Câncer de Mama: Diagnóstico, Tratamento e Fatores de Risco
Classificado em Eletrônica
Escrito em em português com um tamanho de 4,99 KB
Câncer de Mama: Um Guia Completo
Tipos de Câncer de Mama
O tipo mais comum é o adenocarcinoma ductal. O tipo mais grave é o inflamatório.
Quadro Clínico
As principais manifestações do adenocarcinoma incluem:
- Nódulo irregular, mal definido, de consistência firme e com mobilidade reduzida.
- Abaulamentos no contorno da mama.
- Retrações da pele e/ou do complexo areolopapilar.
- Descarga papilar sanguinolenta.
- Espessamento, infiltração ou ulceração da pele e/ou do complexo areolopapilar.
- Adenomegalias axilares.
Rastreamento
- Autoexame mensal: Permite o diagnóstico mais precoce, mas possui baixa sensibilidade e não reduz a mortalidade.
- Exame clínico anual: A partir dos 40 anos.
- Mamografia: Com intervalo de 2 anos, para mulheres entre 50 e 69 anos.
- Grupos de risco: Mamografia e exame clínico anuais a partir dos 35 anos.
Sinais Radiológicos
Nódulos Suspeitos
Características que podem indicar suspeita:
- Alta densidade.
- Forma irregular, multilobulada ou microlobulada.
- Limites obscurecidos ou espiculados.
Microcalcificações Suspeitas
- Agrupadas.
- Com diferentes formas e densidades.
- Irregulares (semelhantes a grãos de sal, formando letras).
- Distribuição linear ou segmentar.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado com base no quadro clínico, nos sinais radiológicos (rastreamento com mamografia e ultrassonografia para avaliar nódulos) e confirmado por biópsia percutânea (PAAF ou core biopsy).
Fatores Prognósticos
Fatores Clínicos
- Tamanho do tumor.
- Status dos linfonodos axilares.
- Idade (quanto mais jovem a paciente ao apresentar o nódulo, maior a chance de malignidade).
Fatores Anatomopatológicos
- Tipo histológico.
- Grau histológico.
- Invasão vascular ou linfática.
Fatores Imuno-histoquímicos
- Receptores de estrogênio e progesterona.
- Expressão do oncogene c-erbB-2 ou HER-2/neu.
Tratamento
As opções de tratamento incluem:
- Cirurgia (conservadora ou mastectomia): Não é indicada apenas quando já existe doença sistêmica avançada e baixo status de performance.
- Radioterapia.
- Quimioterapia: Não é indicada apenas em lesões iniciais (< 1 cm) e com fatores prognósticos muito favoráveis.
- Hormonioterapia (antiestrogênicos): Utilizada quando o tumor é hormônio-responsivo.
- Terapia com células-alvo biológicas: Para tumores HER2 positivos.
Cirurgia Conservadora
É o tratamento de eleição. Consiste na excisão completa da lesão, circundada por tecido mamário são, fáscia do músculo peitoral maior subjacente e a pele que recobre a lesão, incluindo também a abordagem axilar.
Condições para a Cirurgia Conservadora
- Nódulo menor que 3 cm.
- Ausência de fatores de risco para recidiva local.
- Boa relação nódulo/mama.
- Ausência de multicentricidade ou multifocalidade.
- Ausência de contraindicação à radioterapia.
Radioterapia
A radioterapia é indicada nas seguintes situações:
- Sempre após tratamento conservador.
- Tumor maior que 5 cm.
- Comprometimento da pele e/ou do músculo peitoral maior.
- Mais de 4 linfonodos axilares comprometidos.
- Ressecção incompleta dos linfonodos axilares ou comprometimento extracapsular.
Classificação BI-RADS
- BI-RADS 0: Necessita de avaliação adicional.
- BI-RADS 1: Sem achados.
- BI-RADS 2: Achado benigno.
- BI-RADS 3: Achado provavelmente benigno.
- BI-RADS 4: Achado suspeito (A: baixa suspeita; B: média suspeita; C: alta suspeita).
- BI-RADS 5: Achado altamente suspeito.
- BI-RADS 6: Lesão com diagnóstico confirmado de câncer.
Fatores de Risco
- Sexo feminino.
- Idade avançada.
- Câncer de mama prévio ou lesões de alto risco.
- Histórico familiar (parente de 1º grau).
- Dieta inadequada e obesidade.
- Exposição à radiação ionizante.
Origem do Tumor
- Revestimento cutâneo: Carcinoma, melanoma.
- Estroma de sustentação: Sarcoma.
- Linfonodos intramamários: Linfoma.
- Metastático: Origem em outros órgãos.
- Parênquima mamário: Adenocarcinomas.
- Mistos: Tumores filoides.