Aura: Uma Análise Detalhada dos Personagens e da Trama
Classificado em Língua e literatura
Escrito em em português com um tamanho de 5,88 KB.
Personagens Principais:
- Aura: A personagem central. Sobrinha da viúva de Llorente, jovem sedutora com olhos verdes deslumbrantes. Silenciosa e submissa à tia.
- Felipe Montero: O protagonista. Jovem professor de história em busca de melhor sorte, contratado para trabalhar na casa de Consuelo. Inteligente e solitário.
- Consuelo Llorente: Uma mulher idosa que oscila entre momentos de lucidez e perda de contato com a realidade. Obcecada pelo marido e pela morte.
Sinopse:
Um jovem historiador, atraído por um salário generoso, aceita um trabalho em uma casa antiga no centro da cidade. Felipe Montero é encarregado de organizar e reescrever as memórias de um coronel francês que lutou no México. Ele conhece Consuelo, a viúva do coronel, e Aura, sua sobrinha. Impressionado pela beleza de Aura, Felipe decide ficar. Estranhos eventos começam a ocorrer na casa escura e desgastada. Entre a realidade e a fantasia, Felipe vive um romance com Aura e decide levá-la dali. A velha senhora morre, e ambos agem da mesma maneira. Felipe perde o senso da realidade, oscilando entre sonhos e a vida cotidiana.
Capítulos:
Primeiro Capítulo:
Felipe Montero lê um anúncio no jornal que oferece um emprego para um jovem historiador com um salário muito acima do que ele ganha. Ele decide ir até o endereço, Donceles 815, e encontra uma casa escura com cheiro de mofo. Uma voz feminina o instrui a não acender as luzes e a contar seus passos. Ele entra em uma sala iluminada por velas e encontra uma mulher idosa, Consuelo, que lhe oferece o trabalho de escrever as memórias de seu marido. A condição é que ele more na casa. Uma jovem, Aura, entra no quarto, e Felipe fica encantado com sua beleza e olhos verdes. Ele aceita o trabalho e decide ficar.
Segundo Capítulo:
Consuelo pede a Aura para mostrar o quarto a Felipe. Ele fica ansioso para ver os belos olhos verdes de Aura novamente. Aura o leva ao quarto e diz que o jantar será em uma hora. Felipe se surpreende com a antiguidade dos objetos e a luminosidade do quarto. No jantar, apenas Aura está presente, pois Consuelo está doente. Felipe encontra Consuelo em seu quarto e ela pede que ele comece a trabalhar o mais rápido possível, entregando os primeiros manuscritos.
Terceiro Capítulo:
Felipe começa a ler os manuscritos e percebe que a escrita e as aventuras do marido não são tão impressionantes quanto Consuelo havia dito. Ele acorda com uma luz intensa vinda do teto de vidro e ouve gemidos estranhos. Ao olhar para o teto, ele vê sete gatos amarrados com correntes, queimando vivos e liberando uma fumaça perfumada. Felipe questiona se o que viu era real. Ele almoça com Consuelo e é convidado para vê-la à noite. Felipe passa a manhã verificando os relatórios do marido e planeja usar o dinheiro do salário para trabalhar em seu próprio livro. No almoço, Consuelo está presente, e Aura não diz uma palavra. Felipe se perturba com a presença da sobrinha e imagina histórias sobre ela. Ele percebe que o verdadeiro motivo de sua presença na casa é libertar Aura do jugo de Consuelo. Felipe acorda suando de um sonho com um sino de mão e um rosto de olhos vagos, e sente-se sendo acariciado e beijado. Aura o visita pela manhã e diz que sua tia quer vê-lo. Consuelo pede a Felipe para continuar a leitura dos manuscritos. Ela reclama que querem fugir da casa. Felipe descobre que Consuelo tem 109 anos e que ela conheceu o coronel quando tinha quinze. Os manuscritos descrevem o amor e a paixão pelo velho, e sua obsessão pelos olhos verdes de Consuelo.
Quarto Capítulo:
Felipe observa Aura na casa. Ele a vê abatendo uma cabra na cozinha, e o vapor e os cheiros o deixam enjoado. Ele entra no quarto e encontra Consuelo fazendo os mesmos movimentos que Aura, mas no ar. Felipe volta para seu quarto, certo de que a velha senhora está louca. Ele ouve o chamado para o jantar e encontra apenas Aura na sala de jantar. Ela o espera em seu quarto após o jantar. Aura está vestida de verde, rodeada por uma luz âmbar. Ela começa a percorrer seu corpo e rosto, e Felipe se surpreende com a dureza de seus traços, diferente da noite anterior. Após uma dedicação a Cristo, Aura e Felipe se beijam, e ele jura amor eterno. Ao amanhecer, Felipe descobre que a velha senhora está sentada em uma poltrona no quarto, com Aura a seus pés. As duas riem e se movem da mesma forma. Felipe acredita que a velha passou a noite inteira na sala. As duas mulheres saem do quarto, deixando a velha dormindo na cama de Felipe.
Quinto Capítulo:
Felipe retorna ao seu quarto, confuso com os eventos da noite anterior, e corta o rosto ao se barbear. Ele está cheio de perguntas para Aura e, nesse momento, ouve o sino. Ele vai até a porta e encontra Aura. Ela pede confiança e diz que sua tia estará fora o dia todo. Ela o leva ao quarto da viúva. Quando Felipe se certifica de que a velha se foi, ele retira do baú uma nova folha com fotos. Ele lê as páginas sobre a impossibilidade de Consuelo ter um filho do coronel. O coronel descreve como sua esposa enlouqueceu e sofre com a impossibilidade de ser mãe e sua obsessão em permanecer jovem. Felipe olha para as fotos e encontra Aura, mas as fotos são datadas de 1884. Aura está abraçada pelo coronel, e Felipe se vê nas fotos. É ele e Aura no século passado. Atordoado, ele sai do quarto e desce as escadas. Ele entra na sala escura da viúva e ouve a voz de Aura pedindo para que ele se deite com ela. Felipe tira as roupas de Aura e, enquanto se beijam, um halo de luz revela o cabelo branco e os dentes podres da velha. Consuelo o abraça e promete que, em poucos dias, quando reunir forças, Aura se reunirá novamente com ele.