Bizâncio, Bárbaros e Francos: Transição da Antiguidade Média
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Império Bizantino: Origens e Divisão Romana
Diocleciano e a Tetrarquia
Diocleciano realizou a divisão cultural do Império Romano, criando o Império do Oriente e o Império do Ocidente.
O governo de Tetrarquia era um sistema onde o poder era exercido por dois imperadores (Augustos) e dois auxiliares (Césares).
Constantino e a Cristianização
Após Diocleciano, Constantino assumiu o poder. Ele lutou contra a crise e promoveu mudanças significativas:
- Concedeu liberdade de culto aos cristãos com o Édito de Milão (313 d.C.).
- Transferiu a sede do Império do Oriente de Bizâncio para Constantinopla.
Teodósio e o Fim do Império Ocidental
Teodósio oficializou o cristianismo como religião oficial do Império, proibindo outros cultos. Ele dividiu o Império definitivamente em dois: Oriente e Ocidente (395 d.C.).
Em 476 d.C., o Império Romano do Ocidente desintegrou-se após ser invadido e saqueado pelos Povos Bárbaros.
O Império Bizantino (Oriente) teve seu fim em 1453, quando foi invadido pelos Turcos Otomanos.
Conceitos Chave do Império Bizantino
- Cesaropapismo
- Sistema onde o Imperador era considerado o representante de Deus na Terra, subordinando a Igreja ao poder estatal.
- Diocleciano
- Dividiu o Império culturalmente: Ocidente (latim, Católica) e Oriente (grego, Ortodoxia).
- Justiniano
- Imperador que desenvolveu o comércio através do Mar Mediterrâneo e é famoso pela compilação do Direito Romano (Corpus Juris Civilis).
Conflitos Religiosos e Invasões
O Movimento Iconoclasta
O Imperador Leão III criou uma lei que proibia a veneração de imagens religiosas (ícones). O imperador destruiu todas as imagens.
Iconólatras: Pessoas que eram contra a lei do Imperador e a favor da veneração das imagens.
Os Povos Bárbaros
Para os romanos, Bárbaros eram todos os povos que não compartilhavam a cultura romana, não falavam latim e não possuíam um estado centralizado. Eram vistos como povos rebeldes.
Sua economia era agropastoril (agricultura e criação de animais). O surgimento desses povos se deu através do nomadismo, mas ao se fixarem em regiões e desenvolverem a agricultura, tornaram-se sedentários. O objetivo das invasões era obter a riqueza dos povos sedentários.
Características dos Germanos
- Não possuíam economia monetária, baseando-se em trocas (escambo).
- Economia agropastoril.
- Não possuíam um estado centralizado.
Organização Social e Justiça
A escolha dos guerreiros e chefes era baseada na habilidade em combate. O chefe estabelecia a lei e deveria dar o exemplo, seguindo rigorosamente suas próprias regras.
As leis eram orais (Direito Consuetudinário), pois não sabiam ler ou escrever. Na ausência de provas suficientes, recorria-se ao Julgamento de Deus (Ordalha), onde o réu era submetido a provas físicas (como andar sobre o fogo) para determinar sua culpa ou inocência.
O Reino dos Francos: Merovíngios e Carolíngios
Os Francos se dividiram em duas dinastias (gerações de famílias): a Merovíngia e a Carolíngia.
Dinastia Merovíngia
Fundada por Meroveu. Caracterizada por tribos divididas e chefes locais, até a chegada de Clóvis, que uniu todas as tribos, tornando-se o primeiro rei (482 d.C.).
Objetivos de Clóvis
- Conquistar território.
- Converter-se ao cristianismo.
- Estabelecer aliança com a Igreja Católica.
Após a morte de Clóvis, a disputa entre seus quatro filhos pela sucessão gerou o enfraquecimento do poder central.
Reis Indolentes: Governantes que não possuíam habilidade política e não conseguiam dominar sozinhos, levando ao surgimento dos Majordomus.
Majordomus (Prefeitos do Palácio): Auxiliares dos reis que, na prática, detinham o poder. Foram responsáveis por vitórias importantes, como a derrota dos muçulmanos.
Dinastia Carolíngia
Após a morte dos Reis Indolentes, Pepino, o Breve, assume o império e depôs o último monarca merovíngio, iniciando a Dinastia Carolíngia.
Após Pepino, assume seu filho Carlos Magno, que, com apoio da Igreja, é coroado Imperador (800 d.C.).
Medidas de Carlos Magno
- Resgatou tradições do Império Romano.
- Expandiu territórios e reforçou a autoridade do poder central.
- Dividiu o Império em unidades administrativas (Condados e Marcas).
- Implementou leis escritas.
- Obteve o reconhecimento da Igreja, sendo coroado Imperador pelo Papa.
Após sua morte, seus descendentes não conseguiram manter a unidade do Império. Através de disputas, o Império foi dividido pelo Tratado de Verdun (843 d.C.).