Blocos Econômicos: Formação, Tipos e Impactos da Globalização
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A formação dos blocos econômicos, como a União Europeia (UE), o NAFTA, o MERCOSUL, APEC, ASEAN, Pacto Andino, CONCACAF, SADI, ALADI, entre outros, surgiu com o objetivo de facilitar e baratear a circulação de mercadorias entre os países membros. Sob a economia globalizada, os blocos econômicos ajudam a abrir as fronteiras de cada nação ao fluxo livre de capitais, ao reduzir barreiras tarifárias, práticas protecionistas e regulamentações nacionais.
Modelos Básicos de Blocos Econômicos
Existem quatro modelos básicos de bloco econômico:
- Zona de Livre Comércio: Redução ou eliminação de tarifas alfandegárias.
- União Aduaneira: Além de abrir o mercado interno, define regras para o comércio com nações fora do bloco, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de importação de terceiros.
- Mercado Comum: Além de serviços e mercadorias, capital e trabalhadores podem circular livremente.
- União Econômica e Monetária: Países de um mercado comum adotam a mesma política de desenvolvimento e uma moeda única.
Aceleração do Comércio Mundial e Liberalização Comercial
A formação dos blocos econômicos acelerou o comércio mundial. Antes, qualquer produto importado chegava ao consumidor com um valor muito mais elevado, em razão dos impostos cobrados por cada país para proteger suas economias. Os acordos entre países reduziram essas barreiras comerciais – em alguns casos, acabaram com elas – processo conhecido como liberalização comercial.
Principais Blocos Econômicos Globais
O bloco econômico mais importante do mundo é a União Europeia, tanto pela força econômica de alguns países – França, Alemanha, Inglaterra, Itália – quanto pela profundidade das relações entre os países membros. Os norte-americanos impulsionaram o NAFTA, tornando o México e o Canadá economias diretamente vinculadas à sua economia. Os EUA fazem parte da APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), integrada com o Japão, China, Austrália e Chile, entre outras nações.
O MERCOSUL na América do Sul
Na América do Sul, o grande bloco econômico é o MERCOSUL, criado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Este bloco, desde seu nascimento, teve os EUA como principal parceiro comercial até 2009 e foi superado pela China em 2010. Segundo o acordo, a adesão da Venezuela é dada como certa, pois três das quatro principais nações já aceitaram seu ingresso; falta apenas o congresso do Uruguai aprovar sua entrada como membro efetivo.
Impactos da Globalização e o Consenso de Washington
Quando os países se tornam vulneráveis a movimentos bruscos de capitais – como a retirada maciça de dinheiro estrangeiro – organismos internacionais como o FMI liberam empréstimos para que eles possam enfrentar a sangria de dólares. Em contrapartida, os governos beneficiados ficam obrigados a obedecer ao receituário ditado pelo organismo, basicamente o estabelecido pelo Consenso de Washington.
Uma das consequências disso é que, além de muitas vezes penalizar a população mais carente por causa da desativação ou desaceleração dos investimentos sociais, essa política tende a frear o crescimento econômico, por força da maior carga tributária, do congelamento de investimentos públicos e da elevação dos juros.
As Promessas Não Cumpridas da Globalização
Assim, a globalização acenou perspectivas que não se concretizaram. Imaginou-se um mundo integrado sem fronteiras. Pelas previsões de seus defensores, novas tecnologias e métodos gerenciais promoveriam o aumento geral da produtividade, o bem-estar dos indivíduos e a redução das desigualdades entre as nações.
Nos últimos anos, registra-se um aumento das desigualdades no cenário mundial. O comércio internacional nunca foi tão intenso, mas as exportações dos países ricos crescem muito mais do que as exportações dos países pobres nas últimas décadas e, atualmente, apenas dez países monopolizam mais da metade de todo o comércio internacional.