Atuação do Enfermeiro em Situações de Desastre: Desafios e Responsabilidades

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O papel dos Enfermeiros é indispensável e crucial nestes casos, considerando as especificidades que competem a sua profissão.

Nestas situações de desastre, com envolvimento de muitas vítimas, um plano de emergência diferenciado precisa ser implementado.

O ideal é que as instituições de saúde construam e treinem seus funcionários, para que nestes casos cada profissional saiba como atuar e gerenciar.

Em situações de desastre com múltiplas vítimas, o cliente com alta prioridade no atendimento é diferente do cliente prioritário de situações emergenciais. Em acidentes catastróficos os insumos e recursos podem ter disponibilidade limitada, fazendo com que a triagem e classificação das prioridades mudem. As decisões baseiam-se na probabilidade da sobrevida e no consumo dos recursos disponíveis. O princípio fundamental que direciona o uso dos recursos é o bem máximo para o máximo de pessoas.

A triagem deve ser rapidamente realizada na cena do desastre, sendo imediatamente identificadas as vítimas prioritárias e iniciadas as intervenções necessárias, com posterior encaminhamento para as unidades de emergência.


Enfermeiro pode desempenhar diferentes funções em eventos catastróficos, sendo seu papel definido mediante as necessidades específicas que a instituição de saúde e equipes de trabalho apresentam, bem como as particularidades que o desastre gerou. Por exemplo, o Enfermeiro pode atuar na triagem principal das vítimas, realizar procedimentos avançados, caso possua capacitação para tal e respaldo da instituição, dar assistência no luto as famílias com a identificação dos entes queridos, gerenciar e/ou fornecer as atividades de cuidado em hospitais de campanha (provisórios) ou mesmo coordenar a distribuição dos recursos materiais e humanos entre as equipes de atendimento.

Estes são apenas alguns exemplos das atividades que podem ser realizadas, mas não contemplam todas as atividades desempenhadas nestes eventos. Há ainda as ações voltadas para o controle e divulgação de informações à mídia e às famílias, o gerenciamento de possíveis conflitos internos, como o uso dos recursos disponíveis; de origem étnica/cultural, referente aos hábitos e costumes particulares dos acidentados e familiares; e de cunho religioso, relacionado às crenças e costumes específicos das vítimas envolvidas, principalmente nos casos de óbito.

Estes exemplos ilustram algumas situações possíveis em casos de acidentes em massa, devendo ser considerados pelos profissionais de saúde das equipes de atendimento. São casos que podem acontecer em eventos que envolvam um grande número de turistas, sendo do próprio país ou estrangeiros.

Concluindo esta primeira parte do artigo, os Enfermeiros devem estar preparados para atuar em novos ambientes e em papéis atípicos em casos de desastre. O princípio que deve nortear suas ações é o de fazer o bem ao maior número de pessoas que for possível.


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