Calvinismo: Definição, Princípios e Relações

O nome 'calvinista' é usado em nossos dias, primeiramente, como um termo sectário. Mas, além deste uso sectário, confessional e denominacional do nome 'Calvinismo', ele serve, em quarto lugar, como um nome científico, quer em sentido histórico, filosófico ou político. Indica um movimento político que tem garantido a liberdade das nações em governo constitucional. O Calvinismo é a mais alta forma de desenvolvimento alcançada pelo princípio religioso e político no século XVI. O Calvinismo tem uma teoria de ontologia, de ética, de felicidade social e de liberdade humana, derivada totalmente de Deus (Brancroft).

O Calvinismo compreende todas as condições da vida humana: teologia, eclesiástica, política, social e cultural.

Três Condições Fundamentais

Para isto existem três condições fundamentais:

1. Nossa Relação com Deus

A relação com Deus é determinante para nossas relações com o próximo e com o mundo em que vivemos.

Quatro Visões Diferentes:

• Paganismo: Vê Deus na criatura.
• Islamismo: Separa Deus da criatura.
• Catolicismo: Coloca a Igreja entre Deus e a criatura.
• Calvinismo: Deus se comunica diretamente com a criatura.

2. Nossa Relação com o Próximo

Um novo modelo nas relações interpessoais ou sociais.

Igualdade diante de Deus: Segue-se que ninguém tem o direito de se assenhorear de outrem.

Quatro Visões:

• Paganismo: Deus habita na criatura.
• Islamismo/Catolicismo: A mulher é a escrava do homem.
• Modernismo: Nega e abole toda diferença.
• Calvinismo: Cada homem, simplesmente porque é homem, seja reconhecido, respeitado e tratado como uma criatura à semelhança de Deus.

3. Nossa Relação com o Mundo

Descoberta daqueles tesouros e daquelas potencialidades ocultas por Deus.

Aspectos Chave:

• Com Deus: Comunhão imediata.
• Com o Homem: Valor humano em cada pessoa.
• Com o Mundo: A vida no mundo deve ser honrada em sua independência.

A religião, segundo o Calvinismo, possui características e aplicações universais:

• Não deve ser egoísta e por causa do homem, mas ideal, por causa de Deus.
• Não deve operar mediatamente, pela intervenção humana, mas diretamente do coração.
• Deve inclinar-se para tornar o homem livre.
• Não pode permanecer parcial, como correndo ao lado da vida, mas deve exercer controle sobre toda a existência.
• Tem seu caráter e aplicação universal.