Ascariase e Ancilostomíase: Sintomas e Ciclo

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Ascariase

É um verme errático: migra pelo corpo todo.

Sintomas intensificados à noite, pois é quando ocorre reposição de nutrientes e maior oxigenação no pulmão.

Ciclo Biológico:

  • Ingestão de ovos com L3 (larva infectante) que eclodem no intestino grosso, penetram a mucosa e chegam à circulação.
  • L3 precisa de ar, penetra no pulmão evoluindo de L3 para L4.
  • Possui a capacidade de migrar contra a entrada de ar (expiração) chegando ao bronquíolo.
  • É deglutida e alcança o intestino delgado, onde encontra nutrientes para evoluir para L5.
  • L5 fecunda e gera ovos com embrião (L1 e L2) que é eliminado pelas fezes do hospedeiro contaminado e evolui para geo-helminto com L3 quando depositado na terra, propagando a parasitose.

Patogenia

  1. Ação espoliadora:
    • Em infecções maciças, para manterem a enorme produção de ovos férteis, consomem grande quantidade de vitamina A e C, proteínas, lipídios e carboidratos.
    • Cronicamente: desnutrição com degradação física e mental.
  2. Ação tóxica: antígeno parasitário versus anticorpo do hospedeiro causa edema, convulsões epileptiformes, urticária (larva deposita, é absorvida e chega na pele).
  3. Ação mecânica: irritação da parede intestinal ou enovelamento de casais e grupo de parasitas (portador desnutrido irrita as larvas que se enovelam e formam bolo de áscaris, gerando obstrução intestinal que causa desconforto abdominal e náuseas).
  4. Localização ectópica: adultos ou jovens migrantes, espontaneamente ou após medicação, podem causar obstrução: colédoco, apêndice íleo-cecal e bronquíolos (larva irritada chega ao pulmão por antiperistaltismo, gerando pneumonite).
  5. Síndrome de Loeffler: febre, tosse, expectoração, eosinofilia sanguínea e pulmonar elevadas, anorexia, broncoconstrição (intensifica com o tempo).
    • Broncoconstrição como tentativa de bloquear a larva que penetra na mucosa ciliada.
    • Anorexia causada pela sensação de plenitude pelo número elevado de larvas que estimulam o HCl.
  6. Ação inflamatória: perfuração intestinal.
  7. Reação alérgica ou tóxica: rinite, diarreia, urticária.
  8. Ação nervosa irritativa: intranquilidade, insônia, convulsões.
  9. Ação hepática: focos hemorrágicos e de necrose posteriormente fibrosados; insuficiência hepática aguda.
  10. Em crianças subnutridas e altamente parasitadas é comum o aumento exagerado do volume abdominal: abdome proeminente (globuloso, além de palidez).

Confirmação Diagnóstica

  1. Pesquisa de larvas em escarro - observa-se L4.
  2. Exame de fezes com método de Lutz para pesquisa de ovos.

Ancilostomíase

Transmissão:

  • Penetração das larvas filarioides (L3) por via transcutânea ativamente.
  • Raramente por mecanismo passivo-oral.

Ciclo Biológico

  • No meio externo: L1, L2, L3.
  • No hospedeiro: L3 perde a cutícula externa no pulmão e se transforma em L4.
  • Através de fixação e adaptação intestinal, L4 evolui para L5.
  • L5 se madura e é considerada adulta.

Patogenia - Fase Aguda:

(Migração das larvas no tecido cutâneo e pulmonar com instalação dos adultos no intestino delgado)

  1. Lesões cutâneas: lesões traumáticas e vasculares - dermatite urticariforme: prurido, edema, ulceração e eritema.
  2. Lesões pulmonares: hemorragias petequiais, pneumonite difusa e síndrome de Loeffler - febre, tosse produtiva e eosinofilia sanguínea.
  3. Lesões intestinais agudas: lesões traumáticas, hemorragias - diarreia muco-sanguinolenta (fezes em "borra de café": sangue, gordura e carboidrato não absorvido).
  4. Resposta imune: eosinofilia e pequeno aumento de IgG e IgE.

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