Ascensão do Totalitarismo: Nazismo e Fascismo
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O Culto à Força e a Negação dos Direitos Humanos
Apesar de toda a propaganda, a repressão policial foi crucial para garantir o controle da sociedade e a sobrevivência do totalitarismo. A violência sempre acompanhou a prática fascista. Na Itália, milícias armadas vigiavam, denunciavam e reprimiam qualquer ato conspiratório. Na Alemanha, a Gestapo, polícia política, exercia controle rígido sobre a população e a opinião pública. Os primeiros campos de concentração, destinados a prender opositores políticos, surgiram em 1933.
A Violência Racista
O desrespeito nazista pelos direitos humanos atingiu o ápice com a violência racista. Para Hitler, os arianos, com os alemães como seus representantes mais puros (altos, loiros e de olhos azuis), eram superiores. Alemães considerados "degenerados" (deficientes mentais, doentes e idosos) eram eliminados em câmaras de gás em centros de eutanásia. Os nazistas almejavam o domínio mundial, mesmo que isso significasse a eliminação de "povos inferiores": judeus, ciganos, entre outros. Em 1933, teve início a primeira onda de perseguições antissemitas, com boicotes a lojas judaicas e proibição do exercício de funções públicas e liberais por não arianos. Em 1935, as Leis de Nuremberg, para "proteção do sangue e honra alemã", privaram judeus da nacionalidade e proibiram casamentos e relações sexuais entre arianos e judeus. Em 1938, empresas judaicas foram liquidadas e seus bens confiscados. O segregacionismo atingiu extremos: judeus foram proibidos de exercer profissões e frequentar locais públicos, sendo obrigados a usar a estrela amarela. A fase mais cruel do antissemitismo veio com a Segunda Guerra Mundial, com a implementação da "solução final": o genocídio de quase seis milhões de judeus. Milhões de judeus e ciganos foram exterminados nos campos de concentração.
A Autarcia como Modelo Econômico
Tanto na Alemanha quanto na Itália, adotou-se a autarcia, política econômica intervencionista e nacionalista que visava à autossuficiência e apelava ao heroísmo e empenho do povo trabalhador, prometendo o fim do desemprego e a glória da nação. Em 1932, com 1,3 milhão de desempregados, o Estado fascista italiano intensificou a intervenção na economia. "Batalhas" de produção, exaltadas pela propaganda, foram realizadas: a Batalha da Lira (1927) buscou estabilizar a moeda; a Batalha do Trigo reduziu as importações; e a Batalha da Bonificação recuperou terras. O comércio foi rigorosamente controlado pelo Estado, com aumento de tarifas alfandegárias e controle de importações e exportações. O Instituto Imobiliário Italiano e o Instituto para a Reconstrução Industrial financiaram empresas em dificuldade e intervieram no setor industrial.