Bolívar: Liderança, Unidade e Desafios da Independência

A Ascensão de Bolívar e a Luta pela Independência

Simón Bolívar emergiu como líder da emancipação da América durante a campanha de 1813. De 70 homens, ele formou um exército de combatentes experientes, entre os quais não havia mais hesitação ou traição. Eles o seguiram com confiança, e cada um sabia o que era esperado em termos de habilidade e coragem. A própria população civil começou a aprender o que seria necessário para a defesa comum, e as massas populares da Primeira República teriam transformado os mesmos soldados que lutaram na planície em chamas, ao nível do mar, nas montanhas, a mil e cem ou quatro mil pés, com um facão, uma lança ou uma arma, que aprenderam a usar no próprio campo de batalha.

A partir desse momento, e apesar das derrotas, traições e decepções, Bolívar conquistou grandes vitórias, obteve grande adesão e manteve a fé inabalável no triunfo de um ideal: a independência absoluta da América.

Desafios à Unidade e o Fracasso da Segunda República

No entanto, nesta fase, a falta de consciência nacional e o afastamento da ideologia da independência resultaram em um regionalismo, que é uma expressão do fenômeno do caudilhismo. Este foi outro dos traços típicos da Guerra de Independência e da desintegração social, política e cultural que se estruturou ao longo do período colonial.

As vitórias de Bolívar e Marino nas ações militares da Campanha Admirável e na campanha para libertar o Oriente não conseguiram alcançar a integração dos patriotas do leste e do centro. Essa falta de unidade acabou por afetar o fracasso da Segunda República.

Essa persistente falta de unidade entre os patriotas, que levou à anarquia e dividiu os republicanos, impedindo-os de se unir sob um único líder, foi um problema que Bolívar enfrentou até o último momento de sua existência.

A Visão de Bolívar: Unidade e Sacrifício

Os principais líderes desprezavam-se mutuamente, pois cada um acreditava que sua versão da causa patriota merecia o apoio de todos os outros.

O que distinguia Bolívar dos demais líderes patriotas era sua visão europeia da América, que transcendia os interesses locais, e sua vontade de sacrificar os interesses de qualquer um, incluindo os seus próprios, para que essa visão se tornasse realidade.