Carga de Treinamento, Capacidades e Princípios de Coaching Esportivo
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O Que É Uma Carga de Treinamento?
Na teoria do treinamento, a carga é definida como o estímulo total de movimento aplicado ao corpo. A carga de treinamento é a verdadeira base da adaptação e do consequente aumento no desempenho.
Componentes da Carga de Treinamento:
- Intensidade: Refere-se ao rigor da carga de treinamento, ou ao trabalho por unidade de tempo. Reflete o aspecto qualitativo da carga.
- Volume: É a quantidade de trabalho realizado durante a sessão de treino, quantificável numericamente.
- Duração: É o tempo durante o qual o estímulo de movimento afeta os músculos.
- Densidade: É a relação entre o trabalho (atividade real) e o descanso.
- Frequência: É o número de vezes que o estímulo motor é aplicado no treinamento.
Capacidades Coordenativas e Metodologia de Ensino
- Capacidade de Combinação: Habilidade de juntar vários movimentos parciais em uma composição orientada.
- Capacidade de Orientação: Relacionada à percepção visual, cinestésica e aos programas motores armazenados que permitem reconhecer objetos em movimento no espaço e definir a posição do corpo.
- Capacidade de Diferenciação: Afeta o momento exato das forças musculares, influenciando as transformações espaço-temporais das posições.
- Capacidade de Equilíbrio: Expressa a menor amplitude possível de oscilação do corpo ou de certas partes do corpo.
- Capacidade de Reação: Determinada pela ação de resposta rápida a um estímulo ou sinal específico.
- Capacidade de Adaptação e Mudança: Os programas de ação são modificados e adaptados a situações repentinas e presentes, a fim de realizar ações motoras diferentes e novas temporariamente.
Fases da Aprendizagem Motora
- Fase Cognitiva.
- Fase de Associações.
- Fase de Automação.
Correção de Defeitos no Ensino
Ao corrigir o desempenho técnico de qualquer ação, a abordagem mais eficiente é a correção positiva. Isso significa deixar claro o que não foi realizado corretamente, mostrando como deveria ter sido, ao mesmo tempo em que se elogiam outros aspectos da mesma ação ou outras que o atleta esteja executando de forma positiva. O reforço positivo, por si só, contribuirá para a correção. Tudo isso deve ser feito com um tom firme, mas sem culpa, sarcasmo ou ridículo público.
O Papel do Treinador e Professor: Princípios Essenciais
Para um bom avanço, considere os seguintes pontos:
- Treinador e Professor: Jogar futebol, formar adultos e treinar crianças e adolescentes são realidades distintas. Na adolescência, os treinadores são modelos admirados pelas crianças. Eles também atuam como professores, pois os jogadores estão em fase escolar. É importante reconhecer que muitas tarefas não podem depender exclusivamente da boa vontade.
- Aproveitar o Jogo: No futebol de elite, um novo discurso se concretiza: "sem alegria, sem desejo, não se pode parar de jogar." É um antídoto eficaz contra a queda de humor causada pela pressão excessiva. Paradoxalmente, o estresse que os adultos buscam evitar agora ameaça as categorias de base. Em vez de permitir que as crianças brinquem e cresçam no seu próprio ritmo, busca-se acelerar sua adaptação com métodos adultos.
- Preparação Mental do Atleta: Uma ansiedade controlada ativa e prepara o atleta para dar o seu melhor. No entanto, o excesso é contraproducente. Atualmente, é incompreensível a falta de capacitação emocional para o jogador, especialmente quando a pressão sobre ele aumenta.
- Fluxo no Esporte: Jogar e desfrutar do jogo não é apenas compatível com a alta competição, mas é a condição necessária para a máxima eficiência. O estado de fluxo representa o mais alto grau de controle das emoções a serviço do desempenho e da aprendizagem. Um desafio atrativo alimenta a motivação dos atletas. Não pode ser tão repetitivo a ponto de ser entediante, nem tão desproporcional que esteja fora do alcance dos jogadores e crie frustração.
- Se Você Der Confiança, Haverá Mais: Menotti aprendeu com seus treinadores: "Eu não tenho que fazer." Ao contrário daqueles que focam nos defeitos, os melhores treinadores tendem a extrair o melhor de cada um. O reforço constante, seja positivo ou negativo, a atenção direta ao atleta, e a atuação como profecia autorrealizável: as pessoas tendem a reforçar o comportamento ao repeti-lo. Quando se dá tudo pronto, os atletas tornam-se dependentes do treinador e não pensam por si mesmos.
- Orientação para a Tarefa, Não para o Resultado: Na fase de formação, o objetivo é melhorar individual e coletivamente, através de um jogo saudável. Ganhar a pontuação e a classificação são aspectos muito óbvios; portanto, a ênfase deve ser no valor desses objetivos em busca do crescimento pessoal e grupal.
- Desportivismo e Espírito de Equipe: Todos os treinadores falam sobre valores, mas muitos não os ensinam de forma eficaz. Essa formação ocorre de maneira invisível, através da comunicação verbal e não verbal, e da promoção de certos comportamentos e atitudes. O grupo da equipe é o pilar do esporte. Jogadores de futebol podem proporcionar e reproduzir experiências de companheirismo genuíno para ajudá-los a se tornarem pessoas melhores. E vice-versa...
- Aprender Futebol Brincando: Para saber o que fazer, deve-se treinar de forma mais semelhante à maneira como se quer jogar. Em muitas equipes, os jogadores simplesmente repetem execuções técnicas disciplinadas, com o jogo e os exercícios distintos. Como técnicos, podemos aumentar a criatividade do jogador, e será ele quem tomará as decisões em campo, não nós.
- Comunicação Clara e Correções Positivas: O líder é capaz de imaginar um futuro novo e desejável, mas também aponta metas de curto prazo que aproximam do objetivo, construindo credibilidade. O treinador que faz o que diz e diz o que faz acumula um capital extraordinário. Em vez de dizer mil coisas, deve-se insistir em poucas ideias, e deixá-las claras. Sem dúvida, a correção positiva, juntamente com o elogio, são ferramentas muito úteis na formação.
- Um Projeto de Qualidade: Isso requer um planejamento adequado, a formulação de metas desafiadoras e acessíveis, ao mesmo tempo ambiciosas.