O Capital de Karl Marx: Análise e Crítica do Capitalismo
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O Capital é um livro de Karl Marx que critica o capitalismo (crítica da economia política). Muitos consideram essa obra a origem do pensamento socialista marxista. Nele existem muitos conceitos econômicos complexos, como mais valia, capital constante e capital variável, uma análise sobre o salário; ou sobre a acumulação incivilizada. Sintetizando, sobre todos os ares do modo de produção capitalista, incluindo também uma crítica sobre a teoria do valor-trabalho de Adam Smith e de outros assuntos dos economistas clássicos.
O livro se divide em três volumes, que são:
- Livro I - o processo de produção do capital (1867)
- Livro II - o processo de circulação do capital (1885)
- Livro III - o processo global da produção capitalista (1894)
Marx publicou apenas o primeiro livro, o qual recebeu correções e anotações posteriores do próprio autor, além de traduções para outras línguas. Os outros dois foram publicados por Friedrich Engels, amigo e colaborador de Marx.
Seu objetivo era, como apresentado no Prefácio ao Volume I, "revelar a lei econômica do movimento da sociedade moderna". Alguns pensadores econômicos anteriores haviam apreendido um ou outro aspecto do funcionamento do capitalismo. Marx buscou entender todo o processo em seus três livros, chegando a uma conclusão até hoje inédita de pesquisa, argumentação e relação de dados. Defendia que o capitalismo como sistema econômico, era um modo de produção breve cujas contradições internas o levariam à queda, sendo decisivamente substituído.
O modo de produção capitalista esclarece a tese geral de Marx de que a realidade é lógica, que ela contém contradições dentro de si, pois, de um lado a mudança tecnológica, a introdução de novos métodos de produção faz parte da própria existência do capitalismo. O aperto da concorrência força obrigatoriamente os capitalistas a inovarem constantemente, e desse modo a ampliar as forças de produção. Por um outro lado, o desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo levará a crises fatais.
O raciocínio contido no Capital destoava da grande maioria dos outros tratados econômicos de sua época por privilegiar um ponto de vista dedicado à visão do trabalhador proletário em perda do grande produtor capitalista. Marx, porém, havia deixado claro em trabalhos anteriores, especialmente no Manifesto Comunista, que não via o capitalismo como um regime nocivo e adverso às suas ideias, mas apenas como um processo temporário na realização do cenário recomendado em seu raciocínio econômico.
Para Marx, a base de cada sociedade humana é o processo de trabalho, seres humanos colaborando entre si para fazer uso das matérias da natureza e, portanto, para satisfazer suas necessidades. O produto do trabalho deve, antes de tudo, responder a algumas necessidades humanas. Deve, em outras palavras, ser útil. Marx chama-o valor de uso. Seu valor se assenta primeiro e principalmente em ser útil para alguém.