Aspectos Histológicos e Funções dos Vasos Sanguíneos
Classificado em Medicina e Ciências da Saúde
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1. Diferencie os vasos sanguíneos quanto aos aspectos histológicos e funções.
a) Artérias: A artéria possui o maior componente elástico porque é capaz de armazenar energia.
b) Condutores de sangue: Reservatório de pressão (volume de sangue esvaziado) amortecem as oscilações de pressão e de fluxo geradas pelo coração; controlam a distribuição do sangue (vasoconstrição).
c) Arteríolas: Músculo liso bem desenvolvido. Local de maior variação da resistência ao fluxo sanguíneo. Extremamente inervado por fibras adrenérgicas simpáticas.
d) Capilares: Onde ocorre a difusão de gases, nutrientes e demais substâncias dos vasos para os tecidos; camada única de células endoteliais.
e) Veias: Camada celular endotelial, pequena quantidade de tecido elástico, de músculo liso (SNS) e de tecido conjuntivo.
f) Vênulas: Paredes finas, pouco tecido conjuntivo, fluxo convergente.
2. Quais são os fatores determinantes do fluxo sanguíneo? De que forma estes fatores podem ser modificados? Explique como o fluxo se relaciona com a pressão, raio, comprimento do tubo, viscosidade.
Diferença de pressão e resistência: o líquido flui somente se existir um gradiente de pressão positivo. O fluxo é proporcional à diferença de pressão. O fluxo depende das dimensões do tubo (raio e comprimento), pois o fluxo é inversamente proporcional à resistência e aumenta com o aumento do comprimento do tubo. O fluxo depende da viscosidade, pois o fluxo é inversamente proporcional à resistência e aumenta com o aumento da viscosidade. A resistência diminui com o aumento do raio do tubo.
Podem ser modificados pelas seguintes forças: contração do coração; retração elástica das artérias; compressão dos vasos durante os movimentos; contração dos vasos (músculo liso) e válvulas: direção e distribuição do fluxo; pressão torácica negativa na inspiração.
3. Diferencie velocidade de fluxo sanguíneo.
Velocidade do fluxo: intensidade do deslocamento de sangue por unidade de tempo. Esta depende da área de secção transversal total. A velocidade nos capilares é menor porque a área total dos capilares no corpo é muito grande.
4. O que a lei de Poiseuille descreve?
A relação entre resistência, diâmetro do vaso e viscosidade. Estabelece que o fluxo através de um tubo depende da diferença de pressão de uma extremidade à outra (Pa – Pb), do comprimento (L) do tubo, do raio (r) do tubo e da viscosidade. Se a diferença de pressão é dobrada, a taxa de fluxo também dobra. O fluxo varia inversamente com o comprimento e a viscosidade. Se qualquer um é dobrado, a taxa de fluxo é reduzida pela metade. A descoberta mais surpreendente de Poiseuille foi relacionada à dependência da taxa de fluxo com o raio do tubo: se o raio é dobrado, a taxa de fluxo aumenta por um fator de 16.
5. O que explica a velocidade do fluxo sanguíneo ser menor nos capilares?
Esta depende da área de secção transversal total. A velocidade nos capilares é menor porque a área total dos capilares no corpo é muito grande.
6. Por que a pressão diminui ao longo dos diferentes segmentos vasculares?
Alta pressão é criada nas câmaras cardíacas e flui para vasos ligados a elas; a pressão cai continuamente conforme o sangue se afasta do coração.
7. Por que no fluxo sanguíneo laminar há um perfil parabólico da velocidade dentro do vaso?
Este comportamento tem um efeito na distribuição de glóbulos vermelhos (hemácias) no sistema circulatório. A distribuição de glóbulos vermelhos não é uniforme; eles estão mais concentrados no centro, de modo que o sangue que flui para as artérias menores tem uma porcentagem menor de glóbulos vermelhos do que o sangue na artéria maior.
8. Quais os determinantes da pressão arterial?
Débito cardíaco, resistência do sistema ao fluxo sanguíneo, distribuição relativa do sangue entre os vasos sanguíneos arteriais e venosos e volume sanguíneo.
9. Quais fatores determinam a distribuição do débito cardíaco pelos sistemas fisiológicos?
As adaptações fisiológicas que determinam a distribuição do débito cardíaco pelos sistemas são determinadas pelo recrutamento e pela necessidade de fluxo sanguíneo no sistema em questão. Tais ajustes promovem alterações previsíveis no fluxo sanguíneo regional, que são proporcionais à intensidade do recrutamento deste sistema.