Avaliação Psicológica: MMPI, MoCA e Figura de Rey

Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI)

O Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI), da autoria de Hathaway & McKinley, é um instrumento construído para avaliar e diagnosticar pacientes com perturbações mentais. Atualmente, é também usado em contexto organizacional e forense.

O MMPI é o inventário de personalidade mais utilizado, permitindo avaliar a personalidade e a psicopatologia. No entanto, não está aferido para a população portuguesa.

Escalas do MMPI-2

A nova versão do MMPI-2, com 338 itens, está distribuída por 50 escalas:

• 3 Escalas Globais: Alterações emocionais, Alterações do pensamento e Alterações do comportamento.
• 9 Escalas Clínicas Reestruturadas: Desmoralização, Queixas somáticas, Escassez de emoções positivas, Desconfiança, Comportamento Antissocial, Ideias persecutórias e Emoções negativas disfuncionais.
• 23 Escalas de Problemas Específicos (organizadas em 4 grandes áreas): Escalas Somáticas/Cognitivas, Escalas de Internalização, Escalas de Externalização e Escalas Interpessoais.
• 2 Escalas de Interesses: Interesses estético-literários e Interesses mecânico-físicos.
• 5 Escalas de Personalidade Psicopatológica: Agressividade, Psicoticismo, Falta de controlo, Emocionalidade negativa e Escassa emocionalidade positiva.
• 8 Escalas de Validade: Infrequência, Inconsistência de respostas verdadeiras, Psicopatologia infrequente, Queixas somáticas infrequentes e Validade dos sintomas.

Escalas Clínicas (Versão Experimental Portuguesa)

As 10 escalas clínicas da versão experimental portuguesa do MMPI-2 são:

• Hipocondria: Queixas somáticas vagas.
• Depressão: Sintomatologia depressiva.
• Histeria: Reações histéricas face ao stress.
• Desvio Psicopático: Comportamentos antissociais.
• Masculinidade-Feminilidade: Adaptação aos papéis relativamente ao género.
• Paranoia: Pensamentos paranoides.
• Psicastenia.
• Esquizofrenia: Sintomas psicóticos.
• Hipomania: Sintomas hipomaníacos.
• Introversão Social: Evitamento de contactos.

Montreal Cognitive Assessment (MoCA)

O MoCA é uma avaliação de rastreio amplamente utilizada para detetar deficiências cognitivas. Foi criado em 1996 por Ziad Nasreddine e é frequentemente utilizada em sujeitos com idade mais avançada.

Avalia 6 domínios cognitivos:

• Funções executivas;
• Capacidade visuoespacial;
• Memória a curto prazo;
• Atenção, concentração e memória de trabalho;
• Linguagem;
• Orientação temporal e espacial.

Figura Complexa de Rey (FCR)

Da autoria de André Rey e Paul-Alexandre Osterrieth, a Figura Complexa de Rey avalia a organização percetiva e visuoespacial, a memória não verbal e visual, a atenção, a planificação e o desenvolvimento de estratégias, a aptidão visuoespacial construtiva e a função motora.

Permite estudar o atraso no desenvolvimento mental, sendo aplicada a crianças, adolescentes, adultos e idosos. É composta por duas figuras individuais, dependendo das idades (Figura A: a partir dos 8 anos; Figura B: entre os 3 e 7 anos).

Momentos de Aplicação

Os momentos da aplicação da FCR são:

1. Cópia da figura;
2. Memória imediata;
3. Memória diferida;
4. Reconhecimento.