborar o arranjo físico.

Informações Relevantes ao Projeto

  • A área requerida por centro de trabalho.
  • Restrições sobre a forma da área a ser alocada para cada centro.
  • Direção do fluxo entre cada par de centros (ex: número de jornadas, carregamentos ou custo do fluxo por distância percorrida).
  • A necessidade de manter próximos entre si ou de algum ponto fixo do arranjo físico.

Cálculo das Áreas por Centro de Trabalho

Aresta Viva:
Chamamos de aresta viva o lado ou dimensão produtiva de um equipamento.
Superfície ou Área Projetada:
A área correspondente à projeção ortogonal do contorno do equipamento em relação ao piso da fábrica.
Superfície ou Área de Operação:
Área estritamente necessária para que o trabalhador possa operar o equipamento de forma segura e eficiente.
Superfície ou Área de Circulação:
Além da área de operação, será necessário prever uma outra área para permitir a circulação do fluxo de produtos, pessoas e materiais da operação produtiva.
Corredores de Passagem:
São áreas destinadas à circulação comum de pessoas, materiais e veículos que não fazem parte direta do fluxo de produção. (Largura mínima de 0,6m).

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