Arte Bizantina e Islâmica: História e Características
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Referências Históricas da Arte Bizantina
Durante o século IV, os imperadores romanos ocidentais foram forçados a dividir o império, criando o Império Romano do Oriente e do Ocidente. O Império Bizantino originou-se na cidade de Constantinopla, em 324, sob o governo de Constantino, o Grande. Anos mais tarde, tornou-se a capital do Império Romano do Oriente.
No século VI, durante o reinado de Justiniano, Bizâncio atingiu o seu auge com grande influência política, econômica, militar, religiosa e cultural. Mais tarde, nos séculos VIII e IX, veio um tempo diametralmente oposto: o período iconoclasta. Superado este período sombrio, a civilização bizantina emergiu novamente com uma nova expansão imperial. Os séculos XIV e XV marcaram a decadência, culminando na tomada pelo Islã.
Localização e Desenvolvimento da Arte Bizantina
Geograficamente, a arte bizantina desenvolveu-se na parte oriental do Império Romano e, posteriormente, na Rússia. Inclui um período de quase 1000 anos, dividido em fases:
- A Idade de Ouro: Arte e cultura bizantina (séculos V-VII).
- Reinando de Justiniano.
- Período Iconoclasta: Foi proibido exibir imagens religiosas.
- Período Pós-Iconoclasta: Época da separação entre a Igreja Romana do Ocidente e a Igreja Ortodoxa Oriental.
Neste período, destacam-se duas etapas importantes para a arte:
- Dinastia Macedônica: Muito importante a presença das artes de pintura bizantina.
- Dinastia Paleóloga: Expansão da arte de Bizâncio e seu renascimento.
Resumo das Características Artísticas Bizantinas
Os exemplos mais claros são a arquitetura bizantina e os mosaicos. Recebem suas principais influências da cultura romana clássica, das crenças cristãs e das culturas grega e oriental.
Arquitetura Bizantina
A arquitetura bizantina adaptou edifícios para o culto, com brilho e leveza fornecidos pelas plantas centralizadas cobertas com grandes cúpulas. Isso foi realçado pelos mosaicos interiores.
Escultura Bizantina
A escultura bizantina produziu muitas obras, especialmente em prata e marfim (relevos), destinadas a glorificar os imperadores e outras personalidades políticas e religiosas importantes.
Artes Pictóricas
As artes (pintura, murais em madeira, principalmente mosaicos) são claramente religiosas.
Arquitetura Basilical Bizantina
Até o século VI, foi adaptada ao modelo da basílica paleocristã ou romana tardia, mantendo o nártex ou cobertura de dois águas. A ela se juntou a galeria como novos elementos, a matrona, que ficava nas galerias superiores.
Mais tarde, com Justiniano, a arquitetura sofreu orientalização com diferentes técnicas e elementos de construção, refletindo o uso de grandes cúpulas. Além disso, o uso do arco, da abóbada e da abóbada de aresta ou de coluna são elementos oriundos da tradição romana, colocados a serviço de um ambiente mais luminoso e claro. Os capitéis adquiriram volume com o cimácio, com a aparência de uma peça em forma de pirâmide invertida, decorada com motivos ornamentais e que facilitava o peso. Em vez disso, eram construídos com pedra estrangeira e tijolo, com o interior decorado de forma diferente. Após o esplendor de Justiniano, essa arte se disseminou e dispersou.
Referências Históricas da Arte Islâmica
Os árabes eram politeístas e, inicialmente, adoravam um certo número de pedras sagradas, até que encontraram uma nova religião monoteísta. Seus discípulos seguiram os ensinamentos de Maomé no Alcorão. Alguns acreditaram que Maomé era um impostor, e ele fugiu para Meca. Com sua morte, seus sucessores se espalharam por toda a Arábia e África do Norte.
A Península Ibérica foi ocupada, com a capital em Córdoba, e foi chamada de Al-Andalus. Os costumes muçulmanos e os avanços levaram a todos os níveis, fundando escolas. Paralelamente, os cristãos estavam se recuperando no continente, mas ainda encontram vestígios islâmicos, chamados mudéjares.
Local e Desenvolvimento Artístico Islâmico
A arte islâmica se estende pelo Oriente Médio, grande parte da Ásia, África e Península Ibérica. Abrange a arte do século VII até o momento atual. Podemos distinguir três etapas:
- Período Omíada.
- Período Califal.
- Período Nazari (Almóada).
Características Gerais da Arte Islâmica
Os árabes eram nômades e não tinham tradição arquitetônica própria, de modo que a arte e a arquitetura islâmica coletaram elementos das artes anteriores. Pegaram características construtivas romanas, como a arte do ponto bicolor das aduelas e meias-colunas. Assim como a arte bizantina, influenciou com cúpulas, arcos apontados e ogivais, e abóbadas de arco. A arte visigótica forneceu o arco de ferradura.
A arte está intimamente ligada à religião muçulmana e caracteriza a arquitetura. Portanto, tanto a pintura quanto a escultura foram usadas para decorar o campo, do qual existem quatro tipos:
- A Geométrica: Também chamada de Laceria.
- A Vegetal (Ataurique): Constituída de folha simples ou dupla de pequeno porte.
- A Decorativa (Arabesco): Motivo que liga formas vegetais e linhas geométricas.
- A Caligrafia: Constituída de textos religiosos escritos em caligrafia cúfica ou árabe.
Por outro lado, a banda também apresenta os mocárabes, prismas colocados em posição vertical, pendurados no teto como estalactites.
Características da Arquitetura Islâmica
- Edifícios de dimensões regulares.
- O tijolo e a madeira são usados preferencialmente nas construções.
- Uso de cúpulas e abóbadas (abóbada de mocárabe, abóbada nervurada, cúpula de gomos).
- Uso de pilares e colunas como elementos paralelos, normalmente primários.
- Uso do arco de ferradura, semicircular, apontado, lobado ou polilobulado.
- Não decoram o exterior, em relação ao interior.
Arquitetura Religiosa
É mais importante a construção da mesquita para a oração coletiva. Estas são compostas por:
- Câmara de Oração (Haram): Dividida em vários edifícios perpendiculares à parede, orientada para Meca (Quibla), e que abre um nicho sagrado chamado mihrab. Próximo a este espaço está o púlpito (mimbar).
- Pátio (Sahn): Descoberto e arcade, onde se localizam o minarete (do qual se faz a chamada à oração) e a fonte de abluções (onde os fiéis se lavam para purificação).