Atendimento Odontológico Pediátrico: Protocolos e Fases
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Atendimento Odontológico Pediátrico
Fases do Tratamento
1ª consulta: identificação da criança, anamnese, exame físico e clínico após uma boa profilaxia sem o uso de corantes.
Fase urgencial: tratamento de dores, abcesso agudo e traumas.
Fase médico-sistêmica: análise dos medicamentos que o paciente pode precisar antes de toda sessão odontológica (ex: profilaxia para endocardite).
Fase preparatória:
- Educação do paciente e núcleo familiar (como avaliar a alimentação da família, ajudar na retirada de mamadeira/chupeta, técnica de escovação etc.)
- Adequação do meio (remoção de foco infeccioso como exodontias, aplicação de flúor em manchas brancas, selamento de cavidades abertas, curativo pulpar, selamento de manchas)
Fase restauradora: restauração em resina, uso de selante resinoso, frenectomia, exodontia para ortodontia, capeamento indireto.
Fase ortodôntica: muitas vezes o mantenedor vai para a fase de adequação.
Fase de controle: o plano de tratamento já foi concluído e o profissional decide quando precisa chamar o paciente para análise e acompanhamento do caso.
Considerações Médicas
Asmáticos que usam corticóide: evitar vasoconstritores adrenérgicos, pois são acompanhados de bissulfito de sódio. Preferir a prilocaína com felipressina.
Asma sem origem alérgica: não há necessidade de alterar o sal e o vasoconstritor.
Diabético compensado: qualquer sal e qualquer vasoconstritor.
Vaso adrenérgico: HIPERGLICEMIANTE (glicogenólise e gliconeogênese).
Anemia ferropriva: há dificuldade no transporte de O2, então não usar a prilocaína, pois pode causar metahemoglobinemia.
Glicemia alterada: anestésico sem vaso ou prilocaína.
Glicemia alterada + anemia: ANESTÉSICO SEM VASO.
Sedação
Diazepam ou Midazolam.
O Diazepam age em 45-60 minutos e é eliminado em 6-8 horas. O Midazolam provoca uma maior sedação, seu efeito é mais rápido e é eliminado em 2 – 3 horas.
Diazepam: 0,2 – 0,5 mg/Kg.
Midazolam: 0,25 – 0,5 mg/Kg
SEMPRE COMEÇAR PELA DOSE MAIS BAIXA. REDUZIR EM 30% A DOSE DO ANESTÉSICO QUANDO UTILIZAR OS BENZODIAZEPÍNICOS.
Prevenção e Controle da Dor
AINEs: utilizar o esteroidal quando o procedimento gerar dor moderada-intensa no pós-operatório. Utilizar uma dose única 30 minutos antes do procedimento para prevenção de dor e edema. (Celestone solução 0,5mg/ml, 2 gotas por kg).
Analgésico: existem dois protocolos, o de menor complexidade para dores leves (analgésico por 24 horas, sendo a primeira dose antes ou logo após o procedimento) e o de maior complexidade (48 horas de analgésico, sendo a primeira dose antes ou logo após o procedimento). (Dipirona 500 mg/ml, 1 gota /kg a cada 6 horas sendo no máximo 30 gotas; Paracetamol 200 mg/ml, 1 gota /kg a cada 6 horas sendo no máximo 30 gotas; Ibuprofeno 50mg/ml, 1 gota/kg a cada 6 ou 8 horas.)
Profilaxia Antibiótica
APENAS EM CASOS DE PREVENÇÃO DE ENDOCARDITE BACTERIANA. Sempre 50 mg/kg, 1 hora antes do procedimento.
1ª opção: penicilina
2ª opção: estearato de eritromicina.
3ª opção: clindamicina.
Para casos graves: Amoxicilina + Metronidazol; Amoxicilina + clavulanato de potássio.
Controle de Cárie
SCORE 1 e 2: Ativa 3/4 semanas de flúor acidulado com intervalo de 1 semana.
SCORE 3: não usa broca nem cureta, selamento da cavidade.
SCORE 4/5/6: exposição pulpar - pulpectomia.
Estágio de Nolla
0 - ausência de cripta.
1 - presença de cripta.
3 - um terço da coroa completa.
4 - dois terços da coroa completa.
5 - coroa quase completa.
6 - coroa completa, movimento intraósseo.
8 - coroa irrompida, irrompe dente na cavidade.
9 - raiz quase completa, com ápice aberto.
10 - ápice da raiz fechado.