Avaliação e Tratamento Fisioterapêutico

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História Clínica

A coleta da história clínica pode ser feita de forma livre, permitindo que o paciente fale abertamente, mas com foco na doença. O fisioterapeuta deve direcionar a conversa, sem deixar o paciente se desviar do assunto. A comunicação deve ser clara e objetiva.

Trofismo Cutâneo

Observar a temperatura da pele (fria ou quente), coloração (eritema avermelhada em processos alérgicos e inflamatórios, cianótica - arroxiada e azulada em casos de hipóxia, esbranquiçada, icterícia - amarelada em casos como cirrose hepática), hidratação e presença de edema. Avaliar a consistência do edema (mole - técnica de piano, intermediário - sinal de cacifo, duro - crônico) e intensidade (+ leve, ++ moderado, +++ grave). Analisar manchas (máculas, pápulas), cicatrizes (localização, tamanho, sensibilidade - hiperestésica ou hipoestésica), queloides, oleosidade, hiperidrose, celulite, fibromas e lipomas.

Trofismo Muscular

Avaliar com fita métrica (perimetria) a massa muscular do paciente, que depende do nível de contração muscular. Classificar em: normotrofia (massa muscular normal), hipertrofia (aumento da massa muscular com aumento do volume dos sarcômeros), hipotrofia (perda de massa muscular sem perda da capacidade de contração), atrofia (ausência de contração muscular por lesão neurológica) e pseudohipertrofia (falsa hipertrofia).

Teste Articular

Avaliar a Amplitude de Movimento (ADM) - a quantidade de movimento de uma articulação, tanto Ativa (ACM) quanto Passiva (AIM). Registrar os valores encontrados com goniômetro. As causas de limitação da AIM podem ser rigidez, dor, excesso tecidual e retração tecidual, caracterizando um bloqueio articular. O tratamento fisioterapêutico para bloqueio articular inclui técnicas analgésicas, orientações, mobilização tecidual, alongamento e técnicas de mobilização articular (artrocinemáticas e osteocinemáticas).

Avaliação da ADM

Realizar inspeção, teste articular (ACM e AIM) e goniometria. Fraqueza e hipotrofia muscular são comuns em casos de imobilização e desuso, sendo importantes pontos a serem abordados na reabilitação. Avaliar a força muscular utilizando a escala de Oxford (0 a 5) e a hipotrofia muscular por meio de inspeção e perimetria.

Tratamento Fisioterapêutico da Fraqueza e Hipotrofia Muscular

Utilizar cinesioterapia ativa progressiva, corrente russa e exercícios de fortalecimento. Para aumentar a força muscular, aumentar a carga e diminuir o número de repetições. Para aumentar a resistência muscular, diminuir a carga e aumentar o número de repetições.

Edema Agudo

Utilizar o protocolo RICE: crioterapia (previne a formação do edema, diminui a hipóxia secundária e o metabolismo local - usar panquecas de gelo), repouso, compressão e elevação.

Edema Crônico

Aplicar calor superficial (vasodilatação) - banho de parafina (calor profundo), ultrassom, ondas curtas e micro-ondas.

Edema Residual

Utilizar banho de contraste (calor e frio) para estimular a motilidade vascular. Aplicar 3 minutos de calor e 1 minuto de gelo, várias vezes, finalizando com calor por 20 a 30 minutos. O tempo total de aplicação é mais importante do que a temperatura individual de calor e frio.

Tratamento Fisioterapêutico da Dor

Estimular vias sensoriais de tato e pressão (teoria das comportas - massagem, TENS), inibir a transmissão de impulsos nervosos (gelo) e eliminar o fator causal da dor (ex: tratar a LER em casos de dor por LER). A teoria das comportas afirma que o estímulo tátil e de pressão inibe a sensação de dor.

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