Características dos dentes superiores e inferiores
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INCISIVOS SUPERIORES (11 e 21) - 22,5 mm
Camara Pulpar - Maior diâmetro (alargada) canal MD, Achatada VP
Curvatura Radicular - Reta
Raízes - 1
Canais - 1
INCISIVOS LATERAIS SUPERIORES (12 e 22) - 22 mm
Camara Pulpar - Maior diâmetro MD
Curvatura radicular - Dista ou DP
Raízes - 1
Canais - 1
Secção Transversal- trinagular, ovalada(cervical), arredondada (13 apical)
CANINOS SUPERIORES (13 e 23) - 26,5 mm
Camara Pulpar - Maior diâmetro VL
Curvatura Radicular - Distal
Raízes - 1
Canais - 1
1º PRÉ MOLARES SUPERIORES (14 e 24) - 20,6 mm
Camara Pulpar - Maior diâmetro VL
Raiz V - Maior e curva P
Raiz P - Reta ou inclinada V
Raízes - 1, 2 ou 3
Canais - 2 (1 ou 3)
Secção Transversal canal palatino - Mais amplo que do canal vestibular
2º PRÉ MOLARES SUPERIORES (15 e 25) - 21,5 mm
Camara Pulpar - Maior diâmetro VL
Curvatura radicular - Distal
Raízes - Unica (2 ou 3)
Canais - Unico (2 ou 3)
INCISIVOS INFERIORES 20,7 mm
Camara Pulpar - Maior no sentido VL
Curvatura radicular - Reta ou distal
Raízes - 1
Canais - 1 ou 2
CANINOS INFERIORES (33 e 43) - 25,6 mm
Camara Pulpar - Achatada no sentido MD
Curvatura Radicular - Reta ou distal
Raízes - 1
Canais - 1 ou 2
1º PRÉ MOLARES INFERIORES (34 e 44) - 21,6 mm
Camara Pulpar - Maior VL
Curvatura Radicular - Reta ou distal
Raízes - 1 (pode 2 ou 3)
Canais - 1, 2 ou 3
2º PRÉ MOLARES INFERIORES (35 e 45) - 22,3 mm
Camara Pulpar - Maior sentido VL
Curvatura Radicular - Reta ou distal
Raízes - 1
Canais - 1 (2, 3 e 4)
Secção Transversal - Oval
LIMPEZA
- É a remoção ou retirada de sujeira através de fricção de uma superfície com água e sabão ou detergente, com posterior enxágue e secagem.
ASSEPSSIA
Visa impedir a entrada de microrganismos em local que não os contenha.
ANTISSEPSIA
Visa inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de um determinado local.
DESINFECÇÃO
Visa eliminar a maioria dos microrganismos (destruir as formas vegetativas dos mesmos), com exceção dos esporos.
ESTERILIZAÇÃO
É o método que destrói todos os organismos patogênicos (bactérias, fungos, esporos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos, químicos e físico-químicos.
BIOSEGURANÇA
É o conjunto de ações para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a obtenção dos resultados.
PATOLOGIA PULPAR
A cárie é a principal causa das alterações pulpares, tendo o Streptococcus mutans como principal responsável no início da lesão, o Lactobacillus no desenvolvimento tardio e o Actinomyces na cárie radicular. As etapas da patologia pulpar são: inflamação, necrose e infecção.
LIGAMENTO PERIODONTAL
Células ectomesenquimais do folículo. Tecido conjuntivo frouxo especializado. É um sistema que liga o dente ao osso alveolar, vascularizado, celularizado localizado entre a raiz do dente e a lâmina dura. Tem células predominantes - fibroblastos periodontais e componente estrutural predominante - fibras colágenas. Funções: Amortecer as forças mastigatórias, acomodação dos arcos dentários na mastigação, função formadora, nutricional, física e sensorial.
PERIODONTITE APICAL AGUDA OU SINTOMÁTICA
Resposta inflamatória aguda no ligamento periodontal. Aumento da permeabilidade vascular edema. Compressão de estruturas nervosas causando dor, associado a presença de histamina, prostaglandinas e bradicinina (mediadores químicos). Espaçamento do espaço do ligamento periodontal.
Sinais e sintomas:
Dor intensa, espontânea e localizada, sensibilidade ao toque no dente e sensação de dente crescido, mastigação provoca aumento de dor. Sensação de dente extruído, mais sensível percussão vertical, sem edema.
Testes pulpares
Geralmente associado a necrose pulpar (Testes negativos). Raros casos podem estar associados a pulpite irreversível, então, resultados similares ao desta patologia.
Testes perirradiculares
- Percussão - Sempre positiva.
- Palpação - Pode revelar sensibilidade ou não, depende da extensão da resposta inflamatória.
- Achados Radiográficos - Espessamento ELP, na grande maioria das vezes. Sem presença de reabsorção óssea perirradicular. Pode ocorrer rompimento da lâmina dura.
- Tratamento (Penetração desinfetante) - Endodôntico convencional em 2 sessões, Dente deve ser tirado de oclusão e um analgésico/anti-inflamatório prescrito.
PULPITE REVERSÍVEL
Leve alteração inflamatória da polpa (fase inicial). A reparação tecidual ocorre tão logo seja removido o agente agressor desencadeante. Sinais e Sintomas: Geralmente assintomática. Alguns casos dor aguda, rápida, localizada e curta duração em resposta a estímulos que normalmente não evocam dor. A dor cessa tão logo seja removido o estímulo. DOR AO FRIO - queixa comum. Ao exame visual - observa-se restauração ou lesão cariosa extensa.
Testes pulpares
- Calor - Responde da mesma forma que a polpa normal, ou dor aguda imediata, passa ao tirar estímulo.
- Frio - Resposta parecida com a de uma polpa normal, ou dor aguda imediata, passa ao tirar estímulo.
- Elétrico - Resposta parecida ou levemente inferior ao dente normal, usado como CONTROLE.
- Cavidade - Dor, indica vitalidade pulpar.
Testes perirradiculares
- Percussão e Palpação - Negativo.
- Achados Radiográficos - Lesões cariosas ou restaurações extensas, com proximidade à câmara pulpar.
- Tratamento - Conservador (proteção do complexo dentino-pulpar) com restauração provisória, paciente deve retornar em média após 45 dias para reavaliação e possível restauração final. Processo que pode ocorrer mesmo sem a exposição da cavidade pulpar.
DENTINA TERCIÁRIA (Ocorre em resposta a estímulos externos)
Papila Dentária - Origem ectomesenquimal - Odontoblastos
- REACIONAL - Baixa intensidade - Cárie crônica. Odontoblastos migram e secretam a dentina, não sendo aprisionados na matriz. Formada pelos odontoblastos.
- REPARADORA - Alta intensidade - Cárie aguda. Odontoblastos morrem e as células mesenquimais indiferenciadas que estão sob eles, se diferenciam em novos odontoblastos secretando uma nova dentina, aprisionando os odontoblastos originais em matrizes. Formada por células indiferenciadas da polpa.
O QUE CONSEGUE OBSERVAR EM RADIOGRAFIA NA ENDODONTIA
Observa-se:
- Numero de raízes
- Severidade curvatura radicular
- Presença de calcificações e reabsorções
Não observa-se:
- Grau de achatamento das raízes
- Presença de istmo (Área estreita, em forma de fita, que conecta dois ou mais canais radiculares). Debridamento do istmo - microscopia clínica e irrigação ultrassônica.
- Canais acessórios (Ramificações diminutas que comunicam o canal principal à superfície externa da raiz) e delta apicais (múltiplas derivações que se encontram próximas do mesmo ápice e que saem do canal principal para terminar na zona apical).
PERIODONTITE APICAL CRÔNICA INICIAL (Assintomática) -
Pode doer ao morder alimentos.
- Inspeção - Restauração carie profunda ou extensa associado ou não a carie recidivante.
Testes pulpares
Negativos, polpa necrosada.
Testes perirradiculares
- Percussão e palpação - Negativos
- Achados Radiográficos - Rarefação óssea periapical difusa ou circunscrita. ELP espessado ou normal, caries e restaurações extensas.
- Tratamento (Penetração desinfetante) - Endodôntico convencional com uso de medicamentos intracanal entre sessões.