Caso autóctone e alóctone

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Atenção a Sáúde III

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA- MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA:

VígilÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SEMPRE QUE:

·Notificações

·Número de casos excedendo a frequência normal

·Gente comum de infecção

·Evolução severa

·Doença desconhecida na região

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA:

·Objetivo: garantir a obtenção de forma correta e completa, por Meio de fontes primárias (coleta direta nos pacientes ou serviços de Sáúde) ou Secundárias (registros eletrônicos, base de dados) das informações necessárias Na ocorrência de casos, surtos, epidemias, eventos inusitados, emergência em Sáúde publica

·Atividade obrigatória

·Deve ocorrer de forma integrada entre todos os serviços, níveis de Atenção

·Acontece de forma concomitante com as demais ações de vígilância, Promoção, prevenção e assistência à Sáúde  

·Coleta de dados sobre o caso: identificação do paciente, anamnese E exame físico e laboratoriais

·Busca de pistas, fórmulação de hipótese

·Busca de dados adicionais

·Processamento e análise parciais de dados

·Encerramento de casos

·Relatório de casos: causa da ocorrência, medidas de controle, Medidas de curto prazo preventivas, curativos promocionais, orientações a Curto, médio e longo prazo, alerta pára condições de risco, divulgação

·Especificidade de evento inusitado

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

·Deve ser oportuna: início imediato

·Minimizar danos

·Identificar: incidência e prevalência; óbitos; descrição clínica; Diagnóstico laboratorial; fontes de infecção; modo de transmissão; grupos mais expostos; fatores de risco; estabelecer relação causal; principais Carácterísticas epidemiológicas; outras condições

ETAPAS

·Consolidar e analisar dados disponíveis

·Fórmulação de hipóteses

·Definir metodologia de trabalho pára testar hipóteses

·Monitorar e reavaliar

·Coleta de dados das diversas fontes

·Consolidação de dados

·Finalização

1.Coleta De dados sobre os casos:

Formulários Padronizados

Ficha De investigação pára eventos inusitados

Máximo De informação

Máximo De exatidão na identificação do paciente, anamnese e exame físico, suspeita Diagnóstica, meio ambiente, exames laboratoriais

2.Busca De “pistas”

Fontes De infecção

Período De incubação do agente

Modo De transmissão

Faixa Etária, sexo, ráça, profissão mais atingida, carácterísticas sociais

Abrangência Da transmissão

Se Há vetores

Fatores De risco: época do ano, trabalho, saneamento, hábitos alimentares, riscos Ambientais

3.Busca Ativa de casos

Busca De casos similares no espaço geográfico onde se suspeita haver contato e/ou Fonte de contágio

Determina A magnitude do evento

4.Processamento E análise parcial (análise criteriosa)

5.Encerramento Do caso

6.Relatório Final

Causas, Medidas de prevenção, orientações e recomendações, alertas as autoridades e a População

CONCEITOS:

·Casos: pode ser confirmado ou descartado. É a pessoa ou animal infectado Ou doente apresentando carácterísticas clínicas, laboratoriais e/ ou Epidemiológicas específicas

Ideal é ter a confirmação (comprovação) laboratorial de todos os Casos pára ver se é mesmo ou não. Só pode haver comprovação clínica se for pelo Serviço (quando tem uma alta de casos, já sabe o sorotipo e tudo mais; Geralmente em grandes epidemias)

Feita a coleta, deve-se investigar. Ver se o caso é ou não o que Foi suspeitado. Com certeza, fazer um bloqueio pára que tenha redução de dano. Exemplo de meningite em escola: confirmado o caso, identificar qual foi o caso origem pára bloquear à fazer o Controle, vacinar, pára fazer o controle da propagação.

oCaso Suspeito: pessoa cuja história clínica, sintomas e possível exposição A uma fonte de infecção, sugerem que possa estar ou vir a desenvolver alguma doença infecciosa.

oCaso Confirmado: de quem foi isolado e identificado o agente etiológico; de Quem fora obtidos outras evidencias epidemiológicas e/ou laboratorial da Presença de agente etiológico; pode ou não apresentar a síndrome Indicativa da doença causada pelo agente.

oCaso Presuntivo: pessoa com síndrome clínica compatível com a doença, porém, sem Confirmação laboratorial do agente etiológico. Ou seja, com história clínica, Mas sem comprovação ainda.

oCaso Induzido: caso de uma determinadadoençaque pode ser atribuído a uma Transfusão de sangue ou outra forma de inoculação parenteral, porém não a Transmissão natural. A inoculação pode ser acidental ou deliberada e, neste Caso, pode ter objetivos terapêuticos ou de pesquisa.

oCaso Autóctone: contraído pelo enfermo na zona de sua residência.

oCaso Importado: caso contraído fora de zona em que se fez o diagnóstico. Ex: contraiu Na Venezuela e manifestou no Brasil.

oCaso Introduzido: casos sintomáticos diretos, quando se pode provar que os Mesmos constituem o primeiro elo da transmissão local após um caso Importado conhecido. Exemplo: SARAMPO NOVO CASO NO BRASIL, ver através de um Caso índice. É um caso autóctone contraído a partir de um caso importado.

oCaso índice: primeiro caso notificado à autoridade sanitária e Conduz a um surto localizado, caso que chama atenção do investigador e da Origem a uma série de ações, visitas e pessoas necessárias pára o conhecimento Do foco da infecção. O caso índice é muitas vezes identificado como fonte de Contaminação ou infecção.

Pode ser igual ou diferente do Caso primário

oCaso Primário: primeiro caso diagnosticado que se apresenta no curso de Um surto, e que tem condições de ser considerado como o fonte de origem dos Casos seguidos. É o caso que contagiou os demais.

oCaso Secundário: caso novo de uma doença transmissível, surgido a partir do Contato com um caso índice. Aparece após o período máximo de incubação da Doença (em relação ao aparecimento do caso primário); significa que se originou A partir do caso primário, e não da mesma fonte de infecção que déu origem ao Caso primário.

Importância de caso índice e Primário: são importantes pára fazer o controle a partir da identificação Da fonte de transmissão, possibilitando saber aonde o vírus está correndo, Saber a localização pára poder fazer o bloqueio do vírus através de campanhas Como intensificação de vacinação, lavar bem os copos e talheres, etc.

INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO: estudo Seccional de uma amostra de indivíduos estatisticamente representativos do Total, escolhidos de maneira aleatória. É utilizado quando as informações Existentes são inadequadas ou insuficientes, em virtude de diversos fatores Entre os quais se destacam:

·Notificação imprópria ou deficiente

·Mudança no comportamento epidemiológico de uma determinada doença

·Dificuldade em avaliar coberturas vacinais ou eficácia da vacina

·Necessidade de avaliar eficácia do método de controle de um Programa

·Descoberta de agravos inusitados

Obs.: Cobertura vacinal superior a 100%: denominador equivocado ou vacinação além do Número de população que a UBS atende. Quando há o repasse de vacinas Entre UBS’s deve-se informar esse repasse e não contar como dose aplicada.

oSubnotificação: é quando deixa de notificar um evento.

oNotificação Inadequada: notificação de forma errada, levando ao caso de subnotificação. Ex: notificado um caso de SARAMPO quando na real é outro caso;

oNotificação Negativa: quando não houve nenhum caso notificado;

oNotificação (unidade) silenciosa: não notifica mas não emite notificação negativa, ficando sempre uma Dúvida. (extremamente negativo pára o controle)

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO:

oEstudo realizado através de dados existentes nos registros de Serviço de Sáúde ou de outras instituições (dados secundários).

Obs.: Quando levanta, o dado é primário, quando estuda dado de Outra instituição é secundário.  

oNão é um estudo amostral

oDestina-se a coletar dados pára complementar a informação já Existente.

oExs.:Levantar áquilo que o serviço não conhece, procura nos prontuários se tinha algum Caso que poderia ser suspeito, mas que não foi estudado (levantamento retrospectivo).       

MONITORIZAÇÃO: “acompanhar e avaliar” ou “controlar mediante acompanhamento”, realizado Durante o período pára se alcançar o resultado que você quer. Cobertura vacinal é o que mais se monitora. Acompanhar os resultado durante o período de trabalho Pára ver o que pode ser feito pára corrigir rota.

Avaliar: feito no final do período, pára ver se Foi atingido ou não o objetivo.

INVESTIGAÇÃO OU VígilÂNCIA LABORATORIAL: toda ou qualquer atividade de vígilância epidemiológica cuja tomada De decisão ou informação dependa, exclusivamente, dos resultados laboratoriais. A coleta deve ser feita quando é percebido mudança nas doenças, e que deve ser feita Uma nova coleta laboratorial.

OBS: é Possível confirmar o caso apenas clinicamente desde que ele já esteja definido E o ministério da Sáúde já conhça o padrão de apresentação de determinada Doença. O conceito do caso muda especialmente quando refere-se a doenças Virais, que apresentam muitas mutáções e diferenças nos padrões de apresentação Da doença.

VIGILANCIA EM SáÚDE – CONCEITOS IMPORTANTES

·Vígilância Passiva: notificações voluntárias e espontâneas que ocorrem na rotina do Serviço de Sáúde.

·Vígilância Ativa: aquando vai a campo fazer uma notificação, um inquérito.

·Vígilância Sindrômica: vígilância de um grupo de doenças que apresentam sinais, sintomas E fisiopatologia comuns a etiologias diversas. Essa estratégia apresenta Definições de casos simples e de fácil notificação, possibilita a captura de Grande volume de dados e facilita a análise e redução de sobrecarga dos Serviços de Sáúde. É uma das melhores vígilâncias.

Resumindo, é quando tem uma série de sintomas que Pode se relacionar a uma série de doenças. Quando colhe um material e Relaciona com as doenças com os mesmo sinais(Z SToRCH: Zica, Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes).

·Fonte Sentinela: seleção de um ou mais estabelecimentos de Sáúde onde se Concentram os esforços pára a obtenção das informações epidemiológicas Desejadas: estratégia indicada pára situações que exigem preocupação especial Ou, simplesmente, pára completar o sistema rotineiro de informações.

Geralmente Em lugares mais específicos, mais sensíveis, por já ser referencia a certa Doença, capaz de identificar de forma melhor. Coloca profissionais específicos Pára fazer a busca, o serviço (atrás de prontuários pára saber se foi feito a Notificação; VígilÂNCIA ATIVA, que busca os casos, vai atrás)

ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

ESTUDOS RETROSPECTIVOS X PROSPECTIVOS

Período de tempo durante o qual os dados foram registrados em Relação ao tempo no qual o estudo começou

·Retrospectivo: Estuda o que já aconteceu, como exemplo da febre amarela em MG, levantando Dados, vígilância, quais as causas, o que aconteceu, os sintomas. Já aconteceu o Efeito, quer saber o que causou: vai pára o passado.

Causa > Efeito

·Investigação: No ato, o que faz agora

·Prospectivo: Analisar algo a partir de hoje, acompanhar, buscar fatos. Exemplo: estudar como Funcionará após a vacina, um novo fármaco, um novo exame, realizar tratamento Mais cedo... Parte da causa e vai pára o efeito.

Efeito > causa

TIPOS DE ESTUDOS:

Existem Estudos que só observam (observacionais, não experimentais; somente análise) e Estudos que fazem experimentos (experimentais; laboratório, intervindo).

·Estudos Observacionais (não experimentais): análise de situações que ocorrem Naturalmente. Observa-se as pessoas ou grupos e compara as suas carácterísticas. Não se cria uma situação artificial, colhe-se e organiza os dados encontrados.

Nos estudos observacionais vê o que acontece naturalmente, sem a Interferência. Observa pessoas ou um grupo e compara suas carácterísticas. Eles Podem ser descritivos ou analíticos.  Os Estudo analíticos podem ser transversal, caso controle, coorte, ecológico Quando faz de toda população.

·Estudos Experimentais são divididos em 3: estudo clíNicó randomizado, ensaio de campo Ou ensaio comunitário. Produzem situações artificiais pára pesquisa. Ex: Avaliação de vacinas

·Estudos Descritivos: descrevem a frequência e a distribuição de um evento. Mostram Variações dentro da população. Apenas descreve o que acontece; podem relatar um Caso, como por exemplo uma doença nova, ou uma série de casos

·Analíticos: Investigam em profundidade a associação entre dois eventos, buscando explicar Possíveis relações. É mais do que só descrever. Quando faz cruzamentos, acrescenta Alguma coisa no que está vendo, agregando conteúdo. Os estudos analíticos podem Ser ecológico, transversal, caso controle, coorte.

·Estudo Ecológico ou de correlação:

oAs informações não são individualizadas, são do grupo Populacional.

oDescreve as diferenças encontradas em período de tempo das Populações estudadas, ou compara as diferenças encontradas entre distintas Populações.

oGeralmente as informações são tiradas de dados oficiais, coletados Rotineiramente.

oPossui baixo custo e é rápidó.

oExemplo: tem-se a mortalidade e quer saber o que causou a Mortalidade, realiza-se qual estudo? RETROSPECTIVO.

·Estudo Transversal ou seccional

oMuito utilizado em Sáúde publica

oFerramenta importante pára planejamento e avaliação de politicas Públicas.

oÉ um retrato da situação.

oÉ utilizado pára avaliar se há relação entre as variáveis, Importante pára avaliar a prevalência das doenças (obs.: estudo longitudinal Mede a incidência)  

oEx: dados levantados num determinado ponto no tempo, pára obtenção De informações desejadas de grandes populações

oQuestionário pára levantar dados sobre depressão em uma população Definida. Identificou, por exemplo, faixa etária de maior prevalência, se há Diferença de gênero, se há variáveis.

oSão fáceis e econômicos, com duração de tempo relativamente curta

·Relato de casos/relato de série de casos:

oEstudo descritivo básico cujos relatos são cuidadosos e detalhados De um úNicó (relato de caso) ou poucos pacientes (relato de série de casos). Pode ser feito por mais de um profissional. Além disso, pode ser expandido pára Uma série de casos, sugerindo até a emergência de novas doenças ou epidemias.

É uma descrição natural da doença, pára ter melhor controle da Doença. Exemplo da microcefalia, começou com uma medica descrevendo um caso e Expandiu pára a médica descrevendo uma série de casos

·Estudo De coorte e caso controle

oOs estudos de caso controle e os estudos de coorte podem ser Utilizados pára investigar a etiologia de doenças ou de condições relacionadas A Sáúde entre idosos, determinantes da longevidade e pára avaliar ações e Serviços de Sáúde

oOs estudos de coorte também podem ser utilizados pára investigar a História natural das doenças

oó coorte estuda o grupo de uma vez (somente um grupo) enquanto o Caso controle vai separar em dois grupos (grupo de caso e controle)

Obs.: Estudo de coorte (estudo de uma amostra populacional com uma carácterística Especifica) X estudo amostral (estudo de uma amostra populacional sem Selecionar carácterísticas específicas)

1.Estudo de caso controle

oDuas ou mais medições ao longo do tempo numa determinada população Que permite saber quais os efeitos que a exposição a uma fator terá no final, Comparando os expostos e os não expostos.

oComparando os expostos aós não expostos, o estudo se inicia com 2 Grupos: caso (grupo de indivíduos Portadores de uma doença ou condição específica) e controle (grupo de pessoas que não sofrem dessa doença ou condição). Compara dois grupos expostos a um determinado fator.

oMaioria dos estudos busca no passado, retrospectivamente, a Presença ou não de um fator e exposição.

oPartem da doença pára a investigação da causa ou exposição a um Risco.

oó estudo compara os grupos pára verificar se há associação da Doença e alguns predetores

o Como determina qual é a Probabilidade de exposição entre casos e controles, se existir associação entre A exposição e a doença, éspera-se que a probabilidade da exposição entre casos Seja maior que a observada entre controles, além da variação esperada devido ao Acaso.

2.Estudo de coorte

oConjunto De pessoas que tem em comum um evento que se déu no mesmo período, Como por exemplo, coorte pessoas que nasceram entre 1960 e 1970; coorte de Mulheres casadas entre 1990 e 2000; coorte de vítimas do terremoto do Haiti; Coorte de vítimas portadoras de determinada doença.

oIdentifica-se a população de estudo.

oParticipantes são classificados em expostos e não expostos a um Determinado fator

oOs dois grupos são acompanhados pára verificar a incidência da Doença/ condição relacionada a Sáúde entre expostos (a/ a+d) e não expostos (c/c+d)

oSe a exposição estiver associada a doença, éspera-se que a Incidência entre expostos seja maior do que não expostos, além da variação Esperada ao acaso

oEstudo observacional, longitudinal e analítiço

oObjetiva estabelecer um nexo causal entre os eventos a que o grupo Foi exposto e o desfecho da Sáúde final dessas pessoas

oPode ser prospectivo ou retrospectivo.

oÉ como se recortasse uma parte da população e a acompanhasse

oParte-se de grupos que ainda não desenvolveram o desfecho de Interesse.

oOs grupos são seguido longitudinalmente e observa-se quem Desenvolve ou não o desfecho. Como é longitudinal, analisa a incidência de doenças. Estabelecem Etiologia e fatores de risco.

oA finalidade dos estudos de coorte é averiguar se a incidência da Doença ou evento adverso à Sáúde difere entre o subgrupo de expostos a um Determinado fator de risco se comparado com o subgrupo de não-expostos. Em Outros termos, busca-se identificar os efeitos da exposição a um determinado Fator.

oExemplo: acompanhamento de fumantes pára avaliar o desenvolvimento Ou não de câncer.

COORTE PROSPECTIVO: Um grupo de pessoas que compartilham uma carácterística ou experiência comum (exemplo: nasceram no mesmo ano e local, são vacinados, expostos ao mesmo Poluente, tomam a mesma droga ou foram submetidos a um mesmo procedimento Médico) são acompanhados por um período significativo de tempo (geralmente de 1 A 5 anos). O grupo de comparação pode ser a população geral com carácterísticas Similar a estudada mas que não compartilham essa experiência.

COORTE RETROSPECTIVO: o Evento ou a exposição a substância já ocorreu há anos e planeja-se analisar o Impacto causado por ele, geralmente com o aparecimento de novos fatos (como um Efeito colateral tardio, uma comorbidade ou uma mudança cultural).

Obs.: Em um estudo de coorte os grupo (expostos e não expostos) são definidos pela Exposição. Compara os dois grupos expostos a um determinado fator, o primeiro De indivíduos com uma determinada doença e o segundo sem aquela doença

          Em um estudo de caso controle os Grupos são definidos pela presença do desfecho (caso) ou sua ausência (controle). Se iniciam com a seleção de um grupo de indivíduos portadores de Uma doença ou condição específica (casos) e um grupo de pessoas que não sofrem Dessa doença ou condição específica (controle).

INQUÉRITO: Pode ser censitário (quando conta um por um da população, Realiza-se o senso populacional) ou amostral (quando define uma amostra representativa Da população).

MEDIDAS DE EFEITO E ASSOCIAÇÃO

ODDS RATIO:

üOR=1: Indica que a condição ou evento sob estudo é igualmente provável de ocorrer nos dois grupos

üOR>1: Indica que a condição ou evento tem maior probabilidade de ocorrer no grupo de casos

üOR<1: Indica que há probabilidade maior entre o grupo de controle

Odds Ratio = razão de chance =  razão de Chance entre casos / razão de chances entre controle

EXPOSIÇÃO

CASO

CONTROLE

PRESENTE

a

b

AUSENTE

c

d

TOTAL

a + c

b + d

Fórmula:  OR= axd/bxc

·Usado pára medir a força de associação em estudos de caso de Controle

·Calcula indiretamente uma estimativa do risco relativo

·Pára doenças raras, como é o caso da maioria das doenças por Surtos epidêmicos, o Odds Ratio apresenta um valor muito próximo do RR (risco Relativo)

·Definido em estudos de caso controle como a razão entre:

oOdds (chance) de os casos terém sido expostos

oOdds (chance) de os controles terém sido expostos

oOR = axd/ bxc

Obs.: chance (odds) é diferente de risco

EX: Qual o risco de morte no caso de uma doença em que ocorrem 60 mortes a cada 100 Pacientes, durante o seguimento de 1 ano? 60/100= 60%

Probabilidade De morrer = 60%,

Probabilidade De não morrer = 40%

Qual A chance de morte? Chance é uma razão entre a probabilidade de morrer / Probabilidade de não morrer, ou seja, → 60/40= 1,5

A Chance é de 1,5 ou 1,5/1 > pára cada 1 pessoa que sobrevive, ocorrem 1,5 Mortes

RISCO RELATIVO OU DIFERENÇA DE RAZÃO DE RISCO (RR)

·Resultado da divisão entre a ocorrência de doença no grupo exposto E da ocorrência de doença no grupo não exposto > É uma divisão entre taxas

·Usado em coorte.

Taxa de Incidência de AVC entre as mulheres que fumam = 50/1000

Taxa de Incidência de AVC entre as mulheres que não fumam = 16/1000

Risco relativo = 50/16 = 3,12 (mulheres fumantes possuem 3,12 vezes mais risco de ter AVC)

üQuando RR = 1 não há Associação

üQuando RR > 1 há Associação (fator de risco)

üQuando RR < 1 fator De proteção

CASOS

NÃO-CASOS

EXPOSTOS

a

b

NÃO EXPOSTOS

c

d

Fórmula:

DIFERENÇA DE RISCO (DR)

É A diferença das taxas de ocorrência entre grupos, sendo estes grupos o mais Parecidos possíveis, exceto o que se está analisando

Ex: Fumante

oTaxa de incidência de AVC entre as mulheres que fumam = 50/1000

oTaxa de incidência de AVC entre as mulheres que não fumam = 16/1000

oDiferença = 50 – 16 = 34

üDR<0: Não há associação entre a doença e a exposição.

üDR>1: Maior a associação entre a doença e a exposição.

üDR=0: Não tem associação

Ex:

DOENTES

NÃO DOENTES

TOTAL

EXPOSTOS

400

600

1000

NÃO EXPOSTOS

150

850

1000

TOTAL

550

1450

2000

oRisco entre expostos: 400/1000 = 0,4

oRisco entre não expostos: 150/1000 = 0,15

oDiferença entre riscos: 0,4-0,15= 0,25

oRisco relativo: 0,4/0,15 = 2,6

FORÇA DE ASSOCIAÇÃO

·Refere-se a dependência estatística entre duas variáveis

·A ocorrência de uma doença em pessoas com uma exposição específica é maior (ou menor) do que em pessoas sem a mesma doença

·Medidas de associação entre variáveis

oDiferença de riscos é calculada por meio de simples subtração

oRisco relativo

oOdds Ratio

As Chances de que algo aconteça podem ser expressas como um risco ou como uma probabilidade (ODDS):

üRisco = chance de que algo aconteça/ total

üOdds= Chance de que algo aconteça/ chance de que algo não aconteça

·Assim, um risco é uma proporção, enquanto uma Odds é uma razão

·Uma Odds é um tipo especial de razão, na qual a soma do numerador E do denominador é igual a 1

ANOS EM POTENCIAL DE VIDA PERDIDOS – APVP

·O número de mortes devido a uma doença causa multiplicado pela Diferença de anos entre a idade da morte e certa idade alvo

·Idade alvo: poderá ser 65,70, idade média de morte na população ou Qualquer outra idade que se escolha

Ex: Se a idade alvo é 70 anos

o1000 mortes na idade de 60 = 1000 YPLL

o50 mortes na idade de 40 = 1500 YPLL

o20 mortes na idade de 20 = 1000 YPLL

·Pára cada morte ocorrida se contabiliza a quantidade de APVP Subtraindo a idade limite (aqui fixada em 70 anos) com a idade em que a morte Ocorreu. Assim, uma pessoa que morreu com 30 anos, perdeu 40 anos potenciais de Vida

·O total de APVP pode ser calculado oi causa, por sexo, por Municípió ou outra variável de interesse

·Pára aumentar a comparabilidade do indicador, além de expressar os AVPV sob forma de números absolutos, pode-se calcular taxas por 1000 Habitantes, APVP por óbito ou proporções em relação ao total

üTotal de APVP: somatório dos anos potenciais de vida perdido

üAPVP por óbito: total de AVPV dividido pelo total de óbitos Menores de 70 anos

üAPVP por 1000 hab: total de APVP dividido pela população menor de 70 anos

ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS OU VIVIDOS COM INCAPACIDADE (DALY)

·Combina informações de mortalidade e morbidade – facilita a Inclusão de desfechos não fatais nos debates sobre políticos de Sáúde internacionais; Torna a avaliação epidemiológica mais objetiva e seus resultados menos Vulnerários a grupos de pressão

·Um DALY pode ser considerado como um ano perdido de vida “saudável”

·A soma desses DALYs em toda a população ou a carga da doença pode Ser pensada como uma medida de lacuna entre o estado de Sáúde atual e uma Situação de Sáúde ideal, onde toda a população vive até uma idade avançada, Livres de doenças e incapacidades

üDALY = YLL (anos de vida perdidos) + YLD (anos de vida com incapacidade)

üYLL= Taxa de mortalidade pelo desfecho em estudo x anos de vida perdidos

üYLD= Incidência da incapacidade x duração da incapacidade x peso da incapacidade

EX: acidente de transito

No acidente morre um homem de 50 anos – expectativa de vida de 81 Anos: perde 81 YLL por morte prematura

No acidente morre 1 mulher de 40 anos - expectativa de vida de 44 Anos: perde 44YLL por morte prematura

Uma mulher de 30 anos fica paraplégica – peso da paraplegia: 0,5. Ela viverá mais 44 anos. YLL= 44 x 0,5 = 22 anos (perde 22 anos por perda de Qualidade de vida)

DALY: é uma abreviatura pára ano de vida ajustado por incapacidade. É uma métrica Universal que permite aós pesquisadores e formuladores de políticas comparar Diferentes populações e condições de Sáúde ao longo do tempo. DALY é igual à Soma dos anos de vida perdidos (YLLs) e anos vividos com incapacidade (YLD). Um DALY é igual a um ano perdido de vida saudável. DALYs nos permitem estimar o Número total de anos perdidos devido a causas especificas e fatores de risco em Níveis de páíses, regiões e mundo

YLL: os anos de vida perdidos são anos perdidos devido a mortalidade Prematura. YLLs são calculados subtraindo a idade no momento com a idade de Maior expectativa de vida possível pára uma pessoa nessa idade. Por exemplo, se A expectativa de vida mais longa pára homens em um determinado pais é de 75 (expectativa de vida no momento em que esse mesmo indivíduo nasceu), mas um Homem morre de câncer aós 65 anos, esta seria de 10 anos de vida perdidos Devido ao câncer.

YLD: é uma abreviatura de anos vividos com incapacidade, que também Pode ser descrita como anos vividos com Sáúde menor que a ideal. Isso inclui Condições como a gripe, que podem apenas alguns dias, ou epilepsia, que podem Durar uma vida. Ele é medido tomando a prevalência de condições multiplicado Pelo peso da deficiência dessa condição. Pesos de deficiência refletem a Gravidade das condições diferentes e são desenvolvidos através de inquéritos da População em geral

CURVA DE Nélson MORAES

Representa a qualidade de vida entre populações com perfis Distintos – evolução esquematizada do nível de Sáúde avaliados pelas curvas de Mortalidade populacional: níveis de Sáúde muito baixo; nível de Sáúde baixo; Nível de Sáúde regular; nível de Sáúde elevado

DRONIZAÇÃO

·Técnica utilizada pára comparar resultados em bases mais Realistas, duas ou mais populações, ou em diferentes períodos de tempo

·Populações diferem em relação a várias carácterísticas, sendo a Principal a distribuição de idades

·Permite uma comparação de indicadores mais qualificada, evita viés De interpretação

·Comparar essas populações mantendo-se constantes essas carácterísticas Como a idade

·Indicação: existência de distribuição desigual de uma dadá Carácterística (idade, sexo, peso ao nascer, etc) em duas ou mais populações Objeto de análise

PADRONIZAÇÃO DIRETA

·Uma população padrão hipotética é utilizada de modo a eliminar os Efeitos de qualquer diferença na idade entre duas ou mais populações a serem Emparelhadas (pode ser usada qualquer população)

·Aplicando as taxas de mortalidade de duas populações a uma única População padrão, eliminamos qualquer possibilidade de que as diferenças Observadas possam ser resultado de diferenças na população

·Este ajuste pode ser feito pára qualquer caracteriza, como a Idade, sexo, estado socioeconômico...

·As taxas ajustadas são hipotéticas, porque envolvem a aplicação de Taxas específicas a uma população padrão hipotética. Não refletem, por exemplo, O verdadeiro risco de mortalidade de uma população porque o valor numérico da Taxa ajustada depende da população padrão utilizada

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