Ascensão dos EUA e Movimentos Artísticos

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Ascensão dos EUA como Potência Mundial Pós-Segunda Guerra

1) Qual foi o acontecimento que determinou que os EUA se estabelecessem como potência mundial?

Com o término da Segunda Guerra Mundial, os EUA podiam considerar-se os grandes vencedores, uma vez que o seu território não fora alvo de massivas destruições, a perda de vidas fora pequena e o esforço de guerra proporcionou o crescimento económico.

Nos anos 50, a sociedade americana era vista no exterior como a terra da abundância: de pessoas, bens, meios técnicos. Afirmava-se já como uma superpotência capitalista na corrida pela liderança do mundo ocidental.

Existiu um crescimento económico regular, sem grandes oscilações, partiu de uma produção industrial assente no progresso científico e tecnológico, da expansão do processo de mecanização da agricultura, do investimento nas obras públicas e na construção civil de modo a acompanhar uma população em rápido crescimento - situações que culminaram no considerável aumento de nível de vida da população norte-americana, que passou a dispor de meios para aceder a um maior número de bens de consumo.

O enriquecimento geral da população é um dos resultados mais evidentes do citado crescimento económico.

A década de 60 este era de tal ordem que fez surgir uma sociedade ligada à abundância, a qual, por sua vez, conduziu a um consumo excessivo de desregrado que, entre outras consequências, contribuiu para a degradação do ambiente. Aumento das desigualdades sociais e da pobreza.

Desta forma, observa-se: o envelhecimento da população; problemas sociais relativos às minorias raciais (Klux Klux Klan; Black Power; Black Panther); aumento da criminalidade; a prolongada Guerra do Vietname agrava uma quebra do crescimento económico no final dos anos 60: a inflação sobe, aumenta o desemprego e cresce o défice do Estado. Era o prenúncio do fim dos chamados "Trinta Gloriosos", tantos quantos os anos de prosperidade.

Pop Art

Movimento artístico que floresceu nos finais dos anos 50 e 60, sobretudo nos Estados Unidos e no Reino Unido.

O nome foi atribuído pelo crítico de arte Lawrence Alloway; fazia alusão à utilização, pelos artistas deste movimento, de objetos banais do quotidiano nas suas obras.

  • Nos Estados Unidos: Claes Oldenburg, Andy Warhol, Tom Wesselman e Roy Lichtenstein.
  • No Reino Unido: David Hockney e Peter Blake.

A Pop Art é considerada como uma reação ao Expressionismo Abstrato. Enquanto que este reforçava a individualidade e expressividade do artista rejeitando os elementos figurativos, a Pop Art nada tinha de abstrato ou de expressionista, porque transpôs e interpretou a iconografia da cultura popular. A televisão, a banda desenhada, o cinema, os meios de comunicação de massas forneceram os símbolos que alimentaram os artistas Pop. O sentido e os símbolos da Pop Art pretendiam ser universais e facilmente reconhecidos por todos, numa tentativa de eliminar o fosso entre arte erudita e arte popular.

Reflexão: a sociedade de consumo e de abundância na forma de representar; interpretavam uma sociedade dominada pelo consumismo, o conforto material e os tempos livres.

As peças dos artistas da Pop Art também iam buscar referências à produção industrial. Veja-se, por exemplo, a repetição de um mesmo motivo nas serigrafias de Warhol ou as telas gigantes de Lichtenstein onde, ao ampliar as imagens de banda desenhada, o artista revela os pontos de cor inerentes à reprodução tipográfica.

Nos Estados Unidos e no Reino Unido, a Pop Art teve expressões diferentes e alguns críticos consideram que a corrente americana foi mais emblemática e agressiva que a britânica. Na altura, a Pop Art foi acusada pelos críticos de ser frívola e superficial, e mal compreendida pelo público. Mas foi um marco decisivo.

Op Art

A expressão “Op Art” deriva do inglês “optical art” e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante.

Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.

Artistas como: Victor Vasarely; Bridget Riley; Alexander Calder; Youri Messen-Jaschin.

Movimento Fluxus

Movimento artístico interventivo que apelava à liberdade criativa, primando pela mistura das artes visuais, mas também da música e literatura. Teve seu momento mais ativo nas décadas de 1960 e 1970, declarando através das intervenções públicas o seu repúdio pelo sistema político, social e cultural no contexto do Vietname e da Guerra Fria. Proclamou-se como anti-arte à imagem do Movimento Dada. (Yoko Ono, Vostell).

Vídeo Arte

A Vídeo Arte é um movimento que recorre ao vídeo e ao áudio. Faz parte integrante de instalações ou é usada isoladamente. Foi uma das vanguardas artísticas do século XX, na medida em que se assumiu como uma atitude de rutura, de inovação e de experimentação. Os seus precursores foram Wolf Vostell e Nam June Paik, do movimento Fluxus.

Um dos principais objetivos dos primeiros artistas vídeo era que o vídeo poderia servir como uma alternativa para a televisão comercial. Mas o que a televisão criou foi a obsessão ‘novidade, intimidade, imediatismo, envolvimento, e um senso de presente tensão’, reunindo conceptualmente todas as características da perceção de uma obra de arte.

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