Brasil e Argentina: Potencial Perdido e Desafios Econômicos
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Em 1950, Brasil e Argentina apresentavam um bom potencial de crescimento, principalmente devido às suas condições naturais. Japão e Coreia do Sul, ao contrário, haviam sido derrotados pela guerra, não possuíam tecnologia nem atrativos naturais, e registravam baixos indicadores de qualidade de vida. Tudo indicava que Brasil e Argentina se tornariam países ricos.
Em 2010, houve uma inversão nas condições econômicas desses países. Japão e Coreia do Sul se desenvolveram a partir da educação e tecnologia, enquanto Brasil e Argentina foram ineficientes, perdendo muitas oportunidades de desenvolvimento.
O Brasil possuía um potencial natural exuberante e um vasto conjunto de iniciativas para o crescimento econômico. No entanto, com a morte de JK, o sonho de um crescimento de "50 anos em 5" esvaiu-se, e a inflação atingiu índices alarmantes.
A década de 70 – a "década de ouro" – foi favorecida pela expansão agropecuária, incentivos internacionais e financiamentos que impulsionaram o crescimento. Contudo, no início da década de 80, frequentes crises do petróleo ocasionaram a retirada de financiamentos e o retorno de altas taxas de inflação e juros. Diversos planos de contenção da inflação foram implementados, mas foi apenas com o Plano Real que esta se estabilizou.
Com a estabilização proporcionada pelo Plano Real, o Brasil elegeu um governo de esquerda para retomar o crescimento. O Governo Lula manteve a equipe econômica de FHC, sustentando o plano, e implementou programas de distribuição de renda, tirando da exclusão mais de 54 milhões de brasileiros que, mais tarde, formariam o maior volume de consumo de bens não duráveis. Essas políticas mostraram-se populistas e de grande aceitação, mas não ocasionaram crescimento econômico significativo, pois houve um abandono da industrialização.
Paralelamente a isso, a gestão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foi ineficiente, com atrasos em obras, licitações duvidosas e investimentos em setores não produtivos. Houve crescimento nas últimas décadas, mas pequeno em comparação com Japão e Coreia do Sul. Nossos indicadores sobem e descem com extrema facilidade e são sustentados principalmente pelo setor primário. Os indicadores de qualidade de vida melhoraram, mas ainda há pouca inclusão em educação, saúde e saneamento. Há, portanto, a necessidade de medidas antipopulares para um desenvolvimento mais robusto e sustentável.