Brasil Pós-Vargas: JK, Jânio, Dutra e o Legado de Getúlio
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Governo Juscelino Kubitschek (JK): Desenvolvimento e Desafios
A administração do governo JK estava baseada no Plano de Metas, um programa que priorizava as obras de infraestrutura e o estímulo à industrialização.
Principais Realizações de JK
- Construção de usinas hidrelétricas;
- Implantação da indústria automobilística;
- Construção de Brasília.
O grande número de obras do governo JK fez-se à custa de empréstimos e investimentos estrangeiros. O governo JK internacionalizou a economia, aumentou a dívida externa brasileira e manteve os salários baixos.
Permitiu que multinacionais instalassem filiais no país e controlassem importantes setores das indústrias (automóveis, produtos químicos e farmacêuticos). No governo JK, os gastos com obras públicas elevaram a inflação.
O período de prosperidade atingiu principalmente as classes médias e elites, e podia ser percebido nos hábitos e no modo de pensar; o período ficou conhecido como Anos Dourados.
Governo Jânio Quadros: Estilo e Controvérsias
Jânio Quadros tinha um estilo político considerado por muitos analistas como exibicionista, demagogo e moralista.
Por meio de bilhetes, Jânio se ocupava com assuntos corriqueiros, como: proibição de lança-perfume no carnaval, brigas de galos e corridas de cavalos em dias de semana.
Jânio era contrário ao comunismo, mas em 19 de agosto de 1961 condecorou Che Guevara com a principal comenda brasileira.
Governo Eurico Gaspar Dutra e o Legado de Vargas
O governo Dutra aliou-se ao bloco capitalista, e uma das consequências dessa aliança foi o rompimento com a União Soviética em 1947.
No governo Dutra, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi posto na ilegalidade. Todos os parlamentares eleitos por esse partido tiveram seus mandatos cassados.
O governo Dutra elaborou o Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia).
No governo Dutra, o nacionalismo da era Vargas foi abandonado; abriu-se a economia do país às empresas estrangeiras.
As indústrias brasileiras protestaram contra a liberação indiscriminada das importações que prejudicavam as indústrias nacionais.
O nacionalismo de Vargas era duramente combatido pelos EUA e pelos representantes das empresas estrangeiras instaladas no Brasil.
Os nacionalistas chamavam seus adversários de entreguistas, acusando-os de querer entregar as riquezas do Brasil aos estrangeiros.
Em 1953, o governo propôs uma Lei de Lucros Extraordinários que limitava a remessa ao exterior dos lucros das empresas estrangeiras instaladas no Brasil.
Em 1954, Vargas autorizou o aumento de 100% no salário mínimo; essa medida provocou protestos entre os patrões.
Atentado da Rua Tonelero e Suicídio de Vargas
Em 5 de agosto de 1954, o líder da oposição Carlos Lacerda sofreu um atentado na Rua Tonelero, em Copacabana. Lacerda saiu com vida, mas o major da Aeronáutica foi atingido e morreu nesse atentado.
As investigações indicam que o atentado foi a mando do chefe da guarda presidencial.
Nos dias 22 e 23, os militares exigiram a renúncia de Vargas.
Em 24 de agosto de 1954, Vargas se suicidou.