Capacidades Motoras Condicionais: Força, Resistência, Velocidade e Flexibilidade

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Capacidades Motoras Condicionais

São fundamentadas na eficiência do metabolismo energético. Têm a ver com os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos. Incluem: Força, Resistência, Flexibilidade e Velocidade.

Resistência

É a capacidade do organismo em resistir à fadiga numa atividade motora, assegurando simultaneamente uma recuperação rápida após esforços físicos.

Classificação da Resistência

  • Geral: Quando estão envolvidos mais de 1/6 a 1/7 de toda a musculatura esquelética (envolve o sistema cardiovascular e respiratório).
  • Local: Quando estão envolvidos menos de 1/6 a 1/7 de toda a musculatura esquelética.

Quanto ao Regime de Contração Muscular

  • Estática: Quando o trabalho muscular é isométrico, podendo ser geral ou local.
  • Dinâmica: Quando o trabalho muscular é isotónico ou isocinético.

Solicitação Metabólica

  • Resistência Aeróbia: Quando o trabalho solicita a fonte aeróbia para a produção de energia (cardiovascular e respiratório).
  • Resistência Anaeróbia: Treino a nível local muscular, com pouco impacto funcional nos grandes sistemas.

Situação de Competição

  • Resistência de Base: Cargas de grande volume ou com grande frequência; superação da fadiga; recuperação rápida após as cargas de treino. É a base da preparação da resistência e não depende da disciplina desportiva.
  • Resistência Específica: É a forma de manifestação própria de um determinado desporto, ou seja, é a capacidade de adaptação a uma atividade desportiva.

Força

É a capacidade que o sistema neuromuscular desenvolve para vencer resistências.

Força Máxima

(Poucos segundos, elevada intensidade, menor número de repetições) – É a maior tensão, ou o maior índice de força, que pode ser exercida voluntariamente por um músculo ou grupo muscular.

  • Força Máxima Estática (ou Isométrica): É a força máxima que o sistema neuromuscular pode exercer numa contração voluntária contra uma resistência insuperável.
  • Força Máxima Dinâmica: É a maior força que o sistema neuromuscular pode realizar numa contração voluntária no desenvolvimento do movimento.

Força Explosiva

(Mais intensidade, execução explosiva, força rápida ou de potência) – É a capacidade que o sistema neuromuscular tem para superar resistências com a maior velocidade de contração possível.

Força de Resistência

(Baixa intensidade, número máximo de repetições) – É a capacidade que o organismo possui de resistir ou tolerar a fadiga no caso de esforços de longa duração.

Efeitos do Treino sobre a Musculatura

A força do músculo depende da sua secção transversal.

Fibras Musculares:
  • Fibras do Tipo I (Vermelhas ou de Contração Lenta): Para esforços de longa duração e baixa intensidade (força de resistência).
  • Fibras do Tipo II (Brancas ou de Contração Rápida): Para esforços de curta duração e alta intensidade (força máxima).

Velocidade

A velocidade é a capacidade de executar movimentos no mais curto espaço de tempo.

Condições Necessárias para o Treino de Velocidade:

  • Ausência de Fadiga;
  • Intensidade Máxima;
  • Complexidade Reduzida;
  • Automatização dos Movimentos;
  • Ausência da Barreira de Velocidade;
  • Frequência de Estímulo;
  • Motivação Óptima.

Flexibilidade

Capacidade que o organismo possui de realizar movimentos de grande amplitude.

Flexibilidade = Alongamento: O treino da flexibilidade planeado, intencional, regular tem como objetivo aumentar a amplitude dos movimentos de uma forma progressiva e duradoura.

Flexibilidade = Laxidão: O treino da flexibilidade não deve pôr em causa o equilíbrio estrutural e funcional do aparelho locomotor.

7.1. Formas de Manifestação

A flexibilidade pode classificar-se de acordo com três aspetos diferentes. Assim temos:

  • Flexibilidade Geral: É a amplitude normal dos principais sistemas articulares.
  • Flexibilidade Específica: É a amplitude de uma determinada articulação importante para a execução de movimentos específicos de uma modalidade.
  • Flexibilidade Estática: Verifica-se quando se mantém uma determinada posição articular durante um certo período de tempo.
  • Flexibilidade Dinâmica: Verifica-se quando há uma mobilização, normalmente brusca e “lançada”, dos segmentos corporais e com retorno quase imediato à posição inicial, ou seja, é a capacidade de realizar um determinado movimento segmentar, de amplitude considerável, a uma velocidade normal ou elevada.
  • Flexibilidade Ativa: É a máxima amplitude articular que o atleta pode realizar graças à contração dos músculos agonistas.
  • Flexibilidade Passiva: É a máxima amplitude articular que o atleta pode atingir através de forças exteriores.

Objetivo do Treino:

  • Aumentar a extensibilidade dos tecidos conjuntivos;
  • Reduzir a tensão muscular;
  • Aumentar a coordenação ou força dos músculos agonistas.

Composição dos Tecidos Envolvidos na Amplitude de Movimento:

TecidosPercentagem (%)
Tendões10
Ligamentos e Cápsula47
Tecido Conjuntivo Muscular41
Pele2

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